domenica 28 marzo 2010

O BRASIL BIFRONTE


Achei este artigo publicado no Estadao hoje uma analise importante do uso simbólico do sangue neste pais.
O Brasil bifronte é uma expressão adequada. De um lado tem este culto do corpo lindo, magro, candido, sem sangue, quase uma sculptura, do outro lado esta violência com rituais de barbaridade. Duas almas, um pais só. Mas a mesma coisa acontece no México, na Venezuela, na Colômbia. Será que è o preço da colonização? Ou seja o preço resultado de uma mistura imposta que sobrepus dois mondos diferentes com objectivos contrastantes? De um lado os nativos que moravam na terra deles, do outro lado os Europeus, português e espanhois carregando nas costas as frustrações da historia, os erros, a malícia que só o tempo ensenha?


ESTADAO
A face brutal de um Brasil bifronte

Chacinas são uma modalidade peculiar de violência de grupo contra grupo caracterizada pela imposição de castigo definitivo não apenas a uma pessoa, mas a seus parentes, vizinhos e amigos

SÃO PAULO - Em novembro ocorreram duas chacinas, uma no Jardim Guapira, em que morreram duas pessoas, e outra numa favela à margem da Rodovia Fernão Dias, em que morreram cinco homens, na zona norte. Dizia a notícia que, desde o começo de 2009, haviam sido registradas 19 chacinas na Grande São Paulo. Em 16 de março três pessoas foram chacinadas no Itaim Paulista, na zona leste, por alguém que contra elas disparou de dentro de um carro em alta velocidade. No final da noite da última segunda-feira, em chacina na região do Socorro, na zona sul, quatro pessoas que estavam conversando na calçada de uma rua foram mortas por dois homens que chegaram atirando. A notícia diz que foi a segunda chacina do ano em São Paulo. Por alguma estranha razão, as chacinas são noticiadas como se a cada ano se iniciasse a safra da barbárie, como se estivéssemos em face de cíclica reinauguração dessa modalidade peculiar de violência.

O que se repete nas chacinas no Brasil inteiro é a prática de violência de grupo, algumas vezes de mascarados, contra pessoas desavisadas, atingidas também em grupo. No geral, é evidente que os que atiram sabem em quem estão atirando e, por estarem geralmente em grupo, têm motivação corporativa para o crime. A variação que pode ser notada é a de que em diferentes lugares são corporações localmente típicas. Chacina no Rio de Janeiro quase sempre vem acompanhada de indícios de ter sido praticada por membros da Polícia Militar, com frequência em reação previamente organizada contra alguma violência, real ou simbólica, sofrida por membros da corporação. Em São Paulo, as chacinas são geralmente praticadas por grupos delinquentes ligados à droga. No Rio Grande do Norte, ao apurar uma chacina no bairro de Mãe Luiza, em Natal, em 1995, que vitimou seis pessoas, a polícia descobriu que havia conexões entre cerca de 50 ocorrências semelhantes, mortes de pessoas pobres sujeitas à prática de extorsão por parte de elementos da polícia civil.

Há as chacinas de vingança pessoal ou familiar. A chacina do Rangel, em João Pessoa, na Paraíba, em novembro de 2009, foi praticada por um casal contra vizinhos em decorrência de uma briga na partilha de um frango. Um pai de família e três filhos de 4, 6 e 10 anos foram imediatamente mortos. A esposa, grávida de gêmeos, morreu no dia seguinte. Duas crianças sobreviveram, uma delas ferida. Os mortos todos estripados a facão: de um a mão foi decepada e jogada sobre um guarda-roupa; do pai, a cabeça degolada. Praticada a chacina, o casal de assassinos foi para casa dormir. Em Curitiba, em outubro, no bairro Uberaba, oito pessoas foram mortas, incluído um bebê, e duas ficaram feridas, numa mesma rua, em chacina de vendeta pela morte do sobrinho de um suposto traficante. A chacina foi praticada por seis homens armados que passaram pela rua em três carros, atirando.

Na maioria dos casos as vítimas estão no lugar errado na hora errada, até mesmo em companhia das pessoas erradas. As chacinas, como os linchamentos, extensamente praticados entre nós, constituem modalidade peculiar de violência contra a vida porque tentam impor um castigo definitivo não apenas a determinada pessoa, mas também a seus circunstantes, parentes, vizinhos e amigos. Esses casos todos nos falam de sujeitos menos referidos ao protagonismo próprio de uma sociedade de indivíduos, que seria a dos ligados entre si pela trama racional dos direitos individuais e das responsabilidades individuais. Falam-nos muito mais de pessoas socialmente vinculadas como sujeitos coletivos, a família, a vizinhança, a comunidade, mesmo a comunidade delinquente de ladrões e traficantes.

As chacinas constituem frequentemente lembrete às vítimas e testemunhas de que há esse pertencimento grupal e lembrete, também, de que é grupal o sujeito que as pratica, como sujeito de dominação, que invoca direitos corporativos e cobra lealdades corporativas através da imposição do medo. A disseminação entre nós das instituições republicanas se fez no pressuposto de que os setores retrógrados da sociedade brasileira, ainda presos nessas tramas sociais do poder pessoal, seriam naturalmente arrastados à civilidade pelo natural vencimento de seu rústico modo de vida e sua rústica visão do mundo e da vida social. Não foi isso o que aconteceu. Essas formas violentas e atrasadas de dominação e de controle social infiltraram-se na modernidade e nos impuseram a ditadura de um dualismo social e sem saída que se agrava cada vez mais.

JOSÉ DE SOUZA MARTINS É PROFESSOR EMÉRITO DA FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. ENTRE OUTROS LIVROS, AUTOR DE A APARIÇÃO DO DEMÔNIO NA FÁBRICA (EDITORA 34)

sabato 27 marzo 2010

UMA CASA MODERNISTA, A CASA MODERNISTA


Um diretor de filmes italiano muito conhecido no mondo todo, Nanni Moretti, em "Caro Diario" para admirar as casas e os prédios em Roma ia bater num carro com sua moto "Vespa". Felizmente que eu não dirijo nem motos nem carros e só ando de pé porque São Paulo è tao interessante como arquitetura e stratifigraçao histórica que daria para bater num carro.
Entre os milhares de predios que nesta grande cidade merecem atenção um deles tornou-se símbolo de um momento muito importante da historia da metropoli



E' uma casa construída há 80 anos pelo arquiteto Gregori Warchavchik. Agora é aberta ao público toda restaurada. Dentro, luminárias e móveis projetados por ele.
Aqui dentro, 80 anos atras, foram abertas as portas para a primeira exposição modernista dentro de uma construção desenhada nos moldes dessa escola artística. Entre os convidados naquela epoca Tarsila do Amaral, Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Lasar Segall. O bairro è Pacaembu que nos anos 30 era mais ou menos periferia. Warchavchik era ucraniano e chegou ao país em 1923. "Esta arquitetura será a mais regional possível, porque a sua primeira e principal exigência será a de adaptar-se à região, ao clima, aos costumes do povo", escreveu à época
O ideal dos arquitetos modernos, para ele, era "conseguir a diretriz prática para orientar a fabricação de casas em grande escala, a fim de proporcionar, com um mínimo de preço, um máximo de conforto, principalmente às classes menos abastadas".
Nestes traços retos toda uma filosofia se expressa. So um detalhe. O cactus da foto dos anos 30 torno-se gigante. O tempo que passa, a natureza que fala reagendo com a arquitetura
O Museu da Casa Brasileira também abriga uma exposição sobre Warchavchik e faz visitas monitoradas à casa da Rua Itápolis aos sábados e domingos. Aos sábados, vans sairão do museu às 10h, 11h, 14h e 15h. Aos domingos, 14h e 15h. O serviço é gratuito.

