martedì 31 agosto 2010

PROXIMA PALESTRA DIA 11 DE SETEMBRO

Sejam bem-vindos à minha palestra
"Mentiras, todos os segretos para disfarça-as"
LIVRARIA FRANCESA
Rua Professor Atílio Innocenti, 920 - Vila Nova Conceição Sao Paulo
SABADO, 11 DE SETEMBRO 2010

lunedì 30 agosto 2010

CHIQUINHA GONZAGA, UM SIMBOLO BRASILEIRO

Fiquei impressionada do talento e da excentricidade de Chiquinha Gonzaga. Brasileira, foi uma mulher corajosa e viveu até o fim...

"Chiquinha Gonzaga apresentava marido como filho devido diferença de idade"
POR
BENEDITO TEIXEIRA
Livraria da Folha


Guerra do Paraguai
Jacinto do Amaral, o primeiro marido de Chiquinha Gonzaga, tinha tantos ciúmes da esposa que a obrigou a viajar com ele em seu navio fretado para levar combatentes e armas à Guerra do Paraguai. Longe do piano, Chiquinha decidiu voltar com o filho mais velho e acabar com o casamento. "Pois, senhor meu marido, eu não entendo a vida sem harmonia", disse ao deixá-lo. A viagem também serviu para atiçar seu senso abolicionista. Ela protestava contra o tratamento dado aos negros que eram levados para combater. Estes eram mal tratados e participavam das operações mais perigosas.

Preconceito na música
A atuação de uma mulher na música era tão rejeitada pela sociedade da época que muitas pessoas não acreditavam que as composições de Chiquinha eram realmente feitas por ela. Mesmo declarada "morta" pelos pais, sua vida artística os incomodou pelo resto da vida. Não aceitavam o sobrenome Gonzaga sendo publicado como autor das músicas compostas pela filha.

Relacionamento em segredo
O último marido de Chiquinha passou assinar seu nome como João Gonzaga, pois era apresentado como filho para evitar reações do preconceituosas por causa da diferença de idade. Suas filhas Maria e Alice, que exigiam a ajuda financeira de Chiquinha, chegaram a chantageá-la por causa do relacionamento. Após a morte da compositora, João chegou a conseguir um registro de filho dela com o primeiro marido Jacinto, em 1939.

Polêmica no Palácio
Sobre a execução do "Corta-Jaca" no Palácio do Catete, o senador Rui Barbosa se pronunciou publicamente sobre o caso: "aqueles que deviam dar ao país o exemplo das boas maneiras mais distintas e dos costumes mais reservados elevaram o corta-jaca à altura de uma instituição social". A repercussão foi tamanha que o governo do presidente Hermes da Fonseca foi apelidado de "Corta-Jaca".


O OLHAR DOS BEBES


Com o olhar, bebês dominam seu mundo
Por CHARLES Q. CHOI

Com duas câmeras presas à cabeça e carregando mochilas equipadas com transmissores sem fio, crianças e bebês parte de um estudo parecem pequenos ciborgues engatinhando e tropeçando pela sala.
Uma câmera está voltada para o olho direito, e a outra capta o campo de visão. Combinadas, as imagens apontam para onde a criança está olhando.
Os cientistas usam esse sistema para entender como as crianças veem o mundo para interagir com ele. No laboratório, bebês com idades a partir de cinco meses se deslocam num percurso com obstáculos ajustáveis -desníveis, vãos ou degraus. Elas às vezes usam calçados revestidos de Teflon ou coletes com pesos.
Os pesquisadores esperam aprender o que leva uma criança a reagir a outra, como os bebês coordenam o seu olhar com as mãos e os pés, a fim de contornar obstruções ou manusear objetos, e como se adaptam a mudanças como os sapatos escorregadios.
As descobertas sugerem que os bebês têm mais capacidade do que se imaginava para entender e agir com base no que veem.
"Rápidos olhares para obstáculos à frente deles ou para os rostos das suas mães podem ser tudo o que eles precisam para obter a informação que desejam", afirmou John Franchak, doutorando do Departamento de Psicologia da Universidade de Nova York (NYU). "Eles parecem surpreendentemente eficientes." Embora a visão pareça ser algo feito sem esforço, nós escolhemos o que olhamos, fazendo de dois a quatro deslocamentos oculares por segundo, para cerca de 150 mil movimentos por dia, segundo Karen Adolph, psicóloga do desenvolvimento da NYU.
"A visão não é passiva. Coordenamos ativamente os nossos movimentos oculares com os movimentos de nossas mãos e nossos corpos."
A experiência se baseia em dispositivos desenvolvidos pela empresa nova-iorquina Positive Science, com verbas do Laboratório de Pesquisas Navais dos EUA. Os equipamentos haviam sido concebidos para ajudar os cientistas a descobrir, por exemplo, como combatentes avistam alvos camuflados.
Para adaptar os monitores às crianças, o fundador da Positive Science, Jason Babcock, usou bandanas acolchoadas, bonés com tecidos elásticos e fechos de velcro para manter as câmeras no lugar. O aparato usado na cabeça pesa apenas 45,36 gramas.
"O bom disso é que ajuda a capturar o que as crianças estão pensando durante o seu comportamento natural", disse Mary Hayhoe, psicóloga da percepção na Universidade do Texas, Austin. "Como o que elas estão olhando tem relação com suas atividades em andamento, monitorar o movimento dos olhos permite uma leitura bastante direta do que pode estar passando pela cabeça delas."
Em estudos com seis bebês de 14 meses numa sala cheia de brinquedos, os pesquisadores descobriram que em quase um quarto de todos os encontros com obstáculos os bebês conseguiam contornar os objetos sem centrar seu olhar neles.
"Os adultos só se fixam nos obstáculos em cerca de um terço das vezes, e crianças de quatro a oito anos se fixam nos obstáculos em cerca de 60% das vezes, mas é notável que os bebês possam até mesmo se deslocar sem olhar", afirmou Franchak.
Hayhoe disse que aprender com que idade os bebês começam a olhar para o chão quando alguém derruba uma bola pode lançar uma luz sobre quando as crianças são capazes de prever as consequências das ações, é um passo importante no desenvolvimento cognitivo.
"Essas conclusões sugerem que as crianças podem não ter de olhar muito tempo para obter a informação de que necessitam, seja de pessoas ou seja de objetos", disse Jeffrey Lockman, psicólogo do desenvolvimento na Universidade Tulane. "Isso dá novas revelações sobre quanta informação elas precisam, ou quão rapidamente as crianças podem processar essa informação."

