Eu leu no New York Times, as cores falam como os corpos...
Cores indicam otimismo no consumo
Por RUTH LA FERLA
NOVA YORK - Dizem que a moda é um índice revelador de mudanças,registrando modificações de confiança e estado de ânimo em geral sutis demais para serem captadas pelos altos e baixos das Bolsas.
Isso não é novidade para Natasha Jen, que, quando estava no centro de Nova York em um fim de semana recente, tomou nota do desfile de mulheres que exibiam vestidos e saias de cores vivas, estampas de leopardo e desenhos geométricos tribais.
Assistindo à passagem do desfile de cores, Jen, que é designer gráfica, sentiu-se empolgada. "Há uma espécie de vibração e de dinamismo nisso tudo", disse. "Vejo isso como sinal de recuperação." Estaria ela enxergando o que queria enxergar? É possível, mas Jen não deixa de ter alguma razão.
A profusão de cores e estampas vibrantes que se manifestou nas ruas de Nova York em abril sugere um novo espírito de otimismo, à medida que as mulheres deixam para trás as restrições de uma recessão que ainda não desapareceu por completo e estocam seus guarda-roupas com modelitos mais alegres.
"As pessoas estão fartas de não comprar", disse Beth Buccini,proprietária da butique Kirna Zabête, do SoHo, onde estampas florais alegres e desenhos abstratos vêm criando um antídoto animador a meses de sobriedade autoimposta.
"Depois de um inverno tão tristonho e de uma economia ainda mais tristonha", disse ela, "as pessoas querem um pouco de alegria em suas vidas".
As estampas exercem forte atração emocional. "Elas representam o estado de ânimo atual dos consumidores", disse a psicóloga de consumo Kit Yarrow, da Universidade Golden Gate, de San Francisco. "Expressam um sentimento nascente que é mais otimista e renovado."
No centro de Manhattan, a profissional de saúde Lauri Cohen exibia seu achado mais recente, uma blusa de algodão recoberta de brotos rosas e verdes estampados. "Estou comprando todas as estampas e listras que encontro", disse Cohen. "Já passei tempo demais de preto."
Essas manifestações de ânimo vêm dando um incentivo ainda incipiente à indústria da moda, que estava combalida. As cifras relativas às vendas ao varejo divulgadas em abril indicam os ganhos mensais mais fortes em uma década; as lojas de departamentos relataram um aumento médio de 11,8% em suas vendas.
Marshal Cohen, analista-chefe da firma de pesquisas de mercado NPD Group, interpreta o ressurgimento das estampas multicoloridas como indicativo de recuperação econômica. "Quando se sai de uma recessão, uma das primeiras coisas a fazer sucesso são cores e estampas vivas", disse ele.
A designer de interiores Kaitrin Cooper não estava imune ao clima geral. "Estou maravilhada", disse ela recentemente, olhando com desejo para um casaco Dries Van Noten na Barneys. "Estou amando as cores e as estampas ousadas.
O verde amarelado e a cor de caqui tomaram o lugar da fase seriamente cinza pela qual passei no ano passado. As cores estão fazendo a moda ficar divertida outra vez -nos dão a sensação de que está bem curtir a moda."
Cores indicam otimismo no consumo
Por RUTH LA FERLA
NOVA YORK - Dizem que a moda é um índice revelador de mudanças,registrando modificações de confiança e estado de ânimo em geral sutis demais para serem captadas pelos altos e baixos das Bolsas.
Isso não é novidade para Natasha Jen, que, quando estava no centro de Nova York em um fim de semana recente, tomou nota do desfile de mulheres que exibiam vestidos e saias de cores vivas, estampas de leopardo e desenhos geométricos tribais.
Assistindo à passagem do desfile de cores, Jen, que é designer gráfica, sentiu-se empolgada. "Há uma espécie de vibração e de dinamismo nisso tudo", disse. "Vejo isso como sinal de recuperação." Estaria ela enxergando o que queria enxergar? É possível, mas Jen não deixa de ter alguma razão.
A profusão de cores e estampas vibrantes que se manifestou nas ruas de Nova York em abril sugere um novo espírito de otimismo, à medida que as mulheres deixam para trás as restrições de uma recessão que ainda não desapareceu por completo e estocam seus guarda-roupas com modelitos mais alegres.
"As pessoas estão fartas de não comprar", disse Beth Buccini,proprietária da butique Kirna Zabête, do SoHo, onde estampas florais alegres e desenhos abstratos vêm criando um antídoto animador a meses de sobriedade autoimposta.
"Depois de um inverno tão tristonho e de uma economia ainda mais tristonha", disse ela, "as pessoas querem um pouco de alegria em suas vidas".
As estampas exercem forte atração emocional. "Elas representam o estado de ânimo atual dos consumidores", disse a psicóloga de consumo Kit Yarrow, da Universidade Golden Gate, de San Francisco. "Expressam um sentimento nascente que é mais otimista e renovado."
No centro de Manhattan, a profissional de saúde Lauri Cohen exibia seu achado mais recente, uma blusa de algodão recoberta de brotos rosas e verdes estampados. "Estou comprando todas as estampas e listras que encontro", disse Cohen. "Já passei tempo demais de preto."
Essas manifestações de ânimo vêm dando um incentivo ainda incipiente à indústria da moda, que estava combalida. As cifras relativas às vendas ao varejo divulgadas em abril indicam os ganhos mensais mais fortes em uma década; as lojas de departamentos relataram um aumento médio de 11,8% em suas vendas.
Marshal Cohen, analista-chefe da firma de pesquisas de mercado NPD Group, interpreta o ressurgimento das estampas multicoloridas como indicativo de recuperação econômica. "Quando se sai de uma recessão, uma das primeiras coisas a fazer sucesso são cores e estampas vivas", disse ele.
A designer de interiores Kaitrin Cooper não estava imune ao clima geral. "Estou maravilhada", disse ela recentemente, olhando com desejo para um casaco Dries Van Noten na Barneys. "Estou amando as cores e as estampas ousadas.
O verde amarelado e a cor de caqui tomaram o lugar da fase seriamente cinza pela qual passei no ano passado. As cores estão fazendo a moda ficar divertida outra vez -nos dão a sensação de que está bem curtir a moda."
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