domenica 30 maggio 2010

OS PASSOS PARA SUCESSO

POR EPOCA
O escritor, conferencista e colunista de Época Max Gehringer trata do mundo do trabalho de um jeito que admiro. Ele chamou minha atenção há anos, antes de eu escrever qualquer coisa sobre o assunto, por tratar o leitor (ou ouvinte) como adulto. Ele incentiva o trabalhador a abandonar o tom queixoso e parar de esperar paternalismo das empresas. Em seus comentários, costuma alertar para a possibilidade de que os problemas do trabalho estejam na atitude e nas expectativas de quem reclama, e não na empresa, no chefe, no colega ou na injustiça do mercado, da vida, do universo.

Parte das dicas do Gehringer foram reunidas no livro “O sucesso passo a passo” (da coleção CBN Livros, da Editora Globo, que publica Época). Trata-se de um guiazinho esperto sobre como se comportar em entrevista de emprego, participar de reunião, pedir aumento, elaborar currículo, chefiar equipes, aproveitar um período desempregado, indicar um amigo e um monte de outras coisas. Apenas como aperitivo, selecionei algumas dicas do autor:


- em dinâmicas de grupo, fale muito (várias vezes, sempre que tiver algo a dizer) e fale pouco (seja breve e objetivo em cada intervenção);

- os sinais de que uma pessoa tem potencial para ser empreendedor podem ser estranhamente parecidos com os sinais de essa pessoa não gosta de trabalhar;

- atenção, jovem à procura de emprego: o mercado ainda pende para o lado conservador. Corte o cabelo;

- cuidado: uma “profissão do futuro” não necessariamente vai dar futuro. Carreiras da moda tendem a formar mais gente do que o mercado precisa;

- se você virou chefe, trate de superar os objetivos de curto prazo. Assim, ganha fôlego e moral com sua chefia para empreitadas maiores;

- 50 anos é a fronteira para que alguém deixe de trabalhar para os outros e comece a trabalhar para si mesmo, como consultor ou empreendedor.

venerdì 28 maggio 2010

10 de junho, sao paulo, minha palestra com o juiz Walter Maierovitch


The evolution of emotion: Charles Darwin's little-known psychology experiment

FROM SCIENTIFIC AMERICAN

By Ferris Jabr

Charles Darwin is famous for his prolific writing about biology. In addition to publishing his theory of evolution, Darwin wrote books about coral reefs, earthworms and carnivorous plants. But the eminent naturalist made important contributions to more than just the life sciences. It turns out Darwin was also an early experimental psychologist.

Darwin conducted one of the first studies on how people recognize emotion in faces, according to new archival research by Peter Snyder, a neuroscientist at Brown University. Snyder's findings rely on biographical documents never before published; they now appear in the May issue of the Journal of the History of the Neurosciences.

While looking through Darwin's letters at the University of Cambridge in England, Snyder noticed multiple references to a small experiment on emotion that Darwin had performed in his house. With the help of librarians, Snyder uncovered the relevant documents—research notes and tables filled with the illegible scrawl of Darwin's elderly hands and the neater writing of his wife Emma. Although Darwin's fascination with emotional expression is well documented, no one had pieced together the details of his home experiment. Now, a fuller narrative emerges.

"Darwin applied an experimental method that at the time was pretty rare in Victorian England," Snyder said. "He pushed boundaries in all sorts of biological sciences, but what isn't as well known are his contributions to psychology."

In 1872, Darwin published The Expression of the Emotions in Man and Animals, in which he argued that all humans, and even other animals, show emotion through remarkably similar behaviors. For Darwin, emotion had an evolutionary history that could be traced across cultures and species—an unpopular view at the time. Today, many psychologists agree that certain emotions are universal to all humans, regardless of culture: anger, fear, surprise, disgust, happiness and sadness.

In writing Expression, Darwin corresponded with numerous researchers, including French physician Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne, who believed that human faces expressed at least 60 discrete emotions, each of which depended on its own dedicated group of facial muscles. In contrast, Darwin thought the facial muscles worked together to create a core set of just a few emotions.

Duchenne studied emotion by applying electrical current to the faces of his subjects, sending their muscles into a state of continual contraction. By stimulating the right combination of facial muscles, Duchenne mimicked genuine emotional expression. He produced more than 60 photographic plates of his subjects demonstrating what he believed were distinct emotions.

But Darwin disagreed. "I started to look at the actual folio of photographic slides that Darwin had received from Duchenne," Snyder said. "And Darwin wrote these faint notes on it saying, 'I don't believe this. This isn't true.'"

Darwin hypothesized that only some of Duchenne's slides represented universal human emotions. To test this idea, he arranged a single-blind study at his home in Kent County, England. Darwin chose 11 of Duchenne's slides, placed them in a random order and presented them one at a time to over 20 of his guests without any hints or leading questions. He then asked his friends to guess which emotion each slide represented and tabulated their answers. That kind of experimental control would be considered minimal today, but it was progressive for Darwin's time, Snyder pointed out.

According to the handwritten notes and data tables Snyder found, Darwin's guests agreed almost unanimously about certain emotions—like happiness, sadness, fear and surprise—but strongly disagreed about what other more ambiguous slides showed. For Darwin, only photographic slides that earned overwhelming agreement depicted one of the true universal human emotions. The others were just Duchenne's failed simulations.

Darwin used the results of his 19th-century experiment to inform his own understanding of emotion and his writing of Expression. But his pioneering methods remain relevant to psychologists today. Snyder and his co-authors write that Darwin's little-known experiment is a forerunner of modern psychology experiments on people who cannot properly recognize emotion in faces.

"Today, we use almost the same technique, and even stimuli, to evaluate emotional recognition in a variety of psychiatric diseases, like autism and schizophrenia," Snyder said. "Darwin's method and approach are not locked in time."

Images of Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne stimulating a subject and Duchenne’s photographic slides courtesy of Wikimedia Commons

UMA CRIANCA PROMISSORA!

As vezes dentro de uma criança tem toda a sabedoria do mundo!

mercoledì 26 maggio 2010

UMA ANALISE CORPORAL DAS ENTREVISTAS DA DILMA ROUSSEFF

O corpo fala sempre mesmo quando somos em silencio e às vezes conta toda outra historia do que as palavras. Agora, si parece um pouco superada a rígida teoria do Cesare Lombroso, cientista italiano considerado pai da fisionômica, segundo a qual na forma mesma do corpo, principalmente do rosto, é contido tudo nosso destino, hoje são os gestos e os micro-gestos, movimentos quase imperceptíveis, que revelam verdades profundas.
“Quoi de mieux” para “ler” esta campanha presidencial?

VIDEO DO PT
O documento vídeo mas fraco da comunicação visual da Dilma



Pontos fracos:
1)Legendas. Por quê? Os eleitores não conseguem entender direito o que os políticos falam? Legendas criam separação. O problema da separação com o eleitorado é um problema sobre o qual voltaremos.
2)A presença do Lula acaba para ser um auto-gol. Na frase “Porque eu admiro tanto a Dilma? As pessoas certamente pensavam que eu ia dizer que era porque a Dilma me ajudou muito no governo”. Neste ultimo trecho o Lula fecha os olhos dizendo isso. E’ um micro-movimento, um movimento rápido, mas ele fecha. Fechar os olhos é um gesto de blocking que acontece quando o assunto incomoda. Mensagem que passa: eu admiro a Dilma porque a Dilma me ajudou no governo. Ou seja, exatamente o oposto.
Num outro trecho crucial Lula fecha os olhos. Quando ele diz “a prova definitiva da competência da Dilma”.
3) de mau gosto a comparação com o FHC e Serra, mesma técnica de comunicação da publicidade para os detergentes para limpeza,
4) péssimos os trechos onde é a Dilma mesma que faz entrevista com seus potenciais eleitores. E’ demagógico. E o auto-gol é a resposta final da Leda Maria Rocha da Assentamento, em Pastorinha no Minas Gerais. A Dilma diz: “Agora eu quero garantir pra senhora que vai continuar mudando pra melhor”. Leda responde “Se Deus quiser”, remite todo à Deus, a linguagem fica descontrolada, a mensagem perde de valor.
Ainda pior a entrevista com João Jair Pinto, em Santo Antonio da Patrulha, Rio Grande do Sul. Esta vez a Dilma é em pé, mas a postura corporal está errada. As mãos e os braços são atrás do dorso. A Dilma daí a sensação de ficar estranha ao lugar, não mostra os braços e as mãos (as mãos são normalmente um dos lugares onde as pessoas expressam a verdade, como na Antiga Roma quando se mostravam os palmos para dizer que não tinham armas)
5) quando Dilma fala, num dos momentos cruciais da sua mensagem eleitoral “Eu tive que aprender e aprendi a encarar as dificuldades” e quando está para acabar esta frase ela faz um micro-gesto com a boca, quase imperceptível. Este aqui é um “rumor” na mensagem como si ela não seja verdadeiramente convencida


VIDEO PAINEL RBS
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=114557&channel=95

Pontos de força
1)Esta situação, ao invés da precedente, è muito confortável para Dilma, além de ela ser com muitos jornalistas prontos para “tirar” nela. Dilma é bem sentada, sabe onde olhar (o Serra no mesmo programa, sobretudo ao começo fez um erro depois de outro, não sabia onde olhar e nunca olhava para a câmera, ou seja, os eleitores em casa.).
2)Dilma tem um ampla gesticulação, consegue bem enfatizar os pensamentos, elenca muito com os dedos os conceptos o que significa muita clareza de comunicação mas não tem que exagerar porque senão significa falta de visão total (Serra ao contrario neste programa mostra o tempo todos os palmos mas neste caso é exatamente o contrario do que falei antes. Mostrar continuamente os palmos denota um medo escondido que a audiência possa descobrira que ele não diz a verdade. E’ um mostrar-se sincero demais!)
3) Falando sobre a sua resistência à ditadura ela tem uma postura reta, firme, ela é muito sincera e honesta.