mercoledì 25 agosto 2010

Tem pai que é mãe

Um estudo inédito realizado com pais de primeira viagem mostra que a produção de ocitocina , hormônio ligado à maternidade e ao parto, também dispara em homens mais envolvidos com seus bebês

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Pela primeira vez, um estudo mostrou o papel do hormônio ocitocina na criação de vínculos afetivos entre o pai e o filho recém-nascido.
Essa substância já é conhecida por estimular as contrações uterinas no trabalho de parto, a ejeção do leite na amamentação e a criação de laços entre mãe e bebê.
Mas a nova pesquisa, publicada no periódico "Biological Psychiatry", avaliou o efeitos do hormônio da maternidade em homens que eram pais pela primeira vez.
As conclusões são estimulantes para essa geração de homens que participa mais na criação dos filhos.

SEM DAR DE MAMAR
Os pesquisadores descobriram que, embora a lactação seja um poderoso estímulo à produção de ocitocina, não é preciso dar o peito para que isso ocorra.
Os níveis de hormônio foram medidos nos 160 participantes do estudo (80 casais) seis semanas após o nascimento do bebê e logo após ele completar seis meses.
Constatou-se que a concentração de ocitocina nos homens era igual à das mães de seus filhos. Isso sugere, segundo os pesquisadores, que os mecanismos que regulam os níveis do hormônio também estão ligados ao relacionamento do casal.
Além disso, o estudo mostrou uma forte associação entre os níveis de ocitocina e a capacidade paterna de se relacionar com seu bebê.
Não se sabe se o aumento de hormônio é causa ou efeito do comportamento. Mas foi verificada a relação entre a ocitocina e as atitudes dos pais com as crianças.
Elas são diferentes para pais e mães. Nelas, troca afetuosa de olhares, carinhos e palavras maternais são os comportamentos associados ao aumento da ocitocina.
Nos pais, a alta do hormônio ocorre quando ele estimula o filho -por exemplo, mostrando objetos ou fazendo com que agarre sua mão.
"Isso é lindo. Mostra que a ocitocina é quase um medidor biológico da capacidade de um homem permanecer cuidando de sua família", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.
O endocrinologista Luís Eduardo Calliari, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, conta que alguns estudos em animais já indicavam algo semelhante.
Foram observados dois tipos de ratos: um que cuidava de sua prole, "constituía família", e outro que abandonava a fêmea depois do acasalamento. Os animais fiéis tinham concentrações de ocitocina bem maiores do que as dos ratos canalhas.

CAUSA OU EFEITO?
"Teoricamente, [o hormônio] pode estar relacionado ao envolvimento do pai. Mas,como em outros estudos sobre ocitocina e comportamento humano, esse não é conclusivo. Não dá para saber se o aumento da substância é causa ou efeito do comportamento", diz Calliari.
Vários estudos feitos com o hormônio sugerem que ele age como modulador do comportamento. O aumento da ocitocina deixa a pessoa mais generosa, compreensiva, amorosa.
Calliari pondera: "Isso pode indicar que vale a pena deixar o pai mais perto do recém-nascido, para facilitar a criação de vínculos".

A estética do invisível


POR FOLHA DE SAO PAULO
Fotógrafo cego expõe sua "estética do invisível" a partir de hoje em São Paulo

GABRIELA CUPANI
DE SÃO PAULO

O fotógrafo esloveno Evgan Bavcar tem uma resposta pronta para quando lhe perguntam se ele não vê mesmo nada: "Enxergo muito bem com os olhos da imaginação, do desejo, da liberdade".
Bavcar perdeu a visão aos 12 anos, em um acidente. Ele diz que a fotografia é o meio que achou de exteriorizar seu mundo invisível.
Ele conta que as imagens surgem primeiro como ideias, e as fotografias são feitas com a ajuda de outras pessoas, que descrevem para ele o mundo externo. "É um ato mental, antecipado na minha cabeça."
O trabalho do artista, que é doutor em estética pela Universidade Sorbonne, em Paris, está na exposição "Estética do (in)visível", promovida pelo Senac, em São Paulo.
Acessível a deficientes visuais, com fotos em relevo e textos em Braille, a mostra reúne 15 fotografias.
A abertura acontece hoje, no Senac Consolação. A exposição, gratuita, fica aberta à visitação de 26/8 a 17/9, no Senac Lapa-Scipião.
Na abertura também haverá mostra de alunos do projeto Alfabetização Visual do Centro Universitário Senac, que dá cursos a deficientes visuais. Eles aprendem a fotografar com ajuda e a "ver" suas imagens em relevo.

lunedì 23 agosto 2010

Uma viagem ao universo da mente

Gosto muito do Giannetti, acho o seu livro Auto-engano demais, jà começei à lir o ultimo este mix entre romance e ciencia. Acho ele virtuoso no conhecimento scientifico um pouco menos como escritor de romance mas o livro merece uma olha como reflexao contemporanea sobre à alma (brasileira!)