Casa modernista: Rua Itápolis, 961, Pacaembu, tel. 3661-5066. De 26/3 a 21/4. Qua. a sex.: 13h às 18h. Sáb., dom. e fer.: 10h às 18h.
Museu da Casa Brasileira: Avenida Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano, tel. 3032- 5066. Exposição: de 23/3 a 18/4. Ter.



giovedì 25 marzo 2010

SIMBOLOS DE VIDA, SIMBOLOS DO LUTO


Hoje na B'nai B'rith, rua Caçapava, 105, 4º andar, Jardim Paulista, São Paulo das 20h às 22h vai ter uma palestra gratuita da escritora portuguesa Maria Manuela Pontes. 39 anos ela é autora de "Maternidade Interrompida" (ed. Ágora, ) e o que é mais importante fundou em 2001 o projeto Artémis (www.associacaoartemis.com), para apoiar mulheres que sofreram perda gestacional.
Ela mesma perdeu em seis meses, dois bebês ainda no útero. "A Artémis surgiu como uma forma de eu dar um sentido às minhas perdas e porque vi que a mulher que perde o bebê na gravidez não tem apoio", diz.
A Folha de São Paulo hoje publica uma entrevista muito interessante com a Maria Manuela Pontes. E' sobre a maternidade e o luto da maternidade que é um luto bem diferentes dos outros. os símbolos que expressa são diferentes porque é tuda a ideia de nosso futuro que è completamente em discussão. O mistério da vida é grande também na sua expressão ultima, a morte.
Aqui a entrevista feita pela Folha de São Paulo por Iara Biderman


FOLHA - De que tipo de ajuda uma mulher que sofreu perda gestacional precisa?
MARIA MANUELA PONTES - Ela precisa que as pessoas compreendam que está vivendo um momento de luto. As pessoas não conseguem entender a tristeza e a solidão que [essa mulher] sente. Afinal, para os outros o bebê nem sequer vivia.
FOLHA - Como elaborar o luto nessas condições?
PONTES - É difícil. Muitas mulheres na associação [Artémis] dizem: "Parece que eu imaginei aquela gravidez, que eu não estive grávida para ninguém a não ser para mim, porque ninguém se importa com a perda do meu bebê". A norma é as pessoas falarem para essa mulher não chorar, não ficar falando sobre a perda. Para o luto, é preciso chorar, é preciso falar sobre o que você está sentindo, mas a sociedade não dignifica esse luto, ela diz à mulher que o que ela perdeu é nada.

FOLHA - O sentimento de culpa dificulta ainda mais as coisas?
PONTES - Não há nenhuma mulher que não se sinta culpada ao perder um filho. Na perda gestacional, normalmente não sabemos por que isso aconteceu, não há uma razão, simplesmente perdemos. Como não há culpados, as únicas que podem sofrer com a culpa somos nós.
Pensamos: "Fiz alguma coisa errada, peguei peso, comi algo que não deveria e perdi meu filho". O primeiro sentimento após a perda é a culpa.

FOLHA - Como superar esse sentimento?
PONTES - A culpa vai diminuindo a partir do momento em que essa mulher passa a ser compreendida ou acompanhada. O acompanhamento não tem que ser feito obrigatoriamente por psicólogo. Um acompanhamento familiar efetivo e correto ajuda essa mulher a ultrapassar a fase de luto.

FOLHA - E qual é o papel da terapia psicológica?
PONTES - A terapia entra quando todo o resto falha. Se eu tenho um mau acompanhamento, a começar pelos médicos e serviços de saúde, e se minha família não me compreende, só me resta uma alternativa, a terapia. É a última ferramenta nessa pirâmide.

FOLHA - Como os médicos podem ajudar?
PONTES - O que as mulheres dizem é que os médicos as veem como mais um número. Tratam a cicatriz do corpo e esquecem a que fica na memória. O que mais me choca é que eles se preocupam com várias coisas, mas não entendem que a perda de um bebê ainda no útero é um dos piores lutos que existem.
Uma mãe que perde o bebê com três meses [de gestação] nunca viu o seu rosto, não sentiu os seus braços. Ela vive com a recordação de algo que nunca viu. E, quando essa mulher engravidar de novo, isso será vivido de uma forma devastadora: todos os dias, ela vai se preparar não para um nascimento, mas para uma perda.

FOLHA - Faz diferença perder o bebê logo no início da gravidez?
PONTES - A perda não se quantifica, cada mulher vai sentir a dor na proporção do momento que está vivendo. É um mito achar que, se a mulher teve a gravidez interrompida aos dois meses, isso vai passar logo. Porque perder o bebê no primeiro trimestre é um vazio enorme, você perde algo que não pode aliar fisicamente a nenhuma recordação.

FOLHA - Pessoalmente, o que a mulher que perdeu o bebê pode fazer?
PONTES - O meu conselho para essa mulher é: fale, obrigue as pessoas a ouvir aquilo que você sente. Se tem vontade de chorar, chore, independentemente de as pessoas ficarem incomodadas. É preciso conquistar a liberdade de chorar.

PODE UMA PESSOA TORNAR-SE SIMBOLO DO BRASIL?


Achei esta noticia muito interessante. Primeiro toda pessoa que resgata sua vida utilizando o cérebro e estudando muito merece uma grande atenção da sociedade.
Então si alguém pode ajudar o Bruno acho super legal.
Segundo: a historia do Bruno deveria ser a maioria das historias no Brasil. A educaçao é o simbolo mesmo dum pais, da sua atenção pelo futuro mas aqui não é como os Estados Unidos onde os pobres si quer pode mudar a vida. Aqui como europeia vejo que é tudo mais difícil, accessar as bolsas, ter um bom ensino, é tudo o sistema que parece ruim. Por isso a historia do Bruno tem um valor ainda maior

DA UOL
Filho de catador de garrafas ganha bolsa de mestrado nos EUA e luta para seguir estudos

Simone Harnik

Depois de se formar em administração em Belo Horizonte, Bruno Lucio Santos Vieira, 22, ingressou no mestrado em relações internacionais na Ohio University, nos Estados Unidos. Hoje, no curso, o estudante dedica seu tempo a disciplinas como história econômica norte-americana e mercados financeiros.

A biografia resumida acima pode parecer com a de algum brasileiro bem-nascido e cheio de oportunidades. No caso de Bruno, no entanto, cada passo tem sido uma batalha: filho do aposentado Henrique Barbosa Vieira, 68, e da dona de casa Neide Lúcia Santos Vieira, 56, o rapaz concluiu a educação básica toda em escola pública, fez a graduação pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) no Centro Universitário Una e ganhou, pelo bom desempenho, desconto para a pós-graduação.

No entanto, há um semestre na terra de Obama, e ainda que tenha a bolsa de estudos, os custos de vida têm comprometido o futuro acadêmico do jovem. A cada mês, ele fica mais 600 dólares no vermelho – o que corresponde a aproximadamente R$ 1.100. "Quando vim, não ficou claro que haveria tantos gastos, e eles comprometeram o orçamento", conta.