Pontos fracos
1)Dilma tem sobrancelhas interessantes, anguladas, quase triangulares. Mas ela tem que prestar muita atenção a não levantar a sobrancelha (ela levantou durante o programa a sobrancelha esquerda). Levantar a sobrancelha pode denotar duvida, rejeição e pode atrapalhar a fluidez da mensagem.
2)Outro problema da Dilma é que quase sempre durante da entrevista ela se toca a perna, as vezes colocando sua mao abaixo da coxa. Não!! E’ um dos erros mais relevantes de comunicação corporal. Denota insegurança e defesa. Até pode inspirar a idéia do medo
3) O debate começa com o assunto da “Política para educação”. A posição da Dilma è fechada, as pernas são fechadas e o busto e para frente. Sua postura é instável. Seu corpo está dizendo que este assunto de uma forma ou de outra incomoda a candidata
além de ela dizer “eu acredito que esta seja uma da s questões mais importantes”.
4) André Machado pergunta sobre a comparação com o Lula. “Lula presidente popular, Dilma a executiva do governo”. Reação da Dilma ela incha a nariz. E’ um assunto que provoca raiva que ela reprime. Tem que trabalhar sobre isto. A candidata não pode mostrar nem sequer fragmentos de sentimentos negativos.
5)-Durante o programa ela quase nunca coloca a mão no rosto (gesto que é sinônimo normalmente de mentira ou de tensão). Mas ela faz este gesto quando fala do Lula. Isto acontece duas vezes (toca a nariz e o queixo). Tem a mao no queixo e diz “eu aprendi muito com o presidente”.
Então o problema é o seguinte: a Dilma na expressão não verbal tem um conflito com o Lula não resolvido, até à um nível subconsciente. Tem que pensar nisso. Pode ser uma dificuldade a expressar uma autonomia de identidade, à se destacar do mestre.
6) quando o Lasier Martins faz pergunta sobre o Venezuela, o que acha das relações do Brasil com o Venezuela, ela toca à sua nariz, fica rígida no corpo mas o que mas chama atenção é que ela cobre com uma mao o palmo da outra, ou seja ela se fecha, o que é péssimo porque ao mesmo tempo ela diz “ “qualquer governo brasileiro pode interferir nas questões internas dum pais”. E quando o Lasier fala que sua resposta é retórica Dilma faz um outro erro de comunicação, toca o braço dele e depois se toca a nariz (falando sobre a Bolívia e a Petrobrás). Nunca se sai dum território (neste caso o território da entrevista). E’ fraqueza, desejo de apoio (E’ o grande problema do Serra que no mesmo programa tenta muitas vezes de ter o apoio do jornalista principal)
Na verdade o eleitor entende que o assunto Chávez é um assunto critico para a Dilma porque é a situação onde a Dilma toca em absoluto mais vezes o rosto.
7)Outro assunto critico é quando ela cita os jornais internacionais que apreciam o Lula. Dilma coloca sua mao direita abaixo da coxa esquerda. O palmo é escondido.
E’ um gesto que repete quando explica como o Brasil é visto no exterior. Seria um assunto que verbalmente é positivo mas na verdade se percebe um grande medo dela. O fato de como o Brasil é visto e criticado no exterior é para ela uma angustia, um problema. O olhar estrangeiro provoca medo nela
8) Outro assunto critico é o assunto Iran. Esta vez ela não mexe as mãos, ao contrario fica completamente imóvel. E’ a ântica posição pré-histórica do freezing ( frente ao perigo tem 3 atitudes, freezing, flying ou seja escapar ou fighting ou seja lutar). Dilma escolhe de ficar imobilizada. Fecha sua resposta com “eu acho que o Presidente está fazendo uma missão humanitária” o que no dia 13 de maio ainda era prematura para audiência entender (o acordo com Ahmadinejad e Erdogan so seria assinato no dia 17)
9)O assunto do aborto pode ser um boomerang para ela. Uma mulher como a Dilma com uma historia de consciência política e social tão forte não pode repetir que “não é o estado que tem que dizer se é contrario ou não à aborto, è uma questão de saúde publica”. O slogan está errado. O aborto é considerado no mondo todo um direito das mulheres. O que mas chama atenção é que na entrevista feita para Istoé ela repete exatamente as mesmas palavras o que daí a idéia de uma coisa aprendida de cor.
10)As vezes Dilma não consegue disfarçar a sua contrariedade face a perguntas nas quais evidentemente seu subconsciente vê hostilidade.Por exemplo Caroline Bahia a propôs do profissionalismo no estado menciona que tem um calculo de 20 mil servidores ocupando cargos de confiança, muitos deles filiados à partidos políticos. Segundo os especialistas isso afeita a eficiência do Estado, inclusive alimenta a corrupção. A Dilma é tensa, os lábios são bem fechados, as extremidades dos lábios
desenham um sorriso falso. E’ tudo menos que um sorriso.
Sua resposta é um pouco banal: na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos se faz a mesma coisa. Mas não é assim porque não só todos os servidores são uma parte do staff. A sensação é que a Dilma não consegue enfrentar e gerenciar este assunto Pela primeira vez nesta entrevista falando sobre este assunto ela coloca a mao no peito e no pescoço o que são considerados gestos pacificadores, para bloquear uma tensão interior.
11) Sobre o assunto Battisti volta o problema do freezing. E’ o assunto que cria medo nela? Sua resposta, falando com a jornalista, é um auto-gol "não tenho uma informação boa para te dar”. Este é o tipo de resposta que uma candidata nunca tem que dizer. Significa admitir falta de conhecimento. O candidato sempre tem que tranqüilizar.
12) Quando Lasier Martins menciona pela primeira vez o Serra a propósito das infrastruturas do Estado do Rio Grande do Sul ela toca no pescoço. Mais uma vez um gesto pacificador para resolver uma tensão interior.
13)Sobre a demagogia: “nos não tomaremos nenhuma medida demagógica“ mas ela toca na camiseta.O que significa que está se preparando à uma agressão, tem raiva dentro.


PROGRAMA DO RATINHO SBT


Dilma está a vontade, fala simples, não tem medo. A Dilma nesta situação consegue falar com o povo.

Defender encontro de águas na Amazônia com versos

POR FOLHA DE SAO PAULO
Objetivo do amazonense Thiago de Mello é o tombamento dos rios Negro e Solimões

KÁTIA BRASIL

Sobre as águas, o poeta amazonense Thiago de Mello, 84, fez ontem um protesto diferente: em prosa e verso, ele defendeu o tombamento do encontro dos rios Negro e Solimões.
O objetivo é denunciar os impactos paisagístico e ambiental de obras públicas e privadas construídas na região da Amazônia.
"Ainda que os braços do teu inimigo pareçam tão fortes como as asas de moinhos, resiste companheiro! Ainda que a noite seja tão tensa de escuridão, resiste companheiro! E tu verás a claridão da madrugada chegar."
Durante o protesto - que ocorreu na manhã de ontem e foi organizado pelo Movimento S.O.S Encontro das Águas- Mello também criticou obras do PAC.
Autor de "Os Estatutos do Homem", o poeta faz parte de grupo de intelectuais que apoia a campanha de Marina Silva (PV) à Presidência.

giovedì 20 maggio 2010

FORMAS DE NOIVAS

Cinderela é um simbolo ainda muito forte para as mulheres brasileiras. Hoje foi ao Casar 2010, naquele templo do luxo e do fashion que é Daslu. Na verdade achei a Daslu um pouco "sottotono", um andar esta fechado, grandes marcas como Chanel desaparecidas. Mas tudo bem, o ultimo andar ao contrario era um "bouquet" gigantesco,a celebraçao da noiva em todas suas formas. A ideia, interessantissima é da Vera Simão, uma guru neste assunto no Brasil todo.
Fiquei impressionada. O casamento no Brasil, alem dos muitos divorcios que acontecem, ainda é um target importante na vida das mulheres.
Roupas em fibra opticas, designers de bolo, designers de flores, tudo é forma e tudo é muito rico. Olha estes datos que o Estadao deu hoje. Fiquei impressionada

Cerimônias
No Brasil acontecem por ano cerca de 900 mil casamentos, que movimentam um mercado de aproximadamente R$ 10 bilhões. Na última década, as uniões aumentaram em 35%

Num sábado, em SP
1,4 milhão de flores, pelo menos, são vendidas para enfeitar salões e igrejas onde são celebrados os casamentos. Trabalham 3 mil floristas

Guloseimas 400 mil
doces são servidos nas festas em um sábado, além de 13 mil quilos de frango, 10 mil quilos de carne e 3 mil quilos de arroz

Para convidados
50 mil lembrancinhas são distribuídas em um sábado na capital paulista. Estima-se que também são servidos 20 mil bem-casados

Agora o grande risco no meio de tuda esta riqueza é de alem de tudo isso ser chic e elegantes. E si fosse isso o verdadeiro desafio para a noiva do futuro? Identificar o essencial nas danças das formas...

SLOW LIFE NO BRASIL

Tem um Brasil escondido, aquele do interior,um "templo" cheio de simbolos interessantes demais

A BIENAL DE SAO PAULO NA INTERNET

Estou esperando com muita curiosidade a 29ª Bienal. Nao gostei das outras (muito "vazio" desorganizado) mas acho que é uma manifestaçao que ainda tem possibilidade enormes, a partir do espaço occupado no Ibirapuera.
A novidade é que sera inaugurado o novo portal da fundação, com a criação do Núcleo de Design.Encabeçado por André Stolarski, o site entra no ar oficialmente em julho, mas o endereço www.fbsp.org.br já tem novidades.Os arquivos da Bienal, com informações de todas as edições do evento, a área educativa e as itinerâncias da mostra que irão ocorrer em 2011 serão alguns dos destaques do portal.
Mas, o que é mais importante, a ideia de connectar todas as seçoes, mostrar que tem um projeto nao so de marketing mas artistico para atràs.

mercoledì 19 maggio 2010

PORQUE O BRASIL TEM PROBLEMAS COM SUA MEMORIA HISTORICA?


A architectura é um simbolo importante para todo pais. o que eu nao entendo é porque no Brasil nao tem respeito nenhum para os predios historicos.
Para construir seu futuro um pais precisa da sua memoria, cancelar, esquecer, é construir so o vazio...

POR ESTADAO
A restauração da Chácara Lane, casarão histórico na Rua da Consolação, região central de São Paulo, está parada por tempo indeterminado. Previsto para terminar em setembro de 2009, o restauro, orçado em R$ 1,2 milhão, foi interrompido em janeiro sem passar da metade. A empresa responsável pela obra rescindiu o contrato, alegando "dificuldades financeiras". Não há prazo para a retomada dos trabalhos.