POR ESTADAO
O economista Eduardo Giannetti fala sobre seu novo livro, engajamento na campanha de Marina Silva e o futuro do País.

Gilberto de Almeida

O economista Eduardo Giannetti não gosta de tarefas fáceis. Aos 53 anos, ele remexe em seu baú e resgata seu novo livro, A Ilusão da Alma, um tema sobre o qual tratou há 23 anos durante sua tese de doutorado na Universidade de Cambridge: a relação entre o cérebro e a mente. Qual dos dois responde por nossas atitudes e decisões? Giannetti não propõem resposta definitiva. Quer apenas que o leitor passe a refletir mais sobre a condição humana. Narrado na primeira pessoa, o romance conta a história de um professor de literatura que retirou um tumor cerebral. A partir dali, começa a questionar sobre a verdadeira função da mente. ''O homem pensa que está no controle, quando está sendo controlado'', diz.

Ele pede também alguns minutos de reflexão sobre a maré de prosperidade econômica do Brasil. Como consultor econômico da candidata Marina Silva, do PV, à Presidência da República, Giannetti lembra que o País já viveu momentos de bonança econômica durante o período JK e que ao longo dos governos militares, não soube aproveitar para resolver problemas mais graves. E agora, será diferente?, questiona o professor do Insper (ex-Ibmec). A seguir, os principais trechos da sua entrevista.

Como nasceu a ideia do livro?

Tudo começou quando defendi meu doutorado na Inglaterra, em 1987, e em um gesto ousado resolvi incluir na minha tese de economia um capítulo sobre o fisicalismo (técnica que procura explicar o comportamento humano a partir do funcionamento do cérebro). Fiz uma comparação entre o Homem Máquina e o Homem Econômico. Isso causou estranheza na banca e quase perdi a minha tese. Felizmente consegui defendê-la e sabia que um dia iria retomar o assunto. De uns tempos para cá, surgiu a neuroeconomia, que é um novo ramo da economia e que tenta entender o comportamento humano olhando diretamente para o funcionamento do cérebro. Por que alguns esbanjam tanto dinheiro e outros preferem poupar? Existe uma explicação neurológica por trás de cada comportamento humano? Foi aí que resolvi parar e fazer um balanço sobre a relação entre o cérebro e a mente.

Qual é a relação direta do livro com a realidade?

Isso ganha evidência com as técnicas de visualização do corpo humano, pois já é possível observar o nosso cérebro durante os diversos estados mentais. Teremos, em breve, avanços no estudo de doenças como Alzheimer, Parkinson e epilepsia. Vamos conseguir também que pessoas voltem a enxergar com o uso de retina artificial. É um caminho que permite grandes avanços da ciência.

A neuroeconomia já está presente no nosso dia a dia?

Um exemplo curioso é quando colocamos um consumidor em uma máquina de ressonância magnética, enquanto ele escolhe se irá ou não comprar um item. Observando as áreas do cérebro que são mais ativadas durante o estímulo, o pesquisador é capaz de detectar com antecedência, se ele vai ou não adquirir aquele bem. Isso já esta escrito no cérebro, antes que a própria pessoa tenha consciência da sua decisão. Mostra que somos muito diferentes do que imaginamos, tornando-nos veneráveis à manipulação.

Qual a sua percepção sobre a realidade econômica do Brasil?

O País está num momento de confiança e otimismo como há muito não se via. Mas o risco é a complacência. Imaginar que os ventos estão a favor não significa que os problemas estejam resolvidos. Eu tenho lembrado, em minhas palestras, que em décadas passadas o Brasil já esteve condenado à prosperidade, como durante o desenvolvimentismo de JK ou ao longo do milagre econômico do regime militar. No entanto, não tivemos capacidade para resolver as nossas dificuldades mais graves. É nesse momento em que todos estão encantados com o potencial brasileiro que devemos tirar proveito com inteligência. Será que teremos maturidade para resolver os reais problemas? Para mim os dois principais são: capital humano e sustentabilidade.

Foi isso que o levou a optar pela candidatura da Marina Silva?

Eu nunca me engajei em política, sequer declarei o meu voto. Mas encontrei muita afinidade nas ideias da Marina. Quero viver em um País que tenha uma liderança forte, que represente uma corrente relevante no século 21. Eu tenho brincado que o Brasil precisa de um JK do capital humano. E acho que a Marina pode representar esse papel.


Qual o problema do Brasil que mais chama sua atenção?

O País ainda não acordou para a gravidade da nossa deficiência de capital humano. Quando o aluno brasileiro do ensino médio participa do principal teste comparativo de avaliação internacional - o Pisa, conduzido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - e fica em 54º lugar entre 57 países, isso alarma. Quer mais um? Cerca de 53% do eleitorado em 2010 não tem o ensino fundamental completo. Enquanto não tivermos capital humano de qualidade, não podemos considerar que o País chegou ao século 21.