E a família não tem como ajudar. "Meu marido ganha um salário e meio. Acabou de passar por um câncer de próstata. Para complementar a renda, ele recolhe garrafas, e eu lavo para vendermos", diz Dona Neide, que se esforça para segurar a saudade e as lágrimas sempre que fala com o filho. "Ele é o meu caçula e toda a vida foi exemplar. Muito carinhoso. Mas estou muito triste com as dificuldades que ele está passando."


Depois de se formar na faculdade pelo Prouni, o jovem seguiu para mestrado no exterior (Foto: Arquivo Pessoal)
Ajuda dos novos amigos
Mesmo trabalhando para a faculdade – dentro dos limites da lei – tem sido bem difícil bater a quantia necessária a cada mês, diz o jovem. E as economias que fez enquanto trabalhava no Brasil já se foram.

A sobrevivência tem dependido da boa vontade dos novos amigos nos EUA. Dois ucranianos e um espanhol têm financiado o aluguel e a comida para Bruno e sua mulher, Poliana. O casal ainda consegue almoçar de graça duas vezes por semana em igrejas da cidade.

O casamento, que não completou um ano terá de resistir à distância. Com a falta de dinheiro, Poliana já está de malas prontas para retornar ao país.

Nem luxo nem lixo
O mobiliário da casa que Bruno divide com os europeus recebeu vastas contribuições do desperdício ou do desapego da comunidade de Ohio. "Quando alguém nos pergunta onde compramos armário, mesas, cadeiras, sofá, sempre brinco que foi no 'Trash.com' [em inglês, "trash" quer dizer lixo]. Achamos também panela, pratos, copos, talheres", relata Bruno, que chegou a receber até doações de comida.

Primeiro da turma
Durante a faculdade, a performance do jovem foi alvo de elogios dos docentes. Segundo a coordenadora do curso de administração do Una, Christiana Metzker Netto, ele "tem muito potencial".

"Bruno teve 94 pontos [em cem] de média geral. Tirou de letra a faculdade e foi um aluno exemplar. No trabalho final, tirou 99 pontos – e as médias costumam ser bem mais baixas", revela. "O curso também pede 60 horas de atividades complementares, que os alunos demoram a cumprir. Bruno fez 255 horas".

O empenho rendeu troféu de melhor aluno do curso, mas não foi suficiente para garantir a estadia no mestrado. E o rapaz tem recorrido ao seu passado acadêmico para buscar auxílio – concorre a novas bolsas, ainda sem certezas.

O mais jovem de cinco irmãos, primeiro a se formar na faculdade e a ir ao exterior, é admirado pela família e espera voltar com o mestrado concluído. "Todo herói tem de ter um pouco de louco, tem de arriscar. Pensei que essa podia ser a minha única chance de continuar estudando", diz.

lunedì 22 marzo 2010

O CASO NARDONI

Pela primeira vez desde que teve a prisão preventiva decretada em 17 de maio de 2008 o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá hoje estará ao lado, numa sala do Fórum de Santana. Os corpos se reúnem, o destino pode ser o mesmo para os dois, acusados de ter assassinado a menina Isabella, filha de Alexandre. Tudo assassínio é uma historia de corpos. Primeiro o corpo da vitima, que acaba para sempre, neste caso o corpo frágil duma menina, jogado do 6° andar de um prédio, frágil como só são os corpos das crianças. Depois tem o corpo do assassino ou dos assassinos. E ao final tem os corpos dos outros familiares, que assistem desde ao inicio á tragédia e que sempre recusaram o assedio físico da mídia. E, o mais importante, o corpo da mãe da menina, Ana Carolina de Oliveira que colocou camisetas mostrando o rosto sorridente da filha, como para morar para sempre no corpo dela.
Para os especialistas de linguagem corporal hoje é um dia muito importante. Além das palavras que serão pronunciadas os corpos dos acusados serão uma chave de leitura muito importante para entender onde neste caso fica a verdade. Culpados? Inocentes? A última palavra pertence aos juízes, mas temos instrumentos para decodificar melhor a personalidade dos acusados e as tentativas de comunicação entre eles que com certeza hoje acontecerão depois de uma separação tão douradura. Terá um coup de theatre?
Os corpos do Alexandre e da Anna Carolina são muitos diferentes entre eles. O Alexandre tem corporatura mais robusta, além de ter perdido peso durante da detenção. A parte mais robusta dele são as costas, bem encurvadas. Normalmente indivíduos com esta postura têm raiva para os pais, uma raiva reprimida. Alexandre tem papeira. Normalmente a papeira debaixo do queixo é uma característica das pessoas que não gostam de receber criticas e sentem-se carentes e agressivos quando lhes apontam algum defeito. O rosto do Alexandre é redondo, o que significa ter uma adaptação a qualquer circunstância. Para a linguagem corporal normalmente pessoas come este rosto não perdem o tempo e gostam de soluções rápidas e eficazes. E gostam de dinheiro em forma razoável. Mas não gostam de protagonismo. Nem são lideres. O rosto de Alexandre é um rosto com características infantis. Ele tem uma fronte a cúpula e lábios grandes. Este caráter infantil é comum com aquele da Anna Carolina. A voz dela è uma voz acuda, quase de criança. O corpo dela é pequeno como uma criança, mas não é subtil. As pernas são bem seguradas ao chão, o que significa que ela é uma pessoa pratica, que sabe o que ela faz. As mamas são proporcionadas com o corpo e são pequenas. Por isso, segundo a tradição chinesa, ela seria uma mulher yang, que não admite autoridade sobre ela e que repudia a idéia de ficar presa ou ser comandada por alguém ou alguma situação. Deste lado fisicamente infantil deriva uma primeira pergunta. A Isabella era criança com crianças? Ou seja, Alexandre e Anna Carolina psicologicamente atuavam como pais ou irmãos? O que poderia explicar os ciúmes da Anna Carolina para Isabela, uns ciúmes de uma criança com outra. Mas ao mesmo tempo Anna Carolina parece o líder da situação, aquela que controla tudo.
Analisando o rosto da Anna Carolina é bem clara sua forma triangular com o predomínio da fronte, ou seja, do intelecto sobre as emoções. Normalmente estes tipos de pessoas não amam a vida familiar e social. O rosto de Anna Carolina é caracterizado de sobrancelhas muito distanciadas o que significa que ela não tem espontaneidade verbal, aguarda suas idéias, planeja e realiza, mas não fala sobre os seus planos.
Quais são os gestos reveladores de Alexandre e Anna Carolina?
O documento que ainda hoje é o mais importante para a analise não verbal dos dois é a longa entrevista que ele deram no Fantástico no dia 21 de Abril do 2008.
Durante 40 minutos eles conseguiram controlar bastante o corpo, sobretudo o rosto que é a parte mais envolvida quando as pessoas mentem. Mas tiveram alguns sinais não verbais que merecem uma reflexão.
No começo da entrevista o Alexandre Nardoni fica de pernas abertas, o que significa que ele não está em defesa, mas os palmos das mãos sobre os joelhos são escondidos. Foi alguém que sugeriu para ele de não mexer para não confundir o publico que naquele momento se tornava inevitavelmente juiz? O foi um gesto automático? Si for um gesto automático significa que ele esta escondendo algo, a verdade também,
A Anna Carolina ao contrario tem uma postura corporal fechada desde o começo. A perna direita sobre a perna esquerda, aberta só em direção do jornalista, mas fechada em relação ao marido, o que significa que neste momento o casal não é conectado. Uma característica que volta com freqüência. Durante toda a entrevista a mulher tenta de cobrir com a sua voz e as suas respostas as intervenções do marido. É ela que dirige o casal. E é sempre ela que esconde melhor os seus pensamentos mais secretos.
Alexandre aos poucos que o jornalista faz perguntas é aquele dos dois que mexe mais e mais revela informações. Chega até engolir depois ter falado que “somos muitos apegados, a nossa família, somos todos unidos, nê?” Este gesto é fundamental porque significa na linguagem corporal que a pessoa não consegue na verdade engolir um assunto que é muito pesado. Neste caso o assunto é aquele que o Alexandre está para dizer, ou seja, “nossas crianças, (pausa) nossos filhos. (...)”. E interessante notar que ele fala crianças antes que filhos, como si o seu cérebro separasse Isabela criança, matada, com a Isabela filha.
Sempre o Alexandre durante da entrevista fecha continuamente os olhos o que é considerado um indicio de mentira, como si ele mesmo não quisesse ver o que ele está falando. E também mexe as pernas em momentos cruciais como para escapar da situação. Ele olha para a mulher em alguns momentos importantes (por exemplo, quando o jornalista pergunta “você perdeu uma amiga”) como para ter confirmação.
Si ele for definitivamente condenado pelos juízes será isso mesmo o papel que ele tinha a noite do assassínio, ou seja, seguir o que Anna Carolina decide?
Ele chega também a arregaçar as mangas quando fala que “sempre fomos amigos, sempre assim”. Os braços normalmente simbolizam conquistas, ambições, afetos, a busca do amor e do trabalho realizador. Quando essas pretendidas realizações são frustradas ou limitadas por alguém ou alguma situação instintivamente surge um sentimento de raiva e o desejo de tocar em eles. Quanto ás mãos, distanciadas e colocadas sobre dos joelhos ao começo da entrevista, eles torna-se entrelaçadas, quando os assuntos viram mais pesados. Eles construam uma barreira para Alexandre se proteger. Ele tem medo e morde muito freqüentemente a boca o que é indicio de mentira.
A Anna Carolina consegue controlar melhor o seu corpo, mas inúmeras vezes ela leva a mão no rosto o que é considerado também indicio de mentira. Não mexe as pernas, mas faz um gesto só que é revelador. Quando fala que “nunca encostou um dedo” em Isabela, a segunda vez, ela esconde o polegar nas pernas, a mão já estava escondida. Ela fez uma associação inconsciente entre o dedo que bate e o seu dedo. Parece então que ela não está falando a verdade porque fecha completamente a sua posição como para esconder algo. Além disso, mostrar o polegar em todos os gestos indica confiança em si mesmo. O contrario significa profunda incerteza. Anna Carolina nunca olha para seu marido e sempre mostra o olho direito de uma forma mais dramática. O lado direito do rosto é considerado normalmente como nossa mascara social, a imagem que queremos dar para os outros.
Anna Carolina e Alexandre são culpados ou inocentes? Só os juízes podem falar agora. Mas o casal já respondeu na entrevista. Com palavras e com gestos. O jornalista fala “vocês afirmam e reafirmam que uma terceira pessoa entrou no apartamento e matou a Isabela”. O Alexander pela primeira vez dirige o seu olhar para esquerda fora do campo de ação televisivo, foge com os olhos e Anna Carolina intensifica o movimento da mão no rosto, os dois sinais de mentira.
E quando o jornalista explica que os dois são acusados para ter asfixiado a menina Alexandre morde a boca e continua com mãos fechadas. E Anna Carolina esta com a mão que cobre os genitais, que significa que ela esta em posição de defesa e de mentira. Ela mexe um pouco, quase de uma forma imperceptível a perna direita, como si ela também naquele momento quisesse escapar da situação
Inocentes ou culpados? O corpo fala muito mais das palavras e às vezes de uma forma diferente. Os juízes agora têm que pensar também nisso.