Com a obra parada há cinco meses, o centenário casarão, construído entre 1890 e 1906, começa a se deteriorar - na manhã de 25 de abril, a chácara chegou a ser atingida por um incêndio, que começou na cozinha. O fogo destruiu azulejos das paredes, e as labaredas chegaram ao forro do imóvel, que tem estrutura toda construída de madeira. Um vigia, de acordo com vizinhos, evitou que o fogo se alastrasse para outros cômodos. O incêndio foi causado por um curto-circuito em uma ligação elétrica irregular, instalada por funcionários da obra.

O restauro da chácara - propriedade da Prefeitura desde 1944 e tombada pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico (Conpresp) em 2004 - estava a cargo da empresa Fazer Construções e Engenharia, que alegou "impossibilidade técnica" para finalizar o trabalho. As obras duraram um ano, desde janeiro de 2009, mas não passaram da fase inicial. Foram removidos forros, demolidos anexos não-originais e a cobertura foi reformada. No total, a empresa recebeu R$ 337 mil. A reforma faz parte do Plano de Metas da gestão de Gilberto Kassab (DEM).

Ratos. A interrupção do restauro no imóvel histórico - antiga sede residencial da chácara da família Lane - traz problemas também à Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Gabriel Prestes, vizinha do casarão. Desde que as obras foram interrompidas, segundo funcionários da Emei, a incidência de ratos no lixo da merenda ou percorrendo o beiral do parquinho da escola - que atende 200 crianças, de 3 a 6 anos - se tornou diária. A direção da Emei entrou em contato com o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), responsável pela conservação do imóvel, mas foi orientada a "ter paciência". Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Cultura afirmou que o bem histórico apresenta bom estado de conservação e "não corre risco".

Futuro. Ainda não há uso definido para a chácara. Após ter sido cotada para se tornar sede do DPH, agora há um projeto na Secretaria da Cultura que prevê transformá-la num "centro de desenho", que receberia acervo do Centro Cultural São Paulo.

Um novo edital de licitação será preparado até junho, mas ainda não há previsão para a retomada das obras.


POR DENTRO DA CHÁCARA LANE

O casarão do número 1.024 da Rua da Consolação foi construído entre 1890 e 1906 pela família do reverendo presbiteriano George Whitehill Chamberlain. Na década de 1910, segundo pesquisa do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), o imóvel foi adquirido pelo médico Lauriston Job Lane, cuja família o utilizou como chácara até os anos 1940. Adquirido pela Prefeitura em 1944, foi cedido à Cruz Vermelha. Entre 1953 e 1990, o casarão abrigou o Arquivo Histórico Municipal. Em 1995, a Chácara Lane abrigou a Biblioteca Circulante da Secretaria da Cultura, até 2008.

martedì 18 maggio 2010

O RUMOR DO SILENCIO, O SILENCIO DO RUMOR


Ouvir, escutar. No meio o rumor e o silencio, os dois extremos. Da para pensar.

POR NYTIMES.COM
Meditations on Noise
By DWIGHT GARNER

There is dignity in quiet things and quiet people, and gravity accrues to those activities we mostly perform in silence: reading, praying, looking at paintings, standing in the woods. We equate loud noise with violence. Without loudspeakers, Hitler observed, the Nazis never would have conquered Germany. It’s hard to imagine Gandhi astride a Harley.

We’d like to think, most of us, that we are essentially quiet; that is, considerate of our fellow human beings without being mousy and limp and blah. But let’s not rush to pat ourselves on the backs. We should be wary of drawing easy “moral analogies between noise and evil, quiet and good,” Garret Keizer writes in his shrewd new book, “The Unwanted Sound of Everything We Want: A Book About Noise” (PublicAffairs). After all, Adolf Eichmann and the serial killer Ted Bundy were quiet types, too. “No loud parties from the Tedster,” Mr. Keizer notes.

The cost of our silent moments is usually clamor in someone else’s ear. Trees are cut, paper pulped and printers run to make books and newspapers. To flick on a light is to add buzz, down the line, to the grid. To attend a meditation retreat, there’s a plane to catch. One person’s om is another’s ka-boom.

Our world is getting louder, a bone-crunching and I.Q.-lowering fact that is explored, in an uncanny convergence, in not one but three new books — Mr. Keizer’s as well as “Zero Decibels: The Quest for Absolute Silence” (Scribner), by George Michelsen Foy; and “In Pursuit of Silence: Listening for Meaning in a World of Noise” (Doubleday), by George Prochnik.

More planes crisscross the sky, and more cars hiss by on more roads, these writers observe. More BlackBerrys chirp. Coffee grinders and espresso machines scramble, in cafes, what’s left of our wits. We blot all this out with what may be the most damaging sound of all, the din that pulses from iPod ear buds. If our daily sonic playlist has a title, it’s “Let It Bleed.”

I read all these books with an awareness of why my own nerves are increasingly jangled, why I mostly write (and often read) while wearing a clunky set of ear protectors, of the sort a particularly unhip airport runway worker in 1961 might have had clasped to his head. Make the world go away, as Hank Cochran’s song put it. Let my kids snicker at me.

If these books deepened my awareness of noise, however, they also complicated it. As the effortlessly intelligent Mr. Keizer points out, noise is among the thorniest class issues of our time, and we tend to utterly ignore its meanings.

You can judge a person’s clout — his or her social and political standing — by witnessing how much racket he or she must regularly endure. Those who lack silence in their lives tend to be the politically weak, whether the poor (investment bankers don’t live near runways) or laborers or soldiers or prisoners or children. In creating noise that others must live with, we display our contempt for those weaker than ourselves. Hear us roar; eat our exhaust.

There’s no doubt how harmful this clatter is. Repeated studies show it leads not just to hearing loss but also to heart disease, high blood pressure, low birth weight and reduced life span. We crossed the line, many miles back, that divides having a blast from simply being blasted.

One thing that turns sound into its dark twin, noise, is a sense of imposed helplessness. “A sound that interrupts our sleep,” Mr. Keizer observes, “can feel like an attack on our status as adults.” It’s one sign of the increasing helplessness many feel that led Mr. Keizer, Mr. Foy and Mr. Prochnik to investigate what the out-of-kilter ratio of sound to signal in our lives might mean.

In their separate ways, these writers have fanned out across the globe and have undertaken some hard listening on our behalf. They have attended motorcycle rallies and space shuttle launchings; they have fired AK-47s and investigated “extreme subwoofer technology” in car stereos. (Playing these stereos softly is referred to as “bumping responsibly.”) They have sought to understand the modern, macho, heavily tattooed manifestations of Whitman’s barbaric yawp.

Screams led them to seek out whispers. They have interviewed astronauts and cochlear implant surgeons and neuroscientists. They have floated in sensory-deprivation tanks à la William Hurt in “Altered States” and gone into the Catacombs of Paris. They have been canaries in our sonic coal mines.

There are similarities in the ways Mr. Keizer, Mr. Foy and Mr. Prochnik approach their topic. They cite many of the same anecdotes, and credit the same historical noise warriors. All three worry about being seen as noise cranks, and viewed as sissified in their dislike of cacophony. But their differences are notable.

In “Zero Decibels” Mr. Foy goes in search of an impossible dream: absolute silence. His quest begins after he is assaulted by the screech of a subway’s brakes below the Upper West Side. His brains feel as if they were leaking from his skull. He buys a Kawa decibel meter and begins walking around New York (and eventually flying around the planet), taking sound readings.

Mr. Foy is an observant listener. He describes the constant roar of Manhattan as a kind of “monster-breath” that never ceases its wheezing. He notes, about the fluid in our ears, that our hearing system is “largely a way of duplicating inside us the sea we left behind.”

Mr. Foy’s book is quite personal. Some of the pounding in his cranium comes from bad times in his marriage and financial life. If he ultimately finds, in this somewhat perfunctory book, that true silence doesn’t exist, it’s not a surprise ending.

Mr. Prochnik’s “In Pursuit of Silence” puts forth an argument: that instead of trying to silence the din around us (a losing proposition, historically) we seek out more daily silence. He’s counterintuitive about what we all really want. It’s not silence at all. It’s the ability to hear as many different noises as possible, to have enough silence to take the good stuff in.

His search for information leads him to some odd places, including the “sonic abyss” of an Abercrombie & Fitch store in Texas, where the aural subtext of the pounding music is, he is told by a sound expert: “Woohoo! I’m going out at night, and I’m not going home afterward!” Mr. Prochnik imparts good advice. Looking for relative silence? Visit museums of unpopular subjects.

Mr. Prochnik is a smart and amiable writer, perhaps too amiable. You might like some silence in life, but you also desire some intellectual noise on the page. “In Pursuit of Silence” is so polite it may lull you into an unplanned afternoon siesta.

The rowdiest and yet the most subtle of these three is Mr. Keizer’s book “The Unwanted Sound of Everything We Want.” It explores the social aspects of noise in our lives, and every page is packed with crackling observations. Mr. Keizer is not antinoise. Without it, the world would lack many beautiful things — not just the music of the Rolling Stones but also certain side benefits, he writes, like “Keith Richards’s incomparable smile.”

Yet the triumph of what Mr. Keizer calls “Loud America” troubles him. “Talk is cheap,” he writes, while Jet Skis are not. “Sleep is sort of cheap too — just about any ‘loser’ can do it.” Conspicuous consumption trumps quieter kinds of experience.

Mr. Keizer is savage about how “thrillcraft” and the noise they make “gives disproportionate power to those with the ability to make it.” Those who call for quiet are accused of being elitists by Jet Ski owners. Mr. Keizer responds by suggesting, snarkily, that “Tom Joad is riding a pretty expensive rig.”

He is amusing about Harley riders. “Go to a biker encampment on the morning after” a festival, he writes, “and bang some pots together to test the notion that ‘too loud’ exists only for the straitlaced bourgeoisie. And wear your running shoes.”

Mr. Keizer thinks it is condescending cant to assume that the poor are fundamentally noisier than the rich. And among his most interesting ideas is his linking of noise with later antisocial behavior.

“I’d love to see an auditory profile for the childhoods of our most ‘hardened’ criminals, along with complementary data for the attorneys, psychiatrists and judges who prosecuted, diagnosed and sentenced them,” he writes. And he adds, “What does ‘hardened’ mean, after all, but a calcifying of some human faculty, and what hardens sooner than a child’s ears?”

One program Mr. Keizer admires was undertaken in 1997 by the environmental protection agency of Japan. It sought to identify that country’s 100 best sounds. We should have something similar. Imagine if one of those sounds was in your neighborhood. You would be proud of it, he writes, and “likely to be zealous for its preservation.”