Qual a sua avaliação sobre a imagem do Brasil no exterior?

Existe um interesse extraordinário no País como opção de investimento, até porque o resto do mundo está muito complicado. O Brasil teve méritos, conquistou esta posição e passou muito bem pela crise. Só que nós precisamos continuar a melhorar, pois esses investidores podem mudar de ideia e correr para outra direção. Esse sucesso nos dá chance de enfrentar e resolver questões fundamentais. É necessário tirar proveito disso de uma maneira inteligente.


A crise global foi superada?

Não. A crise não teve o mesmo porte da vivida nos anos 30, mas ainda não terminou. O risco que começa a preocupar agora é que os EUA e a Europa não entrem na mesma síndrome do Japão dos anos 90, de recessão e deflação. Se eles entrarem em quadro deflacionário, essa crise mudará de patamar. Se tornará muito mais preocupante do que foi imaginada nos últimos meses.




Como a internet muda o cérebro das pessoas?


POR A FOLHA DE SAO PAULO

QUAL É o efeito da internet no cérebro das pessoas? Essa é a questão do momento.
Há palpiteiros (como Nicholas Carr) dizendo que as conexões cerebrais são modificadas pela avalanche de informações da rede.
A capacidade de concentração ficaria prejudicada, tornando as pessoas superficiais, incapazes de lidar com questões em profundidade. O "multitasking" (fazer várias tarefas ao mesmo tempo) passa a ser comum.
Escrever um texto enquanto escuta música, checa os e-mails, atualiza o perfil no Facebook, conversa no MSN, assiste a um vídeo no YouTube e lê as últimas fofocas em um blog de celebridades.
Essa é hoje a vida de muita gente que passa o dia em frente a um computador.
Isso sem falar nas mensagens que chegam pelo celular e nas interrupções do mundo "real", de amigos, família e colegas.
Apesar do palpite de Carr, o fato é que ainda não existem estudos definitivos sobre o efeito de tantos estímulos e distrações sobre a cabeça das pessoas.
Uma reportagem recente do "New York Times" mostrou que os cientistas que estão começando a estudar o assunto estão divididos em dois grupos.
Um acredita que o dilúvio de informações cansa o cérebro, inibe a imaginação e causa ansiedade.
O outro acredita que o esforço constante funciona como exercício. O cérebro vai se fortalecendo à medida que é exigido.
Ainda é cedo para saber quem tem razão. Mas todos concordam com uma coisa: desconectar-se de vez em quando faz bem.
Por exemplo, uma sugestão é ficar ao menos três dias seguidos longe da tecnologia. De preferência em contato com a natureza (o que, para muita gente, pode parecer um pesadelo).
É como se os poemas de Woodsworth, que, no século 19, via a natureza como remédio para as tensões da cidade, tivessem ganhado novo sentido nos nossos dias. Só que, agora, neurocientistas também estão com ele.

domenica 22 agosto 2010

Ce que nos gestes disent de nous


FROM le figaro magazine

Par Martine Betti-Cusso

A l'inverse du mime Marceau, dont les gestes exprimaient volontairement tous les messages qu'il souhaitait transmettre, nos gestes, même les plus infimes, traduisent le plus souvent une communication inconsciente.

Lors d'un entretien en tête à tête, une main sur le menton, un sourcil qui se lève, un nez que l'on gratte, une jambe qui se détend... sont autant de signes de communication non-verbale qu'il est de plus en plus à la mode de décrypter. Florilège des non-dits que véhiculent nos gestes... tout en sachant raison garder.

«Je ne recrute jamais un collaborateur qui, lors de l'entretien, fuit mon regard, raconte Jean-Louis, directeur à la banque Dexia. J'observe aussi ses mouvements. S'il marque un recul, j'essaie de le mettre plus à l'aise. » « Je suis intraitable avec mon équipe de vendeurs sur le maintien, renchérit Carole, manager chez Porthault, entreprise spécialisée dans le linge de maison de luxe. Pas de bras croisés, et l'on sourit avec ses yeux. C'est essentiel pour bien accueillir le client. » Les managers, comme les politiques, veillent à leur gestuelle, que ce soit pour un discours officiel, une présentation commerciale ou un entretien de recrutement. Il n'est qu'à les voir peaufiner leur style et leur discours par des stages de communication. Cette syntaxe corporelle peut renforcer, confirmer ou contredire des propos. « L'expression d'un message est à plus de 50 % non verbale, confirme Patricia Gleville, coach en communication. On ne peut se permettre de l'ignorer. »

Le décryptage de ce langage des gestes est aujourd'hui à la mode. Coachs, communicants, psychologues et même quelques neurologues participent à cette tendance. Manuels de bonne gestuelle ou livrets d'expression corporelle s'arrachent comme des lunettes magiques censées déshabiller la personne en vis-à-vis. Et la télévision s'engouffre dans la brèche, avec des émissions passant au crible les prestations de nos élus, ou mettant en scène un profileur, auxiliaire de la police détectant menteurs et bonimenteurs, comme dans la série Lie to Me.