venerdì 12 marzo 2010

A PREMIADA AUTORA HAITIANA EDWIDGE DANTICAT FALA COM EXCLUSIVIDADE NO MEU BLOG DOS SÍMBOLOS DO BRASIL E DA HAITI


Tem mulheres que podem mudar o mundo com o poder das palavras e da imaginação. Edwidge Danticat é uma dessas. 41 anos, ela é uma das mais famosas escritoras da Haiti mas ela mora desde a idade de 8 anos em Miami nos Estados Unidos. Seu corpo é lá mas a sua cabeça é na sua terra nativa, a maravilhosa Haiti, ao redor da qual ela construi um mondo entre realidade e ficção que merece ser lido.
Esta semana chegou às livrarias a edição brasileira do livro de memórias dela, "Adeus, Haiti" (Agir, 232 págs., R$ 39,90, tradução de Geraldo Galvão Ferraz) Nele, Edwidge, relata duas vidas - ou talvez fosse melhor dizer duas mortes? - que tiveram grande influência sobre ela: a do tio Joseph e a do pai, Mira. Eu conheci a Edwidge depois do terrivel terremoto que destruiu sua terra, entrevistei ela para dois jornais, italianos e brasileiros. Ela é uma pessoa sempre disponivel e tem coisas para dizer. Eu pediu para ela dois perguntas para meu blog e ela aceitou de uma forma muito "nice". Com ela, claro, eu falei sobre os símbolos. Quem melhor de uma escritora para falar sobre os simbolos, neste caso do Brasil e da Haiti?

Eu perguntei:
Você nunca visitou o Brasil? Qual é para você o símbolo deste pais que mais chamou à sua atenção?

Edwidge Danticat:
Sim, visitei este pais alguns anos atrás com um meu amigo americano que tinha família e verdadeiros amigos aqui. Naquela época ele morava na Bahia. Eu cheguei pouco antes do Carnaval e lembro ter assistido à algum ensaios preparatorios das escolas de samba lotados de pessoas. A musica era maravilhosa e as pessoas muito lindas amigáveis. Participei ao dia do Yemanja. Quantas pessoas! Quantas flores! Para mim era impressionante. Eu gosto muito em Haiti da deusa do amor,Erzulie Freda e também da deusa do mar, Simbi,que corresponde acho à brasileira o pode ser sua irma. Naquele momento eu percebi como si aquela festa fosse para Simbi. Aquela processão da Yemanja foi para mim o simbolo mais importante que chamou minha atenção.

Eu perguntei
Quando você pensa em Haiti.quais são os simbolos que você associa?

Edwidge Danticat:
Além das duas deusas sobre as quais te falei, em Haiti para mim não tem símbolos mas crianças. Crianças em Haiti, sobretudo agora deixam minha imaginação voar e meu coração chorar. Eles ao mesmo tempo paralisam e inspiram minha imaginação. As vidas deles, no bem e no mal, são os verdadeiros símbolos do que Haiti foi o pode ser. Cada vez que eu vejo uma pequena criança em Haiti eu acho que è o símbolo absoluto deste pais. Podemos fazer o melhor para eles o deixar eles cair no fundo, todo o que fazemos para eles é para o pais. Muitos importantes símbolos estruturais e físicos em Haiti foram destruídos em Haiti à causa do recente terremoto. Como diz meu amigo, o escritor Dany Lafferiere as pessoas agora, incluído as crianças tem que tornar-se nossos monumentos, nossos símbolos viventes.