As I read these three books, the noises around me separated and became achingly distinct, both the great ones — my kids, the dogs and chickens, my wife going about her day — and those that knock me senseless: the pounding of a nearby construction crew, the motorcycles that sometimes race down my dirt road, low-flying helicopters on their way to West Point, a few miles away. True listening is like spinning a radio dial: it’s part static, part bliss.

Reading these books, too, I was reminded, without going anywhere, of that phenomenon that occurs when you’re driving and find yourself suddenly lost. To reorient yourself, you snap off the stereo. You find a way to become as silent as you can.

lunedì 17 maggio 2010

COLORIR A POBREZA

POR ESTADO DE SAO PAULO

Toque de letra. Além do novo visual, campo de futebol da região terá biblioteca com 1 mil livros, computadores, TV e DVD

Os olhos do designer Marcelo Rosenbaum brilham quando ele fala do projeto que será lançado hoje. "Descobri a ideia da minha vida", diz, de bate-pronto. "É um negócio bom para todo mundo: para a comunidade, para os estudantes, para as empresas..." Trata-se de uma iniciativa a ser implementada no Parque Santo Antônio, no bairro do Capão Redondo, zona sul paulistana. Que, depois, como se fosse uma franquia, deverá - no que depender de Rosenbaum - chegar a outros pontos de baixa renda pelo Brasil afora. "Vai virar uma marca, um replicador", antevê o arquiteto, entusiasta da ideia.

Na primeira frente, o projeto vem mobilizando, nos últimos meses, os moradores da comunidade do Capão. Mais ou menos uma centena aderiu. A Casa do Zezinho, organização social que atua no bairro, também se tornou parceira. Nos próximos meses, se tudo correr como planejado, o Parque Santo Antônio será transformado por meio da arte, educação e inclusão digital.

Técnicos de uma fabricante de tintas - apoiadora do projeto - vão ensinar pintura aos moradores de lá, capacitando-os a exercer a nova profissão. Como contrapartida, eles ficarão encarregados de pintar as casas dos moradores do entorno do Campo do Astro - único espaço de lazer público da localidade.

"Vão pintar conforme o gosto do morador. Não me importa se vai ter listras coloridas, bolinhas ou uma cor só", afirma Rosenbaum.

Espaço especial. Campo do Astro é a única área de lazer do bairro.

Autoestima. A partir de hoje, o designer visitará seis universidades (cinco brasileiras e uma inglesa) palestrando aos alunos dos cursos de Arquitetura, Design e Artes Visuais. Hoje está marcada a primeira apresentação, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Os estudantes serão convidados a participar do trabalho - de cada universidade, cinco serão selecionados por meio de um jogo de ideias.

Em julho, esses 30 universitários vão colocar a mão na massa, participando do projeto. Durante uma semana, eles ficarão no Capão Redondo e terão a missão de realizar o sonho dos moradores da região.

"Primeiro eles vão descobrir os talentos dos que vivem ali", explica Rosenbaum. "Quituteiros, marceneiros, serralheiros... Todos vão ajudar de alguma forma." O objetivo será construir o maior número de benfeitorias possíveis - de parquinhos infantis a floreiras - de modo a agradar e elevar a autoestima dos habitantes do bairro.

Simultaneamente, o Campo do Astro ganhará uma biblioteca de 67 metros quadrados, com um acervo de 1 mil livros e equipamentos eletrônicos - computadores, impressora, copiador, scanner ,TV, DVD, som, geladeira, fogão elétrico e micro-ondas. A biblioteca será gerida pela Casa do Zezinho e estará aberta a estudantes universitários que queiram fazer estágios.

Toda essa história de transformação deve virar, até o fim do ano, livro e DVD. "Quero que fique a certeza de que cada comunidade é capaz de se transformar", afirma Rosenbaum. "O que vamos fazer é apenas despertar a consciência de cada ser humano. Já estamos fazendo isso, ao criar interessantes debates lá dentro."

Não é a primeira vez que se usam cores para melhorar o visual de uma comunidade pobre. Em 2003, o arquiteto Ruy Ohtake recebeu de moradores da favela de Heliópolis, na zona sul, o seguinte desafio: deixar o local menos feio. Ele abraçou a causa e resolveu dar um colorido especial às ruas.

Antes de começar o trabalho, o arquiteto fez um estudo cromático para chegar às cores ideais. Cada morador escolheu então um tom preferido entre azul, verde, amarelo, rosa, laranja, vermelho e branco - na avaliação de Ohtake, "cores urbanas, reivindicadoras". Uma marca de tintas topou apoiar a iniciativa. Na ocasião, uma biblioteca também foi construída.




CHOPIN VOADOR

Virada Cultural Sao Paulo 2010

No meio do cérebro, o enigma da criatividade

FROM NYTIMES
Por PATRICIA COHEN

Enumere em um minuto todos os usos criativos para um tijolo que conseguir imaginar.
A questão é parte de um clássico teste de criatividade, algo que os cientistas estão tentando pela primeira vez mapear no cérebro. Eles esperam descobrir precisamente quais compostos bioquímicos, impulsos elétricos e regiões foram acionados quando, digamos, Picasso pintou "Guernica". Usando tomografias por ressonância magnética (MRI), os pesquisadores estão monitorando o que ocorre no cérebro de pessoas durante tarefas criativas.
Mas as imagens dos sinais brilhando nos lóbulos frontais levaram os cientistas a reexaminar a própria forma como a criatividade é mensurada em laboratório.
"Criatividade é meio como pornografia -você reconhece quando vê", disse Rex Jung, da Rede de Pesquisas da Mente, em Albuquerque (EUA). Jung, professor e pesquisador- assistente do Departamento de Neurocirurgia da Universidade do Novo México, disse que sua equipe está fazendo a primeira pesquisa sistemática sobre a neurologia do processo criativo, incluindo sua relação com a personalidade e a inteligência.
Como muitos pesquisadores nos últimos 30 anos, Jung se baseava numa definição comum de criatividade: a capacidade de combinar novidade e utilidade em um contexto social particular.
No entanto, conforme o estudo da criatividade se expande para incluir a neurologia cerebral, alguns cientistas questionam se essa definição padrão e os testes para ela ainda fazem sentido. John Kounios, psicólogo da Universidade Drexel, de Filadélfia, argumenta que o padrão "sobreviveu à sua utilidade".
"A criatividade é um conceito complexo, não uma coisa única", disse ele, acrescentando que os pesquisadores do cérebro precisaram dividi-la em suas partes integrantes.
Kounios, que estuda a base neurológica do entendimento, define a criatividade como sendo a capacidade de reestruturar a própria compreensão de uma situação de uma forma não óbvia.
Todo o mundo concorda que não existe uma mensuração única para a criatividade. Os exames de QI, embora polêmicos, são considerados ainda um teste confiável para ao menos certo tipo de inteligência, mas não há um equivalente quando se trata da criatividade.

O laboratório de Jung usa uma combinação de medições como equivalentes para a criatividade. Um deles é o Questionário de Realizações da Criatividade, que convida as pessoas a relatar suas próprias aptidões em dez campos, como artes visuais, música, escrita criativa, arquitetura, humor e descoberta científica.
Outro é um teste de "pensamento divergente", uma medição clássica desenvolvida pelo psicólogo J.P. Guilford. Nele, a pessoa é orientada a apresentar funções "novas e úteis" para um objeto familiar, como um tijolo, um lápis ou uma folha de papel.
A equipe de Jung também apresenta situações estranhas. Imagine que as pessoas pudessem mudar de sexo instantaneamente, ou que as nuvens tivessem cadarços. Quais seriam as implicações?
Em outra avaliação, a pessoa tem de descrever o sabor do chocolate, ou escrever uma legenda para um cartum humorístico.
As respostas são usadas para gerar o que Jung chama de "Índice Composto da Criatividade". Os testes de Jung se baseiam naqueles criados por Robert Sternberg, um dos principais pesquisadores da inteligência nos EUA e o homem parcialmente responsável pela definição padrão de criatividade.
Sternberg usa testes semelhantes na Universidade Tufts, de Massachusetts, onde investiga como as pessoas desenvolvem e dominam habilidades.
Ele explicou que sua equipe pede que as pessoas pensem no que teria acontecido, digamos, se a negra Rosa Parks tivesse cedido seu assento a um homem branco quando aquele motorista de ônibus de Montgomery mandou que ela se mudasse (episódio emblemático, em 1955, da luta pela igualdade racial nos EUA), ou se Hitler tivesse vencido a Segunda Guerra Mundial.
Quanto a Jung, sua pesquisa tem produzido resultados surpreendentes. Um estudo com 65 pessoas sugere que a criatividade prefere caminhos mais lentos e sinuosos que a inteligência.
No caso da inteligência, explicou Jung, "o cérebro parece ser uma super-rodovia eficiente, que o leva do ponto A para o ponto B".
"Mas nas regiões do cérebro relacionadas à criatividade parece haver muitas estradinhas auxiliares com desvios interessantes e pequenas vicinais sinuosas", agregou.
John Gabrieli, professor de neurociência cognitiva do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), adverte que sempre há uma lacuna entre o que ocorre no laboratório e no mundo real. "Parece que ser criativo é ser algo para o qual não temos um teste."

domenica 16 maggio 2010

Italiana morta pelo marido virou mártir de um tipo de crime que desafia os séculos


Canelli é uma cidadezinha perto da aldeia de meu marido. A familia do meu marido conhecia a familia dos Pistone. Esta historia ainda hoje é paradigmatica

por Estadao
Santa Maria da mala

Sinistro. O baú de madeira com o corpo de Maria Féa chegou a embarcar no navio Massilia, mas chamou a atenção pelo cheiro fétido.
Dois serafins brancos anunciam, enfim, que é chegado o túmulo de Maria - mais precisamente Maria Mercedes Féa, que em vida nada tinha de feia. A moça de 21 anos, italiana de Canelli, ostentava graciosa opulência em seu 1,66 metro. Os cabelos amarelo-tostados eram cortados à la garçonne, no feitio dos anos 20. Sobre as mechas, chapéus Camille George. Sobre a cútis, pó de arroz Coty. Fazia oito meses que flanava no Brasil vinda de Buenos Aires, onde consumara casamento com um conterrâneo. Maria juntou sua primeira classe à segunda de Giuseppe Pistone ainda no navio que os levava à capital argentina. Tempos depois, por um triz não voltaria ela para a Europa, solla dentro de uma mala, desconjuntada e em estado de putrefação, ao lado de seus chapéus e estojos de maquiagem, vítima do marido assassino. Deselegantemente morta, virou santa do povo brasileiro. Santa Maria Féa, protetora do lar.