La communication gestuelle, nouveau sérum de vérité... Que peut-elle bien révéler ? Selon les experts ès gestes, ce qu'exprime notre attitude corporelle entraîne une sympathie ou une antipathie immédiate, favorise l'échange ou en limite l'intérêt. Ce qui tombe sous le sens. Mais ils vont plus loin. Pour eux, chaque mimique, chaque posture, chaque oscillation de notre corps traduit les non-dits, les émotions, bref, l'état de nos pensées et de nos affects. Micro-démangeaisons (se gratter le nez par exemple), micro-fixations (poser sa main sur le visage), micro-caresses (se pincer le lobe de l'oreille) ont une signification. Celui qui est attentif à cet alphabet peut repérer les sentiments favorables ou défavorables, percevoir les blocages et mieux orienter une négociation, un entretien, voire une entreprise de séduction. Décoder ce métalangage physiologique, en prenant en compte les réactions intimes de son interlocuteur, serait la clé d'une communication optimisée.

Le consultant Philippe Turchet, auteur du Langage universel du corps (Editions de l'Homme), travaille depuis vingt ans à décrypter le langage gestuel, discipline qu'il a baptisée du nom barbare de « synergologie » (voir interview page suivante). Lui et ses adeptes ont criblé près de 3 000 attitudes corporelles qu'ils ont classées et reliées à des émotions. « Certaines d'entres elles, comme la colère, la joie, la tristesse... sont universelles, affirme-t-il. Elles se manifestent par les mêmes mouvements quels que soient l'âge, le pays ou la culture de l'individu. »

Si des sentiments sont visibles et se perçoivent aisément, d'autres se dissimulent, parce qu'il est souvent indispensable socialement de rester discret sur ses émotions. Ce sont évidemment les plus intéressants à décoder, en suivant le mode d'emploi du parfait petit synergologue.

Commencez, mine de rien, par bien scruter le visage de votre interlocuteur, et particulièrement sa moitié gauche qui, selon Philippe Turchet, trahit le mieux les émotions. Lorsque celles-ci sont positives, cette partie du faciès a tendance à s'ouvrir, à s'épanouir, alors qu'à l'inverse, elle se ferme au moindre ressenti négatif. Veillez à chaque frémissement musculaire, il peut être très furtif. Le sourcil par exemple : si le gauche s'anime et se lève, cela signifie que la personne en face de vous exprime un sentiment de pudeur ou de malaise. Si c'est le sourcil droit qui oscille, cela traduit un certain scepticisme. Ne quittez par les yeux de votre sujet et observez tout éventuel resserrement ou dilatation des iris. Une proportion de blanc de l'œil qui augmente est indicatrice d'une réception négative ou dubitative de vos propos. N'en soyez pas troublé, il ne s'agit pas de perdre le fil de votre pensée, ce qui se traduirait immanquablement par un signe révélateur, à votre détriment.

Poursuivons notre dialogue synergologique. Votre interlocuteur parle en vous regardant plutôt de l'œil droit tout en inclinant légèrement la tête du même côté. Diantre ! C'est le signe qu'il est traversé par un sentiment de rigidité ou de mal-être. Son menton s'affaisse imperceptiblement... Le malaise s'accentue. Ses yeux se tournent vers la droite, qui vise le futur, alors qu'il énonce une information qui s'est déroulée dans le passé... La situation s'aggrave. Nous sommes en pleine inadéquation ! Et cette incohérence pourrait bien révéler un mensonge. Est-il en train de vous mener en bateau ?

Il vous faut reprendre la situation en main. Faites-vous plus convaincant, jusqu'à obtenir une dilatation de la partie gauche de son visage. S'il vous considère de l'œil gauche, votre cas s'améliore. Ses émotions sont positives.

Mieux encore, vous suscitez une micro-démangeaison sur la joue gauche, signe chez les humains, comme chez les singes d'ailleurs, d'un sentiment de bien-être (alors qu'à l'inverse, un grattouillement sur le côté droit traduirait un agacement, voire une exaspération). Il se gratte ensuite le poignet gauche, c'est une invitation à un rapprochement. Elle se confirme par une extension de la jambe gauche... Victoire ! Il veut cheminer avec vous.

Dans le même registre, Paul Ekman, psychologue à succès aux Etats-Unis et auteur de Je sais que vous mentez (Editions Michel Lafon), se fait fort de démasquer mensonges, boniments et carabistouilles dans tout propos. Comment ? En examinant les expressions asymétriques du visage. Une physionomie tordue, des mouvements plus prononcés d'un côté que de l'autre sont des indices de tromperie. Si la motricité faciale n'est pas synchronisée avec les gestes et qu'elle dure plus de cinq secondes, l'esbroufe est quasiment assurée. Et gare aux sourires ! C'est le masque de camouflage le plus fréquemment employé. Les sourires feints ou sociaux sont plus symétriques que les sourires sincères et leurs délais de disparition sont souvent inadéquats. Détail irréfutable : les sourcils ne bronchent pas.

Si ces analyses sont la résultante d'observations empiriques, effectuées en visionnant des centaines de vidéos, d'autres procèdent de manière plus artisanale d'observations réalisées sur les propres constatations de ces experts. Ce qui ne les empêche pas d'ériger la parole gestuelle en science exacte. Le psychologue Joseph Messinger * figure parmi les plus catégoriques, assénant dans ses ouvrages ce genre de sentences définitives : « Si une personne s'assoit en face de vous et pose sagement ses mains sur ses cuisses, elle est en position de soumission. Si elle se pose au bord du fauteuil, elle est découragée. Assise en travers du siège, elle exprime un besoin de se protéger. »

Des interprétations péremptoires qui exaspèrent Pascal Lardellier, professeur en sciences de l'information et de la communication à l'université de Bourgogne, auteur de Arrêter de décoder. Pour en finir avec les gourous de la communication (Editions de l'Hèbe). Pour lui, symbolique gestuelle et autres synergologies relèvent de la pure fantaisie et de l'imposture scientifique. « Les gestes proviennent d'un contexte et d'un milieu social, s'insurge-t-il. Leur signification est conjecturale, contextuelle et culturelle, en fonction de l'interaction avec la ou les personnes qui vous font face. Se gratter l'oreille peut avoir des dizaines de significations différentes suivant les cultures et la situation. Il n'existe pas de langage secret du corps qui dévoilerait nos intentions. » Et de stigmatiser les dérives de cette « dictature gestuelle, un pur business qui évince le discours » et peut entraîner la déroute d'un bon candidat pour « délit de sale geste ».