Obrigada Edwidge pela sua ajuda!

giovedì 11 marzo 2010


"Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano». Cecília Meireles

A ARTE DA DUVIDA


Ontem assisti à uma palestra organizada pelo Endeavor Brasil (http://www.endeavor.org.br), a Endeavor foi criada em Harvard para desenvolver no mundo todo a educação managerial. O palestrante era Antonio Napole, Senior Vice President da Kaiser Associates, (http://www.kaiserassociates.com), uma strategy consulting empresa nascida nos Estados Unidos muito conhecida.
Achei à ideia básica deste encontro interessante como post do meu blog: a arte da duvida.
Dubito ergo cogito ergo sum, nos ensinou o filosofo francês DesCartes no século XVII. A linguagem de todo pensamento é a duvida, ou seja reconhecer na verdade das coisas a verdade escondida, aquela que não aparece. São as verdades invisíveis que tornan-se ferramentas fundamentais para viver nossa vida e viver-a bem. Primeiro temos que duvidar de nossas percepções e de nossas interpretações do mundo. Secundo, temos que duvidar das verdades dos outros. O que é importante dizer é que duvidar é uma açao, quer dizer um movimento da mente, um trenamento para ela pensar melhor. As duvidas não são nosso pontos de chegada, mas nossos pontos de saída. Porque que não tem nada de melhor que chegar no empireo da verdade, seja pessoal ou social ou empresarial. Mumble, mumble, é assim que a humanidade se desenvolve.

UMA METROPOLI E' UMA METROPOLI E' UMA METROPOLI

Uma cidade è uma cidade é uma cidade.
Uma metropoli é uma metropoli é uma metropoli.
Utilizando a filosofia lógica da escritora George Sand vamos "entrar" dentro do símbolo urbano por excelência: a metropoli. Ela é símbolo para ela mesma, ela é símbolo para seus moradores, corpo sempre nascendo que renova sua pele e seus orgaos em continuação.
Este video do artista americano Rob Carter é uma tentativa de aprofundar os mecanismos mecânicos duma metropoli. Tem um lugar para nossa humanidade?

mercoledì 10 marzo 2010

O ROSTO FALA...


A noticia esta vez não chega do Brasil mas dos Estados Unidos. Achei muito interessante. Uma cidadã americana apelidada de "Jihad Jane" foi acusada nesta terça-feira nos Estados Unidos de planejar o recrutamento de terroristas - homens e mulheres - para atuar na Europa e no sul da Ásia. A mulher, que vive nos arredores da Filadélfia, Estado da Pensilvânia, e tem 57 anos, é suspeita de dar "apoio material" ao terrorismo, incluindo "apoio logístico e financeiro, serviços de recrutamento, além de fornecer documentos de identidade" para produzir atentados em países da Europa e no sul asiático, informa a ata de acusação.
A noticia chegou acompanhada das fotos desta mulher.
A premissa na minha analise é que não tem nenhum preconceito corporal. Si para Cesare Lombroso, medico e cientista italiano que viveu na segunda midade do século XIX a frenologia é a ciência que estuda o rosto dos delinquentes, quer dizer que os delinquentes tem carateristicas corporais especificas, depois de mais de um seculo podemos dizer que cada rosto conta a vida do seu "dono". No caso da "Jihad Jane" coloquei duas fotos. A primeira mostra o rosto dela de uma forma ocidental, sem veu.
Quatro pontos são muito importantes:
-As sobrancelhas são subtis e vão de baixo para acima. E' típico das mulheres e indica que esta pessoa sabe expressar suas emoções. Alem de poder expressar o sentimento de ira (quem sabe si esta foto foi tirada pelo mesmos policiais depois ter preso ela?) as sobrancelhas formam uma estrutura importante com o nariz,inchado. Inchado significa que naquele momento o sujeito esta inspirando demais, não está soltando o ar. Esta em defesa, defesa como as animais que incham todo o corpo em caso de ataque para aparecer maiores e mais fortes. A quantidade de pelo das sobrancelhas corresponde normalmente à quantidade de detalhes que uma pessoa pode seguir em um momento. Neste case a Jihad Jane concentra toda à energia dela num assunto. O que torna ela uma verdadeira terrorista que vive so ara causa. As sobrencelhas sao altas, ou seja ela tem pouca spontaneidade verbal, aguarda as ideias para ela, esconde aos outros. Planeja e realiza mas não fala sobre os planos. Uma verdadeira terrorista
-os olhos são azul e a iris è grande em olhos normais o que significa facilidade de assimilação e comunicação. Os olhos claros normalmente se especializam em condutas que requerem inibição e respostas autoreguladas.
-a boca é longe da nariz. A Jihad Jane è um tipo reservado com um férreo controle dela mesma. O seu lábio inferior actua mais que o superior o que denota tristeza, sentimentos de culpa, introversão. Os lábios são serrados com força. Seu corpo està dizendo que esta mulher não pode falar mas tem algo a dizer. O que é esatamente o caso dela em prisão agora acusada de terrorismo
-a mandíbula é angulosa. A Jihad Jane é amante da actividade, nunca é quieta

Na visão geral do rosto de Jihad Jane o que me chama mais atenção è o seu lado direito que normalmente denota a mascara social que esconde o eu. E' Controlado pelo emisfero izquerdo (linguagem, pensamento) e no caso da Jihad Jane ela desafia os espectadores. Ela gosta de ser o que ela é
Não tem uma assimetria marcada entres os dois lados dela, o que denota que o contrasto interior não é muito forte
O rosto è triangular. Normalmente quem tem rosto triangular mostra uma grande capacidade mental e assimilação no apprendimento e não ama a vita familiar e social.


Nesta ultima foto a Jihad Jane tira suas mascaras. As roupas são orientais, não da para ver os cabelos mas ela não fica numa situação confortável. Por que? Porque a mão dela cobre muita parte do seu rosto (ela pode estar comendo as unhas). Quando as pessoas levam as maos para o rosto este gesto é um gesto de criança que não esta contando a verdade e que tem medo de ser discoberta.
A linguagem corporal fala muito e no caso desta mulher com uma historia ao final trágica nas costas ainda mais.

martedì 9 marzo 2010

ALEGRIA COMO STATUS EXISTENCIAL E EMPRESARIAL


Vamos continuar sobre este assunto da alegria como marca, skill, qualidade dos brasileiros, uma marca na qual os brasileiros tem que investir mais no mercado do trabalho mas com a qual eles tem que aprender a liderar também
O escritor chileno Luis Sepulveda em "La Sombra de lo que Fuimos" conta uma historia de um grupo de derrotados que mantêm a alegria porque sabiam que todos eles tinham perdido depois de ter combatido Alegria no fundo é isso. Esta consciência leve mas profunda de nos mesmos, que nos ajuda a sobreviver nos momentos mais difíceis. Uma balsa! Agora esta alegria é aquela que explica a noticia de hoje. Uma pesquisa feita em 26 países pelo instituto GlobeScan mostra que no mundo, em media 55% dos internautas afirmam que a web não é essencial para sua vida. Mas o Brasil, segundo a pesquisa, é o quarto pais do mundo em que mais usuários de internet afirmam que viveriam sem a web: 71%
Claro porque a vida fora do computador é maravilhosa e com bons efeitos para a qualidade da empresa mesmo. Fora do computador tem relaxamento, meditação, aproveitar de bons relacionamento humanos, etc., enfim, à alegria da vida. Qual é para mim o lado perigoso de tudo isso? Que muita alegria demais elimina a percepção da dor, aquele estado de vigliancia interior que permite mudanças na vida individual e social. Alegria demais as vezes elimina nossa possibilidade de nos revoltar, de nos bater, de dizer não. De ter uma consciência de classe.