Maria foi vítima do crime da mala mais famoso do País. Nem todo fiel sabe disso. Há quase 82 anos uma legião de avisados e desavisados ajeita crisântemos, casinhas de madeira, órgãos humanos de cera, placas, velas, imagens de São Genaro (do qual era devota) e milheiros de Santo Expedito (a quem por certo recorreria) numa capela forrada de azulejos de cozinha no Cemitério da Filosofia, no bairro santista de Saboó. Vestidos de noiva - pagamento de promessa em troca do desencalhe - constatam a polivalência da santa, a quem o matrimônio não fez, exatamente, bem. "Tem moça que pede emprestado um vestido desses para casar", diz Marli de Paula Augusto, zeladora da capela desde 1996. "Só peço cuidado para não estragar porque outra pode ter precisão."

Embaixo de uma placa dourada com uma boca de cofre, rasgo que aceita colaborações da comunidade, jaz o poema de uma fiel. "Maria seu nome/daquela desconhecida/que foi acompanhada/por essa morte inesperada/arrancando sua vida/e também daquele que/com ela nascia." É uma menção discreta ao bebê que Maria expeliu post-mortem, uma menina que beirava os seis meses de gestação e que com ela está enterrada no Saboó. Por ter matado mãe e filha, o crime de Pistone perturbou mais o País que a versão similar de 1908, quando o comerciante Michel Trad socou seu sócio, Elias Farah, num baú que quase conseguiu arremessar ao mar de Santos. Pego em flagrante, Trad foi deportado para Beirute, sem mala nem cuia.

O italiano Pistone também se postou como cão de guarda sobre a encomenda que tencionava despachar para a França a bordo do navio Massilia. Até aquele momento, fizera peripécias. Depois de asfixiar a esposa num apartamento que os dois alugaram na Rua Conceição, atual Cásper Líbero, ele ainda esperou dois dias até acomodá-la, por assim dizer, dentro de um baú de madeira de 1 metro de comprimento por 50 centímetros de altura e largura, que mandou confeccionar na Avenida São João. Maria Féa já tinha as articulações enrijecidas. Foi preciso talhar-lhe parcialmente os joelhos com navalha na altura da patela, de forma que dobrassem sobre o ventre, e ainda luxar seu pescoço. Por cima, numa prateleira móvel, Pistone acumulou uma pilha de roupas, acessórios e objetos pessoais, de saia de casimira a pares de luvas, de sapatos a panos de prato, tencionando esconder o barulho que o corpo poderia fazer na movimentação. Como arremate, salpicou pó de arroz. O fedor era um problema à vista.

Não contente com a fechadura sólida, Pistone enlaçou a mala com três metros de corda de juta. Chamou então um caminhão para levar a carga até a Estação da Luz, de onde partiu para Santos. Lá contratou outro caminhoneiro para o transporte até o porto, onde o baú recebeu o rótulo da Companhia de Navegação Chargeurs Réunis, com destinação a Bordeaux e o nome fictício Ferrero Francesco manuscrito a lápis-tinta de traço roxo. O pó de arroz já tinha perdido a validade. Desde São Paulo era evidente o cheiro nauseabundo da mala. No porto, uma mala fétida com selo de terceira classe não parecia fazer grande diferença diante das bagagens de carne, salame e outros víveres dos quais os passageiros costumavam se servir durante a viagem.

Içada, porém, a mala deixou escorrer um líquido escuro, que chamou a atenção de quem trabalhava no armazém 14 da Docas. Quando Maria Féa foi literalmente descoberta, Pistone já comia o chão num táxi de volta a São Paulo. A polícia, no começo perdida a ponto de atribuir a autoria do crime ao exilado Trad, acabou por fazer todo o caminho contrário até chegar ao "bárbaro assassino", como a imprensa o tarjou. Acuado, Pistone confessou o crime. Mas a causa, a seu ver, era justíssima. Ao voltar para casa um pouco mais cedo, vira um homem no corredor do prédio onde moravam. O suspeito, associado à sua mulher em trajes ínfimos em plena hora do almoço, montava um cenário óbvio de adultério. Sem chance de agarrar o amante, Pistone atirou-se sobre a garganta de sua querida Mariuccia, tirando-lhe a vida num descontrole latino.

Quem prefere seguir a pista do dinheiro à da honra atribui a morte a um golpe que Pistone tencionava dar no primo que o empregava numa casa de salames. O italiano escreveu à mãe pedindo dinheiro para uma sociedade com o parente. Diante da negativa materna, sustentou a proposta de 150.000 liras de participação, o que teria levado Maria Féa a escrever à sogra explicando o imbróglio e perguntando o que podia esperar de um homem sem juízo nem capricho. Não chegou a postar a missiva. Ao descobrir a carta, Pistone a teria esganado ou sufocado com um travesseiro, algo que a perícia terminou por não confirmar.

Giuseppe Pistone, o jovem magricela de olhos azuis e calvície proeminente, foi condenado ao mesmo número de anos que carregava na época do crime: 31. Dezesseis anos depois, o presidente da República comutaria sua pena para 20 anos. A 3 de agosto de 1944, ele se viu em liberdade condicional. A definitiva viria em 5 de novembro de 1948. Do Carandiru seguiu para Taubaté, onde se empregou como zelador de um prédio.

Houve quem se apiedasse dele na prisão. João Carlos da Silva Telles, diretor do Instituto de Biotipologia, assim definiu o temperamento exemplar de Pistone: "É uma pessoa boa, tendo matado mais por ímpeto. Não é, como se comenta por aí, um sujeito mau. Essa fama lhe caiu mais por sensacionalismo da imprensa, que o mostrou maldosamente como o mais desalmado dos facínoras".

Pixinguinha é um dos simbolos do Brasil

Sae um livro com 60 páginas. Traz tudo sobre Pixinguinha, além de CD com 14 faixas
Pixinguinha é um dos simbolos do Brasil
Algumas curiosidades sobre Pixinguinha:

Pixinguinha e outros
Como se não bastasse os apelidos que recebeu na infância, Pixinguinha também carregou por um tempo a alcunha de "Carne Assada". Dado por seus familiares quando foi pego de surpresa saboreando um pedaço de carne antes do almoço que seria oferecido a convidados.

Investimento
Seu pai, um dos maiores incentivadores de sua carreira, desembolsou 600 mil réis para presenteá-lo com uma flauta italiana, toda em prata, da marca Balacina Biloro. Anos depois de ter sido roubada, Pixinguinha ainda se lembrava seu número de série: 2424.

Pedras no caminho
O choro "Carinhoso" (1928) se tornou uma das maiores composições de toda sua obra, tendo inúmeras regravações ao longo dos anos. Com letra de João de Barro somente em 1937, "Carinhoso" gerou de inicio duras criticas a Pixiguinha. Na época, um crítico afirmou que o compositor estava sendo influenciado pelos ritmos e melodias do jazz. Mais pra frente, nos anos 70, a composição volta à tona com uma regravação que se torna tema da abertura da novela global de mesmo nome.

Com Moderação
Além de passar por diversas orquestras, o compositor era figura constante em bares e botequins da cidade. Apreciador de uma boa cachaça, o músico se tornou até marca de uma: a Cachaça Pixiguinha, que no rótulo exibia sua caricatura.

Tão perto e tão longe
Uma das passagens mais embaraçosas de sua vida, foi quando sua mulher foi internada. Pixinguinha passou por maus bocados, sentido dores no peito, e também precisou ser hospitalizado as pressas. O detalhe é que o compositor ficou no mesmo hospital que sua mulher.

No entanto, para não abalar ainda mais a saúde de Beti, Pixinguinha resolveu manter segredo sobre sua internação. Assim, todos os dias no horário da visita, ele deixava o seu leito vestindo terno e chapéu e seguia para visitar a mulher. Depois, retornava para o quarto e dava continuidade ao seu tratamento.

Mãos ao copo
Certa madrugada, quando voltava de uma apresentação, Pixinguinha foi cercado por assaltantes. Durante o assalto, os ladrões reconheceram o músico e devolveram seu dinheiro e flauta. Ainda como pedido de desculpas, resolveram escoltá-lo até sua casa. No entanto, no meio do caminho não havia uma pedra e, sim, um botequim. O episódio terminou em samba, cerveja e cachaça.

Dia do Choro
Comemorado em 23 de abril, é uma homenagem ao dia do nascimento do compositor, arranjador, regente e instrumentista Pixinguinha.

Mulheres têm maior noção de espaço do que os homens


Por Minha Vida/uol
Na hora de encontrar o caminho certo, elas dão um baile no time masculino

Que GPS que nada. Se antes as mulheres carregavam a imagem de ter menor noção de espaço e senso de direção do que os homens, agora a ciência veio provar o contrário.

Um estudo realizado pela Universidade do México mostrou que as mulheres são mais rápidas do que os homens, quando o assunto é localização.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas observaram um grupo de 1000 pessoas, 500 homens e 500 mulheres, que receberam como tarefa, a simples missão de achar a saída de uma labirinto de espelhos em um parque.

Cada participante tinha atrelado a si um GPS e um medidor de batimentos cardíacos. Tantos os rapazes quanto as garotas tinham o mesmo tempo, 5 minutos, para acharem a saída.

Depois de testar os 1000 participantes, os médicos constataram que em média, as mulheres encontraram a saída do local 4 minutos antes dos homens e, apenas 30% delas recorreram ao GPS para se localizar na casa de espelhos.

Segundo os especialistas, os resultados comprovam que as mulheres desenvolvem uma intuição melhor que a apresentada pelos homens e isso contribui para a melhor percepção de espaço delas.

Como a intuição dos homens é menor, eles acabam demorando mais para encontrar a solução de problemas não só nos casos de localização do espaço físico, mas em outras situações do cotidiano.

venerdì 14 maggio 2010

Antoinette Rüegg em Sao Paulo!