Philippe Turchet admet que, si les gestes sont révélateurs d'un état d'esprit, ils se manifestent pour le traduire et non pour le trahir. On peut être mal à l'aise, naturel et sincère. Inutile donc de chercher à les contrôler, au risque de perdre toute personnalité et toute authenticité, en affichant une face impassible de bouddha. Turchet signale au passage les effets désastreux du lifting ou du Botox, qui figent les expressions hors contexte, nuisant à toute empathie. De même qu'il épingle la gestuelle trop parfaite de Ségolène Royal, désireuse d'afficher une force tranquille à la Mitterrand, et n'osant plus bouger, ce qui est contre-productif. Tel n'est pas, selon lui, le cas de Nicolas Sarkozy, rendu « plus humain » par une « faconde gestuelle » (et notamment les mouvements d'épaules) révélatrice de ses tourments. « Sans entrer dans la surinterprétation, sans singer les bons gestes, ou censurer les mauvais, il faut simplement être conscient qu'une impression se dégage de notre gestuelle, conclut Patricia Gleville. Elle a un impact sur le public. Quoi de plus naturel que de s'y intéresser pour améliorer les échanges et être mieux compris. » Tout en restant soi-même...

A CORAGEM DA CURA


Apesar de tudo o que se fala sobre o Brasil, dos pobres e dos ricos, acho que o nivel e a excelencia dos medicos, mesmo em hospitais publicos como por exemplo o HC de Sao Paulo é excelente. Ei infelizmente fiquei doente aqui 2 vezes e 2 vezes consegui me recuperar graças à ajuda dos medicos, uma ajuda professional e humana que na Italia infelizmente falta.
Na Folha de Sao Paulo de hoje saiu este depoimento que achei muito importante. A força da doença de um lado, a força de nossa alma do outro. O equilibrio fica no mei o e cada dia é uma negociaçao com a vida.

POR FOLHA DE SAO PAULO

MINHA HISTÓRIA
CRISTINA DE BARROS, 43

Pedalando atrás da cura
...Fui mordida pelo bicho do cicloturismo, sabia que iria viajar mais... Foi quando o exame de rotina detectou o câncer de colo do útero... Fizeram um corte de 30 cm na minha barriga, fui virada do avesso, mas deu tudo certo

Marisa Cauduro/Folhapress

A professora de educação física e ciclista Cristina de Barros na USP, onde costuma treinar

RESUMO
Há cinco anos, a professora de educação física Cristina de Barros foi operada de um câncer de colo do útero. Sete meses meses depois, retirou um ovário, por causa de um cisto hemorrágico. Para comemorar a cura, ela acaba de percorrer 2.700 km de bicicleta, unindo as capitais do Sudeste e divulgando a importância dos exames preventivos.

...Depoimento a

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Acabei de voltar de uma viagem de bicicleta passando por todas as capitais do Sudeste brasileiro. Fiz o trajeto, de 2.700 km, sozinha, para comemorar a cura de um câncer no colo do útero, operado há cinco anos.
Eu não pedalava para valer até 2000, quando me divorciei. Depois da separação, eu estava naquela de pensar: "não sei se me caso (de novo) ou compro uma bicicleta". Naquele momento, achei melhor comprar a bicicleta.
Comecei a pedalar no meu bairro, nos parques Ibirapuera e Villa-Lobos e na USP, que é perto da minha casa. Sou professora de educação física, gosto de esporte, resolvi unir o útil ao agradável.
Conheci a trupe da bike, ouvi falar do cicloturismo e quis experimentar. Eu adoro viajar. Minha primeira viagem de bicicleta foi o Caminho do Sol, de Santana do Parnaíba a Águas de São Pedro, no Estado de São Paulo. São 250 km pedalando.
Eu amei de paixão, fui mordida pelo bicho do cicloturismo, sabia que iria viajar mais. Foi quando, no exame ginecológico de rotina, o teste de Papanicolau detectou o câncer de colo do útero.
Esse câncer é assintomático, se você não faz o exame preventivo pode ficar anos sem saber que tem a doença. A sorte é que descobri logo, peguei o bicho no laço.