MULHER, COMO SIMBOLO DO BRASIL

Símbolos do Brasil, símbolos femininos. Ontem eu participei à cerimonia de premiaçao do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Muitas mulheres, muitos homens também para comemorar o sucesso delas. A vencedora nacional será apresentada no dia 8 de Abril, em Brasília
Lançado em Outubro de 2004, o prêmio é resultado de parceria entre o Sebrae Nacional, Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW – Brasil), Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). Desde 2006, utiliza a metodologia da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), que divide a apuração dos resultados em três etapas: avaliação, verificação e julgamento.
O prêmio é composto por três etapas: estadual, regional e nacional. Durante a disputa, são observadas as seguintes características nas candidatas: liderança e constância de propósitos; persistência e capacidade de superar desafios; superação do preconceito de gênero; criatividade na ação; diversidade, responsabilidade social e sustentabilidade; atitudes e crenças; motivação e formação de novas empreendedoras; aceitação de riscos e resultados.
Um prémio que reúne as forças femininas do pais, que não é são são paulo mas o interior, onde dificuldades e oportunidades são menores.
Alguns dados são interessantes. Foi a Marlene Ortega de Camargo, Presidente da BPW Sao Paulo com que eu jantei, que me contou isso. Neste pais cada 15 segundos uma mulher é vitima de violençia. No 51% dos casos é violençia domestica, marido, amante, noivo.O agressor fica parte da familia mas a mulher brasileira ao mesmo tempo quer ser mas independente e começa a nao morar mais com o agressor. Começa, o caminho é longe.
Outro dado muito original para mim, é outro extremo. A mulher que consegue fazer uma boa carreira nas empresas chega ao poder 4 anos mais jovem que os homens. Na Itália não é assim, é esatamente o oposto. Muito interessante.
Outro dado. As mulheres que tem uma empresa própria ganham menos que os homens. Por que? Muitas vezes eles escolheram a empresa seguindo a linha da família, ou seja à empresa è dos pais, do marido falecido e não tem competência sufficiente para liderar bem. Interessante.
Então a educação è o verdadeiro problema. Para as mulheres e para toda a população neste pais. Quando tem educação os brasileiros tem muitas possibilidades. Porque eles tem para mim uma grande qualidade como ressaltaram também neste jantar Maria Helena e Marta, da BPW: alegria. As mulheres são firmas mas ao final alegres, o que da para lutar melhor
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lunedì 8 marzo 2010

CORPOS DO FUTURO



Corpos que desafiam, que construem o espaço, que escrevem no ar, corpos contemporaneos, melhor, do futuro.

CORPOS ANTIGOS, CORPOS FANTASMAS

Corpos modernos, corpos antigos, fantasmas para nos, carne na época deles. Este vídeo é precioso. Filmado em Paris no ano da Exposição Universal, em 1910, mostra uma esteira para calçada. O efeito visual é deslumbrante. A magia dos corpos...

domenica 7 marzo 2010

O CORPO NO BUTOH


Uma homenagem ao film Cerejeiras em Flor é esta clip sobre a dança japonesa Butoh.
O butô é uma dança que surgiu no Japão pós-guerra e ganhou o mundo na década de 1970. Criada por Tatsumi Hijikata na década de 1950 o butô é também inspirado nos movimentos de vanguarda: expressionismo, surrealismo, construtivismo..

O CORPO DA VIDA, O CORPO DA MORTE




O corpo da vida, o corpo da morte, ou seja a ausência de corpo...é o grande mistero deste símbolo, a sua precariedade.
Como explica bem um film que saiu no Brasil também, Cerejeiras em Flor de Doris Dorre (Alemanha 2008). Maravilhoso em tudo o que mostra, e no invisível que conta. O destino de todos nos é de nos tornar corpos invisíveis...

O CORPO E A DOR, SIMBOLO DO SIMBOLO


"Quando nos ferimos, o corpo tem a tendência de desencadear procedimentos emergenciais, em parte por nossa ansiedade- a visão do sangue, a lembrança de ferimentos do passado, talvez o tempo de perdermos tempo produtivo. Possibilidades inquietantes passam diante de nossos olhos. Como já disse o físico Lewis Thomas sobre a tendência do corpo de reagir exageradamente à maioria das viroses, a "cura" é mais traumática que a queixa original. O Pentágono dos nossos mecanismos de defesa corre para entrar em açao com suas tropas e armas".
Marylin Ferguson- A nova Consciência, Arx editora

O corpo é o mais importante símbolo que temos, o começo de todo. Para mim, para vocês, também para Berlusconi que chegou até profanar-o com inúmeras cirurgias e um falso bronzeado, transformando um corpo sano num corpo doente

CORPOS MUTANTES, ALMAS FLUCTUANTES


"Toda a minha vida acreditei nas modificações que podia fazer e algumas vezes fiz, num temperamento do qual muitas vezes nao gostava, mas agora parece-me que o tempo so' trouxe alterações e mutações, ao inves de reformas verdadeiras".
Lilian Hellmann (1905-1984), uma das mais importantes dramaturgas nos EUA

O simbolo da prostituição


Encontrei no site da Uol esta manha, da para pensar.
O Stephen J. Dubner e o Steven D. Levitt são autores de “Freakonomics: O Lado Oculto e Inesperado de Tudo o Que Nos Afeta” e “SuperFreakonomics: O Lado Oculto do Dia a Dia”. Para mais Freakonomics, visite o site www.freakonomics.com


Existem quase tantos motivos para as mulheres se tornarem prostitutas quanto existem prostitutas diz garota de programa

Stephen J. Dubner and Steven D. Levitt*


Recentemente pedimos no site Freakonomics.com que as pessoas enviassem perguntas para Allie, uma ex-garota de programa que conquistou o sucesso financeiro com sua habilidade nos negócios e entendimento da economia. Nessa entrevista, ela responde a questões que vão desde preços até se a prostituição deveria ser legalizada. Agradecemos muito a todos que participaram. Esta seção de perguntas e respostas foi editada e condensada.

Pergunta: Se a prostituição fosse legalizada e não estigmatizada socialmente, o que você acharia se seus filhos a exercessem?

Resposta: Se eu tivesse filhos, gostaria que eles tivessem a oportunidade de seguir o que desejassem, e eles seriam responsáveis por sua própria sexualidade. No entanto, esse trabalho tem seu lado ruim, e pode prejudicar muito uma pessoa. Eu sei que ele dificultou muitos aspectos da minha vida e dos meus relacionamentos. Então, como qualquer pai, eu gostaria que meus filhos tivessem mais do que eu tive.

ONU prepara campanha contra exploração sexualP: A falta de elasticidade na demanda pelos seus serviços por causa dos preços altos assinala uma qualidade melhor ou a sua experiência anterior justifica o aumento? Ou há uma outra explicação totalmente diferente?