Amanha, 15 de maio Antoinette Rüegg da BPW (Business and Professional Women) Internacional, convidada pela BPW São Paulo, ficara em São Paulo para um seminário sobre Liderança e Inteligência Emocional , dando continuidade as ações de Desenvolvimento de Liderança nas Mulheres. Si interessados por favor confirme sua inscrição na BPW-SP Telefone (11) 3898-2933 ou email bpwsp@bpwsp.org.br
E' uma ocasião muito importante para trocar de ideias sobre os assuntos mais importantes do empreendedorismo feminino!

giovedì 13 maggio 2010

a "língua do PCC"


Nos idiomas nos construimos nossos símbolos culturais.
Gírias sao sempre importante para entender os elementos básicos destes mundos fechados que escolhem gíria para se diferenciar.
Entao a palavra como diferenciação, como lugar invisível onde construimos nossas vidas

Gírias da facção criminosa que aterrorizou SP há 4 anos
da Livraria da Folha

Antropóloga conduz o leitor por um mundo desconhecido e controverso

A antropóloga Karina Biondi pesquisou e catalogou um universo pouco conhecido --mas possível de ser ignorado--, o do Primeiro Comando da Capital (PCC). Quatro anos atrás, no dia 12 de maio de 2006, os ataques dos criminosos levaram o pânico às ruas de São Paulo.

Esposa de presidiário, Karina conviveu entre criminosos, inocentes e familiares durante seis anos, quando seu marido foi inocentado das acusações. Durante o período, frequentou diversas cadeias do Estado de São Paulo e reuniu informações sobre a facção criminosa.

Desenvolvida em sua tese de mestrado, a pesquisa está no livro "Junto e Misturado" (Terceiro Nome, 2010). O título do volume, dentro das gírias do crime, é o termo utilizado quando não é mais possível distinguir as unidades carcerárias.
Considerado o primeiro trabalho etnográfico sobre o PCC, o exemplar traz um "glossário de termos nativos". Abaixo, conheça alguns dos termos usados pelos criminosos.

Atrapalhar correria: Atrapalhar atividades.

Axé: Chance; atenuação de uma falta.

Blindar (a mente): não deixar se "levar pelo psicológico".

Cabeça branca: Diretor da unidade prisional.

Cabuloso: Aquele que não deixa ninguém subjugá-lo, "entrar em sua mente". É aquele que, em suma, é senhor de si.

Cunhada: Companheira do "irmão".

Esticar o chiclete: Procedimento que objetiva o esclarecimentode situações.

Fita: Ação, tarefa ou situação.

Invadir a mente: Ação que visa convencer ou persuadir alguém; o mesmo que "dar um psicológico"

Irmão: Membro "batizado" no PCC.

Mular: O mesmo que brincar. O verbo "brincar", entre os presos, possui conotação sexual e não utilizado para se referir a relações jocosas.


"Junto e Misturado"
Autora: Karina Biondi
Editora: Terceiro Nome
Páginas: 248
Quanto: R$ 34,00

mercoledì 12 maggio 2010

SAPPHIRE, A ESCRITORA QUE INSPIROU O FILME PRECIOUS FALA EM EXCLUSIVIDADE NO MEU BLOG



Precious é um filme de 2009 do produtor e diretor Lee Daniels. A historia é simple mas impressionante. Em 1987 a obesa, analfabeta, afro-americana de 16 anos Claireece Precious Jones interpretada porGabourey Sidibe mora no Harlem com sua disfuncional mãe Mary. Ela ficou grávida duas vezes do pai, Carl, e sofre a longo prazo fisicamente, mentalmente e sexualmente de sua mãe desempregada.O filme conta também com Mariah Carey que faz o papel de uma assistente social, a Srta. Weiss. Paula Patton interpreta a professora de Precious, Sra. Rain, e Lenny Kravitz como John, um enfermeiro.
Precious é uma adaptação do livro "Push", de Sapphire, sucesso de crítica e público em 1996.
A jornada de livro e filme têm muito em comum, na verdade. Ramona Lofton, também conhecida pelo pseudônimo Sapphire , é uma poeta e artista performática nascida na Califórnia e integrada na cena novaiorquina desde o final dos anos 1980. "Push" é seu único livro de ficção, a versão criativa de sua experiência como atendente em um abrigo para mulheres do Harlem, e foi publicado às custas da própria autora, sem grande repercussão. Foi preciso o endosso de uma poderosa agente literária algum tempo depois, para que ele fosse lançado comercialmente, criando um dos maiores frisson literários de 1996.
Em exclusividade para meu blog ela respondeu a minha pergunta sobre os simbolos brasileros:
" Sim, eu foi em Brasil, exatamente em Sao Paulo . Para mim o Brasil é associado ao fato de ter o maior numero de descendentes afroamericanos do emisfero ocidental".
Um elemento muito importante na literatura de Sapphire que sempre lutou contra as disegualdades sociais e raciais. Um elemento que necessita de uma constante reflexao, cada vez que se fala do Brasil e do seu desenvolvimento democratico, um processo que ainda precisa de tempo e analise historica.

martedì 11 maggio 2010

ALGUMS CENTIMETROS SOBRE O CHAO

E' um documentario frances sobre um fotografo que trabalha com street dancers

E' A ANATOMIA O NOSSO DESTINO?

Esta materia saiu hoje no NYTimes, achei importante.

FROM NYTIMES
For Crime, Is Anatomy Destiny?

By PATRICIA COHEN
Poverty, greed, anger, jealousy, pride, revenge. These are the usual suspects when it comes to discussing the causes of crime. In recent years, however, economists have started to investigate a different explanation for criminal activity: physical attributes.

A small band of economists has been studying how height, weight and beauty affect the likelihood of committing — or being convicted of — a crime. Looking at records from the 19th, 20th and 21st centuries, they have found evidence that shorter men are 20 to 30 percent more likely to end up in prison than their taller counterparts, and that obesity and physical attractiveness are linked to crime.

“The profession has developed a large interest in biology,” what some refer to as anthropometric economics or history, said Gregory N. Price, an economist at Morehouse College and one of the authors of a paper on height and crime.

There is already a sizable stack of research that examines the connections between physical characteristics and the labor market. Economists have found, for example, that every inch of additional height is associated with a nearly 2 percent increase in earnings; that employees rated beautiful tended to earn 5 percent more an hour than an average-looking person, while those rated as plain earned 9 percent less; that obesity can cause a drop in white women’s earnings.

To make a point about income tax, Gregory Mankiw, an economist at Harvard and the former chairman of President George W. Bush’s Council of Economic Advisers, has facetiously proposed taxing taller people more, since someone 6 feet tall can be expected to earn $5,525 more a year than someone who is 5-foot-5, after accounting for gender, weight and age.

Linking physical traits to criminality may sound like a throwback to the biological determinism advocated by 19th-century social Darwinists who believed that there was a genetic predisposition for wrongdoing. Practitioners are quick to distance themselves from such ideas.

Mr. Price, for example, argues that crime can be viewed, at least partly, as an “alternative labor market.” If individuals with certain physical attributes are disadvantaged in the labor force, they may find crime more attractive, he said.

H. Naci Mocan, an economist at Louisiana State University and an author of a paper on crime and attractiveness, explained that theories about the relationship between weight, height or beauty and the labor force emerged because “economists looking at standard determinants — like education, experience, productivity, human capital — found that they could only explain some of the variation in wages.”

“This is very new,” Mr. Mocan said of the research into crime. “It opens up our horizons a little more.”

A link between a physical attribute and salary, or crime, does not necessarily mean cause and effect. Mr. Mocan pointed out that we do not know why someone who is overweight, unattractive or short is at a disadvantage in the labor market or more likely to commit a crime. It could be employer discrimination, customer preference or that the physical attribute may make the worker less productive. If a job involves carrying heavy loads, for instance, brawn would be an advantage.

That is what both Howard Bodenhorn, an economist at Clemson University, and Mr. Price concluded from 19th-century prison records. In that era increased body weight was associated with a lower risk of crime. In the 21st century, though, in which service jobs are much more common, Mr. Price found that being overweight was linked to a higher risk of crime.

Mr. Mocan and Erdal Tekin, an economist at Georgia State University, analyzed data from a national survey of adolescent health that involved 15,000 high school students who were interviewed in 1994, 1996 and 2002. They found that being unattractive in high school was correlated with a lower grade point average, more problems with teachers and suspensions.

Other studies have found that shorter students tend to participate less frequently in clubs and sports. As a result these students may suffer a drop in self-esteem or not develop certain kinds of social skills that are useful later in life, the two economists theorized.

According to their study, both men and women who were rated unattractive (as rated on a five-point scale) in high school were more likely to commit — or at least more likely to be caught while committing — one of seven crimes, including burglary and selling drugs, than those rated average or attractive.

Mr. Price said anthropometric economics was based on the work of economic historians — including the Nobel Prize-winner Robert Fogel, John Komlos at the University of Munich and Richard H. Steckel at Ohio State University — who have used height and weight to assess changing social conditions.

Since biologists believe that 80 percent of height is determined by genetics and 20 percent by environmental conditions, height — and sometimes weight — can be an index of childhood nutrition, health care and exposure to disease. Thus smaller stature may be a sign of an impoverished upbringing.

Mr. Komlos, for example, wrote a 2007 paper with Benjamin E. Lauderdale that found that Americans were the “tallest in the world between colonial times and the middle of the 20th century,” but have since “become shorter (and fatter) than Western and Northern Europeans. In fact, the United States population is currently at the bottom end of the height distribution in advanced industrial countries.”

“We conjecture,” they concluded, “that the United States health-care system, as well as the relatively weak welfare safety net, might be why human growth in the United States has not performed as well in relative terms as one would expect on the basis of income alone.”

Though beauty would superficially seem to be in the same category as weight and height, studies that assess the economic advantage of being attractive are actually quite different, said Christina Paxson, an economist at Princeton who has studied the relationship between stature and status. While height is a sign of health and social conditions, the impact of beauty is more psychological, she said. There the question is how someone’s perception of a worker’s productivity, skill and talent is influenced by looks.

Mr. Price has suggested that there may be policy implications in his work, saying, “Public health policies successful at reducing obesity among individuals in the population will not only make society healthier, but also safer.”

At the moment, Mr. Mankiw is skeptical of any real-world utility. “Economists love quantifying things,” he said, “but there are so many possible interpretations, it doesn’t settle debates as much as it opens up questions.”

He did note that his students at Harvard have been particularly fascinated by the research that shows quantifiable economic advantages of beauty. The benefit of these “weird facts,” he said, is that it “forces you to think about the world in ways you didn’t before.”

Brecheret e as figuras femininas


As figuras femininas sao elas simbolos ou uma realidade que ainda precisa encontrar os seus simbolos para se expressar?