VIRADA DO AVESSO
Foi em agosto de 2005, eu estava com 38 anos. Um mês depois fui para a mesa de cirurgia. Retiraram todo o útero. Eu não tenho filhos, mas não faz mal, tem tanta criança aí para ser adotada.
Na cirurgia, fizeram um corte de 30 cm na minha barriga, fui virada do avesso, mas deu tudo certo. Difícil foi a recuperação.
Fiquei um mês sem poder sair da cama e mais três meses sem fazer atividades físicas. Uma tortura para mim, que sempre fui muito ativa. Quando estava recomeçando, fazendo caminhadas leves, tive um cisto hemorrágico em um dos ovários.
Eu ia completar sete meses da primeira operação e fui para a mesa de cirurgia de novo. O ovário estava inchado, os médicos não sabiam se era decorrência do câncer.
Mesmo assim, eu não fiquei preocupada com a cirurgia. Mas a recuperação me preocupava. Foram mais quatro meses de molho.
Certos dias, eu tinha de me jogar da cama para fazer alguma coisa. Eu não queria nem acordar.
Mas acho que 90% da recuperação depende da gente, 10% da medicina. Se isso é algo comprovado, eu não sei. Mas acreditei nisso, e brigava comigo mesma para sair de casa, andar de bicicleta.
Cheguei a perguntar para a médica se tinha um comprimidinho para levantar o astral. Ela me disse que até tinha, mas que, para mim, pedalar era o melhor remédio.
Então eu ia. Pegava a bicicleta e falava "não gosto de você", mas pedalava. No final de 2006, eu já tinha retornado ao ciclismo.

CAMINHO DE SANTIAGO
No início de 2007, comecei a programar uma viagem para Santiago de Compostela, em julho. Como dava aulas para o primeiro e segundo grau, precisava ir na época das férias escolares.
E como o Caminho de Santiago é para ser feito a pé, a cavalo ou de bicicleta, eu já sabia como faria o trajeto.
Procurei uma equipe esportiva para fazer o treinamento. Eles são especializados em triatlo e eu queria fazer turismo, nada de competir. Mas treino é treino, você tem que se preparar física e psicologicamente.
Menos de dois anos depois da segunda operação, coloquei a bicicleta no avião e fui embora. Comecei a trilha na França. No quarto dia, caí e quebrei uma costela.
Mas continuei pedalando os 700 km até Compostela. Eu não tinha atravessado o oceano inteiro para voltar quatro dias depois.
Nesse tipo de viagem, fatalmente as notícias correm. Então muita gente vinha falar comigo. Você é a tal Cristina, brasileira, que quebrou a costela e teve câncer?
A pergunta clássica era: "está pagando promessa?". Não, acho que você não barganha com o Céu. Não barganhei, mas agradeço sempre, da hora em que acordo à que vou dormir.
Tudo bem, fiz a minha parte. Eu contava que tudo deu certo também porque eu peguei o câncer no começo, por fazer sempre os exames preventivos. Comecei a divulgar a importância desses exames intuitivamente, por acaso. Eu não tinha viajado para isso, estava de férias.
Mas a ideia estava surgindo. No ano seguinte, 2008, um amigo meu sugeriu um projeto: pedalar por um mês registrando histórias de superação das pessoas encontradas no caminho.
Foi bárbaro, mas ainda não era exatamente o que eu tinha pensado: falar sobre a importância dos exames preventivos.

E.T. DE CAPACETE
Tirei um ano sabático e fui fazer a Estrada Real, em Minas Gerais. Um carro de apoio me acompanhou, dirigido na primeira parte por um amigo e na segunda, por minha irmã.
Agora, imagine surgir no sertão de Minas Gerais essa figura com capacete. Eu era um verdadeiro ET. Claro que as pessoas ficavam curiosas e vinham conversar comigo. E assim que davam uma brecha, eu falava sobre prevenção, não só para câncer, mas para coração, pulmão, tudo.
Eu sou a prova viva de que vale a pena se cuidar. Não que eu queira ser a salvadora do mundo, é uma responsabilidade muito grande. Mas se chega alguém todo suado, segurando uma bicicleta, é mais fácil as pessoas ouvirem e acreditarem.

CURADA
Tenho amigos que dizem que eu sou rodada, falada e aventureira. E, em 2010, curada. A aventura deste ano precisava ser especial. Os protocolos da medicina dizem que só depois de cinco anos você pode afirmar que se curou do câncer.
Pela primeira vez, fui viajar já com palestras programadas, para falar da prevenção. Foram cinco, além de todas as conversas informais sobre o assunto.
O trajeto é o mais longo que já fiz, 2.700 km. Mais de 2.000 pedalando mesmo. Em trechos mais perigosos, peguei carona. Eu gosto de desafios, mas também sei respeitar meus limites.
Agora, pretendo escrever um livro sobre minhas viagens. E pedalar, claro.
Quero fazer o caminho de São Francisco de Assis, na Itália. E o Tour de France. Não para competir, só para completar o trajeto. Ou, quem sabe, unir de bicicleta todas as capitais do Brasil.

mercoledì 18 agosto 2010

Cangaceiro, um assunto delicado

Achei este capitulo da historia brasileira muito interessante e completamente novo para uma europeia como eu


POR ESTADAO
Mais dois livros sérios devolvem, ao cangaço, lugar de honra na academia


O cangaço, um dos mais importantes fenômenos sociais brasileiros, mais uma vez volta a chamar a atenção da historiografia nacional. Os livros Os Cangaceiros, Ensaio de Interpretação Histórica, de autoria do historiador Luiz Bernardo Pericás, e O Outro Olho de Lampião, do jornalista Artur Aymoré, cada um em uma perspectiva diferente, jogam mais luzes sobre este tema, quase sempre tratado com algum menosprezo pela academia.