R: Acredito que o preço alto sinaliza uma qualidade melhor para os clientes, mas muitos são bem informados e tomam suas decisões baseados em fotos e críticas. Como muitos deles não têm problemas com o preço, acho que algumas centenas de dólares não fazem diferença quando eles encontram alguém com quem gostariam de sair. No meu caso, acho que fui capaz de aumentar meus preços por causa das boas críticas e dos clientes com os quais eu estabeleci relacionamentos.

P: Você teme que o seu salário diminua à medida que você envelhece? Você se preocupa com a possibilidade de ter que se aposentar ainda jovem?

R: Eu já me aposentei desse trabalho, mas conheço mulheres que trabalham até bem depois dos 40. No entanto, como as mulheres mais velhas acabam tendo menos clientes com o tempo, eventualmente elas são obrigadas a se aposentar.

P: Você acha que as mulheres se voltam para a prostituição por causa da diferença salarial entre homens e mulheres discutida no “SuperFreakonomics”?

R: Existem quase tantos motivos para as mulheres se tornarem prostitutas quanto existem prostitutas. Fora isso, uma diferença salarial entre os sexos – quer seja real ou aparente – provavelmente não ajuda.

P: A prostituição deve ser legalizada?

R: Acho que a prostituição deve ser legalizada. Se um casal se encontra para jantar, divide uma garrafa de vinho e faz sexo, isso é um encontro. Se eles se encontram para jantar, dividem uma garrafa de vinho e fazem sexo, e o dinheiro é deixado num envelope no criado mudo, isso é ilegal. Sei que algumas prostitutas sentem que elas não têm outra opção, mas essas mulheres trabalham num contexto diferente do que eu trabalhava. Entre outras coisas, muitas têm problemas com drogas e abuso.

Em vez de gastar tempo e recursos criminalizando essas mulheres, deveríamos assegurar que elas tenham outras oportunidades e um lugar para buscar ajuda. As mulheres que não querem ser prostitutas não deveriam ser obrigadas a isso, além do mais, elas deveriam dispor de ajuda quando necessitam. As mulheres que querem ser prostitutas deveriam poder fazer isso. Ninguém deveria ter que ganhar a vida assumindo um emprego que é contra sua própria moral.

P: Se você pudesse escolher novamente, ainda seria uma garota de programa?

R: Ser uma garota de programa me deu oportunidades que eu não tenho certeza se teria de outra forma. Fora a publicidade, as fotos e os sites, minha escolha de me tornar uma acompanhante teve um custo definitivo. É quase impossível ter um relacionamento saudável enquanto se está trabalhando. Então pode ser uma vida solitária. Além disso, era difícil esconder meu trabalho dos meus amigos e da minha família.

Ex-prostituta luta contra tráfico sexual no CambojaP: A diferença salarial entre você e, digamos, as garotas que recebem US$ 7 (cerca de R$ 12,50) no gueto é incrivelmente grande embora o produto seja tecnicamente o mesmo. A educação e a localização privilegiada contam nesses US$ 93 (cerca de R$ 165) de diferença? Será que uma garota com uma situação socioeconômica inferior pode ganhar o mesmo que você, ou as garotas de programa de luxo só vêm de ambientes privilegiados? O que diferencia o seu “produto” do delas para causar uma diferença salarial tão grande?

R: Uma grande parte da diferença se deve provavelmente aos “custos de transação” dos clientes. Sair com uma prostituta de rua tem um custo não-monetário muito grande, como, por exemplo, um risco maior de ser preso ou de pegar doenças. É claro, a educação ajuda qualquer um em qualquer emprego. Aparentemente, não há quase nenhuma diferença entre o meu “produto” e o de uma prostituta de rua, mas nós oferecemos um serviço bem diferente.

Eu vendia meu tempo por hora e garantia um ambiente seguro, com um risco bem menor de consequências legais. Além disso, os clientes com recursos podiam facilmente ver meu perfil em seus computadores, saber sobre meus serviços e entrar em contato comigo. Eles também podiam marcar encontros na segurança de seu próprio escritório ou casa, e, além disso, eu morava numa região de alta renda. Esses fatores sozinhos baixam os custos de transação do cliente.

As prostitutas de rua vendem cada ato em separado. Elas tendem a trabalhar em áreas de baixa renda, e às vezes é difícil encontrá-las, não só porque sua localização varia, mas também por causa dos cafetões e da polícia. Os clientes sabem muito pouco ou nada sobre a mulher e o custo dos serviços até que se aproximem dela. Esses aspectos aumentam os custos de transação do cliente.

Também não quero ignorar a possibilidade de que alguns clientes acham que estão fazendo uma escolha moral, ou seja, se uma garota de programa está ganhando centenas de dólares por hora, ela mesma escolheu ser uma acompanhante e não foi obrigada a entrar no comércio de sexo contra sua vontade.

BOM DIA DAS MULHERES!

A foto, talentosa, é do Mario Sorrenti para Vogue France. A modelo, Eniko Mihalik, é maravilhosa na inteligencia com a qual usa seu corpo. Esta reportagem produzida por Vogue é bacana. A revista mais famosa do mundo para celebrar a beleza feminina consegue fazer com arte autocrítica da degradação desta beleza. Um assunto otimo para lembrar este dia das mulheres, que transformaram este templo que é o corpo num produto de laboratório, dentro completamente vazio.
O que é a beleza então? E onde fica? Fora das rugas ou dentro delas?
Eu não sou uma modelo mas gosto muito do meu corpo. Gosto das suas imperfecçoes, das suas cicatrizes, do tempo que coloca marcas nele. Gosto do make up, claro, dos produtos de limpeza de qualidade mas além disso aceito. Aceito a transformação e consigo "manipular-a" só com a cabeça. Si eu sou feliz e em harmonia no meu rosto tudo o mondo pode ver. Não tem make up melhor de uma alma bem cultivada com gosto e inteligencia da vida.
Quando cheguei aqui no Brasil eu fiquei impressionada pelo culto do corpo que as mulheres brasileiras tem. Olha bem. Ver mulheres com 60 anos ir para academia é maravilhoso, significa respeito para si mesmo e energia vital à gogo. Não é isso o problema. O problema é quando eu descobriu que tem mulheres, lindas demais que quer fazer lipo ou colocar novos seios.E quando eu falo para elas que fico impressionada porque elas não precisam elas me olham de uma cara louca. Ontem nos jornais uma outra noticia de uma mulher morta por causa de uma liposuçao errada...é um boletim de guerra...
Mas onde fica a beleza, dentro o fora das rugas? Para OK salute, um dos magazine italianos mais importantes sobre a saúde (publicado em colaboração com o Corriere della Sera) eu fiz uma entrevista con Raul Gonzales, um dos cirurgiões plásticos mais conhecidos no mundo. Falamos sobre a cirurgia "do bumbum", ou seja colocar protesis lá também. Ele é um grande profissional e me contou que tem muitas clientes, também italianas, que lutam para ter uma bunda melhor. Lutam para recolher dinheiro, convencer o marido, ir até cirurgia. Lutam. Mulheres com 16 anos, mulheres com 70 anos. Lutam. Luta é luta, depende do objectivo.
E' por isso que gostei muito da entrevista desta semana na Istoé com a historiadora Mary Del Priore "O espelho é a nova submissão feminina". Alguns trechos são excelentes:
"No decorrer deste século a brasileira se despiu. O nu, na teve, nas revistas e nas praias incentivou o corpo a se desvelar em publico. A solução foi cobri-lo de creme, colageno e silicone. O corpo se tornou fonte inesgotável de ansiedade e frustração. Diferentemente de nossas avós, não nos preocupamos mais em salvar nossos corpos da rejeição social. Nosso tormento não é o fogo do inferno mas a balança e o espelho".
Outra questão, bem conectada com a precedente. A escravidão do espelho nos tornou cegas sobre assuntos fundamentais. Por exemplo o aborto. Meu pais é o pais católico por definição, eu nunca faria um aborto mas acho que ter uma lei que permite o aborto é um dever social. O aborto não è um anticoncepcional mas uma opção de liberdade para as mulheres. No meu pais a geração da minha mae nos anos 70 lutou muito por este direito. As mulheres colocavam mesas nas ruas para recolher assinaturas e propor o referendum, partcipavam as debates tv, escriviam materias nos jornais...
Deu certo! Fomos ganhar a luta e em 1978 a lei foi aprovada. Olha bem, eu nunca utilizei esta lei mas eu sei que é um meu direito. Quando cheguei em São Paulo mulheres da high class me falaram que tudo o mondo faz. As ricas nas clínicas, pagando muito, as pobres nas favelas com riscos de infecçao e emorragicos. INACREDITÁVEL...
E nunca viu mesas, debates, açoes para mudar esta situaçao.
"Panelas, mulheres, poder aos mulheres" eu inventei este slogan quando ainda estava aprendendo o portugues. Era uma brincadeira com meu marido. Mas frequentemente eu repeto isso na minha cabeça. Este pais precisaria disso...
A Mary Del Priore diz coisas interessantes demais. Istoé pergunta: Por que o feminismo não pegou no Brasil?
E ela responde:
Apesar das conquistas na vida publica e privada, as mulheres continuam marcadas por formas arcaicas de pensar(...) Há uma desvalorização grosseira das conquistas das mulheres, por elas mesma".
Wake up Brazil, wake up!