Estado de S.Paulo
Exposição no MuBE abrange variedade de materiais e estilos que o criador dedicou ao tema

Pode-se dizer que dois terços da produção de desenhos do escultor Victor Brecheret (1894-1955) são dedicados ao tema da mulher. É o que considera a curadora e historiadora Daisy Valle Machado Peccinini ? e, sendo assim, é inevitável que a figura feminina ocupe um espaço de destaque na produção escultórica do artista. Na exposição Brecheret ? Mulheres de Corpo e Alma, que o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) inaugura hoje como parte das comemorações dos 15 anos da instituição, estão reunidas cerca de 60 esculturas da temática feminina realizadas pelo artista, além de 106 desenhos que propiciam a possibilidade de acompanhar a maneira com que ele lidava com o assunto, "seus estados de ânimo ou de fantasia, bem como os movimentos que atribuiu às figuras", afirma Daisy, curadora da mostra.


A exposição reúne, principalmente, obras da coleção do Instituto Victor Brecheret, dirigido por Victor Brecheret Filho e por sua mulher, Cidô Brecheret, e ainda de acervos particulares e institucionais como os da Fundação Crespi Prado, Museu de Arte Brasileira da Faap, Museu de Arte Moderna do Rio, Palácios do Governo do Estado de São Paulo e Pinacoteca do Estado. A mostra abrange criações do escultor de um período que vai de 1918 a 1955, apresentando, assim, várias fases de sua trajetória, testemunhando "mais de três décadas de inspiração e execução expressas em mármore, pedra de frança, gesso, pedra granítica rolada pelo mar, bronze patinado, bronze polido e a sempre eterna terracota", define Brecheret Filho.

Mãos. Segundo Daisy, historiadora, que se dedica à pesquisa sistemática da obra de Victor Brecheret, o escultor tinha como costume modelar suas figuras em argila constantemente úmida. "Esse tipo de escultura modelada tem como consequência encorajar uma estética que não é somente a de perceber as três dimensões ? altura, largura e profundidade ?, mas que também desenvolve uma sensibilidade multifacética", explica Daisy. A constatação estimula dizer que Brecheret tinha uma relação de proximidade sensível ? tátil e por vezes até timidamente erótica ? com o tema das mulheres, independentemente da fase ou estilo pelo qual passou em sua trajetória ? "do expressionismo ao cubismo, da art déco ao primitivo e orgânico, inspirado na arte dos índios do Brasil" ? ou do material final usado em sua obra.

Os grandes nus de terracota da década de 1940 revelam as mulheres de "formas generosas", mas peças anteriores, como Mulher (1930) de mármore e da coleção de Gilberto Chateaubriand, e Adolescente (1929), também na tradicional pedra escultórica, expressam a elegância e refinamento. "Testemunham as preocupações da construção geométrica e maquinista do corpo, no período da Escola de Paris, entre 1921 e 1936, sendo Mulher um exemplo mais raro e radical de geometrização cubista", define a curadora.

A exposição tem a favor de si abranger uma variedade de temas dentro do assunto "temática feminina" na obra de Brecheret. Nus frontais, reclinados, a questão da maternidade, figuras sacras, as Mulheres-Alegorias (como a Portadora de Perfume) e os retratos encomendados (principalmente, bustos e cabeças, mas também, uma figura inteira como Dama Paulista, que representa Olívia Guedes Penteado) estão todos na mostra. / C.M.




Imagem cerebral flagra mentira em teste

Sobre a mentira teveriamos que criar um blog exclusivo, é um mundo para estudar e comentar.
Muitos sao os sinais de mentira. Acho esta materia saida na Folha hojè muito boa.
DA FOLHA DE SAO PAULO
Técnica de ressonância magnética indica quando pessoa diz a verdade em experimento com reconhecimento de rostos
Método só permite detectar tipo específico de falsa declaração, mas já levanta controvérsia ética diante de possível uso em tribunais

RICARDO MIOTO

Em 2008, a psicóloga Renata Novaes Pinto foi assassinada na porta da sua casa, na Vila Madalena, por dois homens. Segundo um deles, o desempregado José do Prado tinha contratado o crime. Prado admitiu conhecer o suspeito que o acusou, seu vizinho, mas disse que nunca tinha visto o outro.
A polícia depois concluiu que Prado não só conhecia ambos como também os havia levado até o local do crime. Se a polícia tivesse utilizado com Prado o mecanismo proposto agora por cientistas americanos, poderia ter poupado trabalho.
Observando a atividade cerebral de voluntários, o trio da Universidade Stanford conseguiu dizer se uma face era conhecida ou não deles.
O grupo usou uma técnica conhecida como fMRI, que foi desenvolvida nos anos 1990 e se tornou vedete entre os neurocientistas desde então.
Com ela, mapearam o cérebro dos 16 participantes do estudo enquanto eles observavam, aleatoriamente, tanto rostos desconhecidos quanto rostos familiares.
Os pesquisadores perceberam que as áreas utilizadas pelo cérebro para procurar faces já guardadas no "disco rígido" e para "salvar" novas eram diferentes (veja quadro acima).
Se os voluntários eram obrigados a dizer se conheciam ou não aquela face, os cientistas eram capazes de adivinhar se eles de fato falavam a verdade 95% das vezes, só olhando as imagens de fMRI.
Se os voluntários ficavam confusos em alguns casos, a taxa de acerto dos pesquisadores caía para 76%.
Segundo o trio, isso mostra que o mecanismo não funciona bem em casos pouco extremos, quando os pacientes têm apenas uma vaga sensação de lembrar daquela face.

Privacidade
"Eu não acho que as pessoas deveriam ficar assustadas, mas será importante para a nossa sociedade avaliar se algumas aplicações possíveis dessa tecnologia não são apropriadas", diz o psicólogo Jesse Rissman, coautor do estudo, referindo-se ao seu uso em tribunais.
Ele lembra também que o número de falsos positivos ainda é considerável.
"As capacidades de "leitura de mente" com fMRI ainda são muito rudimentares. Mas, no futuro, é possível que, escaneando o cérebro, possamos saber mais sobre os pensamentos, os sentimentos e as memórias de uma pessoa. Então, é importante que ninguém tenha de ter o seu cérebro escaneado sem o seu consentimento."
Rissman publicou o trabalho na revista científica "PNAS", junto com um colega jurista e um neurocientista.

Impactos
A utilização de tecnologias de mapeamento do cérebro nos tribunais ainda cria discussões sobre a sua eficiência e sua legitimidade ao invadir a intimidade das pessoas.
Especialistas, porém, lembram que a tecnologia já está causando impactos na vida de quem utiliza a Justiça, mesmo no Brasil.
"Alguns clientes meus já sofrem por causa disso", diz o advogado Mário Paiva, especialista no impacto da tecnologia na justiça e professor da Universidade Federal do Pará.
"Procurando pelo nome de alguém nos sites do tribunais é possível saber se a pessoa tem dívidas, se brigou com a mulher e deve pensão, se já processou algum ex-patrão. Pode causar problemas na hora de procurar um emprego ou alugar uma casa, por exemplo", diz ele.
"A tecnologia veio para ficar e ajuda muito, facilitou o trabalho, acelerou as decisões judiciais. Mas a intimidade é uma questão importante."

Teste similar levou a prisão de indiana

Mecanismos para detectar mentiras são antigos. Vários tipos de polígrafo foram inventados já no começo do século 20, com questionável eficiência.
Assim, em 1998 a Suprema Corte Americana decidiu que não havia evidências de que polígrafos eram confiáveis o suficiente para serem utilizado em tribunais.
De lá para cá, porém, advogados daquele país voltam a insistir na sua utilização nos tribunais americanos. Eles argumentam que as novas tecnologias, envolvendo mapeamento cerebral com fMRI, são mais precisas.
O último caso aconteceu na semana passada, em Nova York, em um caso de assédio sexual no trabalho. O juíz negou o uso de fMRI para saber quem estava falando a verdade.
Na Índia, porém, a técnica já foi utilizada.
Em 2008, a indiana Aditi Sharma teria envenenado um lanche do McDonald's que o ex-marido comeu. Mais de 30 eletrodos mapearam seu cérebro, disseram que ela era culpada, e ela foi condenada, apesar de negar o crime.
No Brasil, polígrafos também não costumam ser usados.

domenica 9 maggio 2010

MATT DORFMAN


A FACE PARA IVO PITANGUY

Uma equipe de médicos da Espanha fizo primeiro transplante completo de rosto bem-sucedido do mundo. O paciente, que foi ferido com tiros em um acidente, recebeu pele, músculos faciais, ossos, nariz, lábios e dentes de um doador. A cirurgia, que aconteceu em março no hospital universitário Vall d'Hebron, em Barcelona, durou 22 horas. Outros dez transplantes parciais de rosto já foram feitos desde 2005, mas acredita-se que esse é o mais complexo já realizado.
Esta cirurgia é uma fronteira da ciência mas também è um otimo momento de reflexão sobre a nossa identidade e nossa forma de lidar com essa. E' por isto que acho importantíssimas as palavras publicadas hoje no Estadao daquele que até hoje é considerado como o mais importante cirurgião plástico brasileiro, Ivo Pitanguy. São palavras de um excelente medico e um grande homem.