sabato 6 marzo 2010

O TEMPO PODE SE TORNAR SIMBOLO?

Amanha no mondo todo é o dia da mulher. Pode ser banal falar de mulheres no dia das mulheres como si a força do assunto poderia ser trancada num gueto temporal. Mas o mundo ainda precisa ser sensibilizado sobre isso. E escolher um dia significa construir um símbolo. Então vamos nos preparar à este dia/símbolo lembrando uma historia esta vez de um homem. O nome dele é Ignaz Semmelweis. Era um obstetra húngaro que vivia em Viena no século XIX, Ele salvou inúmeras mulheres da morte por infecção puerperal insistindo para que os médicos lavassem as mãos antes de trazer ao mundo os bebes. Mas foi duramente atacado por colegas que se recusavam a ouvi-lo. Sabe come ele acabou? Acabou enlouquecendo pela pressão...

O PENSAMENTO DA COBRA

Temos o poder de começar o mundo outra vez, escrevia o Thomas Paine nos Estados Unidos do século XVIII.
Mas hoje esta frase vira pergunta. Temos o poder de começar o mundo outra vez?
Essa também pode ser a filosofia da cobra...

MAS CUIDADO COM A COBRA...

Mas na floresta brasileira, cuidado com a cobra...

IMAGENS CONTAMINADAS COM COBRAS

Uma cobra é um conjunto irracional de linhas...

COMER COMO UMA COBRA

A cobra é um símbolo ideal para publicidade.
"Eat like a snake" è uma publicidade da Burger King produzida em2006 pela Crispin Porter Bogusky, uma agência publicitaria dos Estados Unidos bem respeitada. In 2004 a mesma agência foi responsável de Subservient Chicken, um site Internet assinado pela Burger King, onde os consumidores podiam decidir as açoes de uma criadura virtual dentro de uma galhineiro. O site recebeu 15 milioes de visitas

venerdì 5 marzo 2010

O SIMBOLO DO BRASIL


Não, não è a bunda das maravilhosas cariocas, nem sequer a bala do inconfundível Pelé. Não é o Cristo Redentor nem à Avenida Paulista. O símbolo que representa o Brasil, como é hoje e como pode ser no futuro, è para mim a serpente.
Cobras, giboias, jararacas moram dentro da mata, atacam si for necessário e continuam andando. Não, os brasileiros não so como as cobras, nao é essa a metáfora.
A historia deste simbolo pode explicar melhor. Na tradição Cristã Satã, disfarçado de serpente, instiga a queda enganando Eva para desobedecer uma ordem de Deus. Por isso a serpente também representa tentação, demônio, e enganação. A cobra possui uma forma fálica mas também pode ser vista como um ser andrógeno. Os traços positivos da cobra podem ser vistos quando interligada com a Árvore da Vida e representa bondade, também associada com poder curativos e ou renascimento simbolizado na mudança de sua pele. O mito da tentação da serpente no jardim do Éden, refere-se a necessidade de autorealização do homem, o princípio da individuação., e é comum que seja apresentada por alguns como a representação simbólica do princípio sedutor da mulher. No Hinduismo, está também associada à Kundalini, energia vital e sexual situada na base da coluna e que, se despertada, pode fluir pelo corpo do homem através da espinha dorsal, em forma de uma serpente que enrolando-se, em espiral, sobe até chegar à cabeça. No Xamanismo ela significa transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade. Como as cobras deixam para trás a sua pele, nós podemos deixar para trás as nossas ilusões e limitações para usarmos plenamente a nossa vitalidade e desejos para alcançar a totalidade. O que é importante é que a serpente simboliza uma força inconsciente da natureza que não é boa nem má, seu estado ainda é indiferenciado e corresponde a base do instinto e da impulsividade natural. Esta é para mim à condiçao do Brasil atual com uma energia social, cultural, empresarial inacreditaval mas que devida à sua força esta buscando formas para se canalizar.
A forma sinuosa da cobra fica escondida em muitos lugares da cidade de Sao Paulo.
Na arte, no Auditorium do Ibirapuera




No edificio Copan


E muitas outra curvas



E também à pelle da serpente é bem representada nesta foto tirada no Jardin Botanico


Para nao falar dos sapatos Louboutin que tornaram-se uma referencia chic das mulheres chic da cidade



O Brasil vai sobreviver ao seu símbolo, a poderosa cobra?
Pode chegar, si so treinar, até o final da sua trilha, ou sejà à imagem do Uroboro, a serpente que morde a própria cauda formando uma circunferência. E' símbolo de processo, da continuidade, de eternidade.










EM BUSCA DO CAMINHO

"Nel mezzo del cammin di nostra vita","no meio do caminho da nossa vida", falava o divino poeta Dante. E assim fico eu estrangeira italiana, perdida na floresta metropolitana do Brasil. Que é São Paulo mas pode ser também o Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Natal, Maceio...
Uma floresta urbana não è só skyline, prédios gigantescos, poluçao à go-go. E' uma forma de pensamento que transforma aos poucos nossos cérebros e a estrutura dos sonhos, aqueles que chegam à noite mas também os sonhos diurnos que são os melhores.
O Brasil è uma floresta simbólica. Eu tenho medo dos bichos mas aprendendo os simbolos todos nos podemos entrar nesta mata escura. Os bichos não vão nos matar mas acabam caminhando connosco na trilha.
Entender os simbolos pode mudar o pais? Com certeza o que pode mudar è a nossa forma de lidar com isso. Da para começar a viagem...