A face é a identificação do ser com o mundo. Através dela expressamos nossas emoções. Por outro lado, muitos interpretam as características estruturais da face como indício da personalidade ou do caráter, como fizeram Lombroso, Pende e outros, interpretando o comportamento do indivíduo através das expressões faciais, o que nem sempre condiz com a realidade.
Desde os tempos mais remotos o homem procurou a identidade com seu par, com sua tribo, com seu grupo social. Sua conceituação de beleza esteve mais ligada à semelhança com os pares; nas características pertinentes ao seu núcleo encontrou maior harmonia. Essa identificação define, de uma maneira importante, o padrão estético e o comportamento do ser humano.
O ser humano é essencialmente estético. A percepção do "belo" é mítica e milenar; o Homo sapiens ao conseguir a oposição do polegar, partiu da apreensão pura para a delicadeza do gesto, para a busca da beleza. Essa procura da beleza é tão antiga como o ser humano. As esculturas, as pinturas e toda forma de representação da perfeição e da forma nos recordam os módulos que em cada época participaram da criação do cânone dominante.
O que há de mais extraordinário e belo no ser humano é sua diversidade e pluralidade estética. Cada raça tem seu conceito de beleza. E dentro de uma mesma raça, cada ser humano tem uma forma particular de perceber, raciocinar e julgar sua imagem. Mas que sentido de imagem seria esse? Imagem por nós percebida ou a que nossa empatia percebeu como o outro nos vê?
Certamente a autopercepção do corpo é mais importante do que a percepção dos outros.
Hoje, com a difusão intensa da informação, a imagem corporal sofreu intervenções variadas, expondo grupos remotos ao sentido de belo mais ligado ao marketing do que à própria estrutura étnica de cada grupo. Independentemente da etnia ou do grupo social, a beleza se universaliza na procura do bem estar íntimo em harmonia com sua própria imagem.
Nós cirurgiões temos um grande interesse em compreender a beleza; entretanto, nos deparamos com limitações quando comparados com pintores, poetas e artistas que, com a tinta, a pedra e o vocábulo, não encontram limitações para suas mentes criativas.
O corpo lúcido é aquele que compreende nossas possibilidades e limitações, participando ativamente de nossas decisões.
A tentativa de recuperar o equilíbrio entre o ego e o mundo exterior é uma constante na vida do homem. Esse equilíbrio muitas vezes se torna difícil de ser alcançado, pois o acrescentar e o retirar estão mais sujeitos às leis do próprio corpo do que à criatividade do cirurgião. Nossa percepção não poderia jamais ser verdadeira se não procurássemos sentir o outro, compreendê-lo, pois sem essa interação o fenômeno criativo tornar-se-ia impossível.
Para o cirurgião, a beleza tem um sentido amplo, ligado ao bem-estar do indivíduo, objetivando tornar normal aquilo que não é. Normal é o que não se nota.
No caso de indivíduos que realizaram transplante de face, a maior barreira é a imunológica. O conhecimento total do código genético trará uma infinidade de novos benefícios à humanidade
A cirurgia plástica lida com os anseios mais íntimos do ser humano na incessante busca de harmonia, como forma de bem-estar e identificação com a própria imagem. Tem como fundamental objetivo restituir ao corpo em sofrimento sua função e dignidade.

IVO PITANGUY É CIRURGIÃO PLÁSTICO, MEMBRO TITULAR DA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA, MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E PATRONO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA

sabato 8 maggio 2010

Cientistas tentam mapear os caminhos da criatividade no cérebro humano


David Lynch neste video fala sobre consciencia e criadividade

NYTIMES
Patricia Cohen

Muitas áreas diferentes do cérebro estão envolvidas no ato de conceber de uma solução criativa

Pegue um cronômetro e ajuste para um minuto. Agora liste quantos usos criativos para um tijolo você puder imaginar. Vá.

A pergunta faz parte de um teste clássico para criatividade, uma qualidade que os cientistas estão tentando pela primeira vez rastrear no cérebro.

Eles esperam determinar precisamente que substâncias bioquímicas, impulsos elétricos e regiões foram utilizados quando, digamos, Picasso pintou “Guernica” ou Louise Nevelson criou suas esculturas de madeira. Usando tecnologia de imagem por ressonância magnética, pesquisadores estão monitorando o que se passa dentro do cérebro de uma pessoa quando ele ou ela realiza um trabalho criativo.

Mas as imagens dos sinais acendendo nos lóbulos frontais levaram os cientistas a reexaminarem a própria forma como a criatividade é medida em um laboratório.

“Criatividade é quase como pornografia –você sabe quando a vê”, disse Rex Jung, da Rede de Pesquisa da Mente da Universidade do Novo México, em Albuquerque. Jung disse que sua equipe estava realizando a primeira pesquisa sistemática da neurologia geral do processo criativo, incluindo seu relacionamento com a personalidade e com a inteligência.

Como muitos pesquisadores ao longo dos últimos 30 anos, Jung empregava uma definição comum de criatividade: a habilidade de combinar novidade e utilidade em um contexto social em particular.

Mas à medida que o estudo da criatividade expandiu para incluir a neurologia do cérebro, alguns cientistas passaram a questionar se esta definição padrão e os testes para ela ainda faziam sentido. John Kounios, um psicólogo da Universidade Drexel, argumenta que o padrão “perdeu sua validade”.

“Criatividade é um conceito complexo; não é uma coisa só”, ele disse, acrescentando que os pesquisadores do cérebro precisavam decompor um processo muito complicado em seus componentes. Kounios, que estuda a base neural da intuição, define criatividade como a habilidade de reestruturar o entendimento de uma situação de uma forma não óbvia.

Todo mundo concorda que não existe uma medida única de criatividade. Apesar dos testes de QI, que são controversos, ainda serem considerados um teste confiável de pelo menos certo tipo de inteligência, não há um equivalente para criatividade –nenhum quociente de criatividade, ou QC.

O laboratório de Jung utilizada uma combinação de medidas para servir como substituta para a criatividade. Um é o Questionário de Realização em Criatividade, que pede às pessoas que relatem sua própria aptidão em 10 campos, incluindo artes visuais, música, redação criativa, arquitetura, humor e descoberta científica.

Outro é um teste para “pensamento divergente”, uma medida clássica desenvolvida pelo psicólogo pioneiro J.P. Guilford. Aqui é pedido a uma pessoa que apresente funções “novas e úteis” para um objeto familiar, como um tijolo, um lápis ou uma folha de papel.

A equipe de Jung também apresenta situações estranhas aos sujeitos. Imagine quais seriam as implicações das pessoas poderem mudar instantaneamente de sexo, ou das nuvens terem cordas?

Em outra avaliação, é pedido ao sujeito que desenhe o sabor do chocolate ou escreva uma legenda para um cartum humorístico, como no concurso semanal da revista “The New Yorker”. “O humor é uma parte importante da criatividade”, disse Jung.

As respostas são usadas para gerar o que Jung chama de “Índice Composto de Criatividade”.

Os testes de Jung são baseados naqueles criados por Robert J. Sternberg, um dos proeminentes pesquisadores de inteligência do país e o homem parcialmente responsável pela definição padrão. Sternberg utiliza testes semelhantes na Universidade Tufts, onde ele investiga como as pessoas desenvolvem e dominam habilidades. Ele explicou que sua equipe pediu a sujeitos que pensassem no que teria acontecido se, digamos, Rosa Parks tivesse cedido seu assento para uma mulher branca quando aquele motorista de ônibus de Birmingham lhe disse para ir se sentar no fundo, ou se Hitler tivesse vencido a Segunda Guerra Mundial. Ele também poderia apresentar uma manchete imaginária, tipo “O Fim da MTV”.

Quanto a Jung, sua pesquisa produziu alguns resultados surpreendentes. Um estudo envolvendo 65 pessoas sugere que a criatividade prefere adotar um caminho mais lento e cheio de voltas do que a inteligência.

“O cérebro parece ser uma superestrada eficiente para levar você do Ponto A ao Ponto B” quando se trata de inteligência, explicou Jung. “Mas nas regiões do cérebro relacionadas à criatividade, parece haver muitas estradas secundárias com desvios interessantes, além de pequenos atalhos sinuosos.”

Apesar de inteligência e habilidade geralmente estarem associados à ativação rápida e eficiente de neurônios, os sujeitos que apresentaram mais criatividade nos testes tinham matéria branca mais fina e axônios de conexão que têm o efeito de desacelerar o tráfego nervoso no cérebro. Esta desaceleração no córtex frontal esquerdo, uma região onde as habilidades emocionais e cognitivas estão integradas, sugeriu Jung, “pode permitir a associação de ideias mais díspares, mais novidade e mais criatividade”.

Kounios disse que Jung está realizando um trabalho original e interessante, mas disse que tentar encontrar uma correlação entre criatividade e uma área única do cérebro é uma “abordagem à moda antiga”.

“A criatividade é uma coleção de processos diferentes que trabalham em diferentes áreas do cérebro”, disse Kounios, de forma que o ato criativo deve ser desmontado em pedaços minúsculos. Ele também rejeita a utilidade como parte da definição, argumentando que pode haver fracassos brilhantes e criativos –o que ele chama de erros por pouco.

No ano passado, ele e Mark Beeman, um psicólogo da Universidade do Noroeste, publicaram um artigo sobre o que ele chama de “momento Ahá!”, a intuição repentina que resolve um problema, reinterpreta uma situação ou explica uma piada. Em seu teste, eles usaram simples quebra-cabeças de palavras que poderiam ser resolvidos tanto com uma intuição criativa instantânea quanto por uma análise rápida.

Cerca da metade dos sujeitos chegava a uma solução pensando metodicamente nas possibilidades, enquanto na outra metade a resposta surgia em suas mentes.

Muitas áreas diferentes do cérebro estão envolvidas no conceber de uma solução, independente de qual processo seja usado, mas durante o momento Ahá!, há uma explosão de atividade de alta frequência no lóbulo temporal direito, disse Kounios. Além disso, ele disse, ele e Beeman não puderam prever com antecedência que processos o sujeito usaria. Eles observaram os cérebros dos solucionadores sistemáticos do problema se prepararem ao prestarem atenção atenta à tela antes das palavras aparecerem. Seus córtices visuais estavam em alto alerta.

Os cérebros daqueles que tiveram um lampejo de intuição criativa, por sua vez, se preparam automaticamente desativando a atividade no córtex visual por um instante –o equivalente a fechar seus olhos para afastar distrações, para que você possa se concentrar melhor. Neste caso, Kounios disse que o cérebro estava “eliminando a entrada de outros dados sensoriais e ampliando a razão entre sinal e ruído”, para obter a resposta do subconsciente.

Segundo Kenneth Heilman, um neurologista da Universidade da Flórida e autor de “Creativity and the Brain” (2005), a criatividade não apenas envolve chegar a algo novo, mas também desativar a resposta habitual do cérebro, ou o abandono das soluções convencionais.

O comportamento de risco ou viciante também deve ser medido, já que ambas as características têm um papel na criatividade, ele disse.

Pode haver, por exemplo, uma redução da norepinefrina, o neurotransmissor que dispara o alarme lute ou fuja. Este é o motivo para as conexões criativas frequentemente ocorrerem quando as pessoas estão mais pacíficas –relaxadas sob uma árvore, como Isaac Newton, ou em um estado de sonho, como Coleridge quando criou “Kubla Khan”.

John Gabrieli, um professor de neurociência cognitiva no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, alerta que há sempre uma distância entre o que acontece no laboratório e no mundo real: “Parece que ser criativo é algo para o qual ainda não temos um teste”.