O livro de Pericás, por exemplo, deve se tornar clássico do assunto em pouco tempo. Em seu trabalho, construído entre viagens a vários Estados nordestinos, um ano de pesquisas na Universidade do Texas, nos EUA, considerado um dos maiores centros de estudos sobre o Brasil no país, e leitura de toda a principal bibliografia sobre o assunto, Pericás disseca, com grande rigor histórico, a trajetória de personagens como os chefes do cangaço Lampião, Antonio Silvino, Sinhô Pereira e Corisco.

Ao contrário da maior parte da bibliografia existente, baseada em um caráter basicamente narrativo e com linguagem literária, ele utiliza documentação nova e faz a análise criteriosa, com rigor científico de historiador atento a sua época, do assunto.

Notícias. Na obra de Aymoré, jornalista com passagem por vários veículos, entre os quais o Jornal do Brasil e a Última Hora, o enfoque é outro: ele analisa no trabalho, fruto do seu mestrado em Comunicação Social na Universidade de São Paulo (USP), as notícias sobre Lampião publicadas em jornais nordestinos e do Sul/Sudeste, inclusive o Estado. A visão é visceralmente diversa: nos veículos nordestinos, Virgulino Ferreira é retratado como a "fera do Sertão", enquanto nos de São Paulo e Rio, os bandoleiros eram vistos, majoritariamente, como vítimas de um sistema social injusto, baseado no poder absoluto do coronel.

Aliás, neste aspecto reside a principal discrepância entre as duas obras: escritor de esquerda, biógrafo de Che Guevara e de José Carlos Mariátegui, pensador peruano considerado o "pai" do marxismo latino-americano, Pericás, que dedica um capítulo de sua obra à análise da relação entre Lampião e os comunistas brasileiros, vê como "ingenuidade" considerar o bandoleiro nordestino e seus sequazes como bandidos sociais, a exemplo do defendido pelo historiador Eric Hobsbawn, cujo livro Bandidos acaba de ser republicado.

"A população civil é que estava no meio do fogo cruzado entre os cangaceiros e as volantes (grupos móveis de policiais que perseguiam os bandidos). Quando poderia ter se juntado à luta contra o sistema social injusto, Lampião escolheu enfrentar Luiz Carlos Prestes que, realmente, combatia o regime", afirma. Ele refere-se ao famoso episódio de 1926, quando o bandoleiro foi armado pelo governo para enfrentar a Coluna Prestes, que percorria o Nordeste no período, ganhando a patente de capitão das chamadas Forças Patrióticas, na verdade um ajuntamento de jagunços e bandidos que combateu os militares de Prestes.

Vítimas. Aymoré, por sua vez, tem uma visão um pouco mais romântica do cangaceiro. Em sua visão, Lampião e seus bandoleiros eram, realmente, bandidos sociais, vítimas da opressão contra a qual teriam lutado. "Lampião protagonizou a mais longa e épica de todas as revoltas sangrentas já surgidas no Brasil. Considerado bandido pela imprensa brasileira, lutava por justiça social e contra um regime de opressão", define logo na introdução. Na verdade, o bandoleiro aliou-se, sempre que pôde, a alguns dos mais reacionários coronéis nordestinos. O ensaio de Pericás está fadado a ser comparado, dentro do tema, ao clássico Guerreiros do Sol, violência e banditismo no Nordeste do Brasil, do sociólogo e historiador Frederico Pernambucano de Mello, considerado o mais sofisticado estudo sobre a violência no chamada Brasil profundo nos últimos anos.


MOACIR ASSUNÇÃO É JORNALISTA DO ESTADO E AUTOR DO LIVRO OS HOMENS QUE MATARAM O FACÍNORA, A HISTÓRIA DOS GRANDES INIMIGOS DE LAMPIÃO (RECORD)

lunedì 16 agosto 2010

Falta de informação dificulta cuidados da família com idosos

Sou muito sensivel à este tipo de assunto.
Qualquer sociedade civil teveria que garantir o minimo. Nem sempre acontece

POR A FOLHA DE SAO PAULO
DANIELA MATA MACHADO

Situação é cada vez mais comum, mas ajuda ainda é feita sem orientação e deixa parentes sobrecarregados
Segundo estimativa do Ministério da Saúde, 20% das pessoas com mais de 60 anos têm a saúde comprometida


Desde que o pai da professora de inglês Nara Cunha sofreu um derrame, em setembro passado, a vida dela e de suas três irmãs tornou-se uma rotina de cuidados, realizados em regime de revezamento, conforme a disponibilidade de cada uma delas.
Segundo estimativa do Ministério da Saúde, 10% da população brasileira já chegou à terceira idade e cerca de 20% desses idosos têm algum comprometimento e necessitam de cuidados.
"Com o aumento da expetativa de vida, cuidar de um idoso se tornará algo tão comum quanto ter filhos. Ainda assim, esse tema é pouco explorado. Faltam orientações sobre o assunto para quem cuida", diz Ângela Maria Machado de Lima, médica sanitarista e professora da USP, que acaba de lançar o livro "Cuidar do Idoso em Casa" (ed. Unesp, 204 págs., R$ 25).
O tema foi debatido em mesa redonda durante o último Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado em Belo Horizonte.
O esquema de revezamento estabelecido na casa da professora é a melhor maneira de uma família cuidar de seus idosos, segundo Sônia Maria da Rocha, professora de pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, que coordenou a discussão sobre esse assunto no congresso.
Assim, ninguém se sente sobrecarregado e o idoso tem a atenção de que necessita. "Um cuidador sobrecarregado dificilmente solicita ajuda. Em geral, ele espera que os outros percebam que ele precisa dessa ajuda."
Para cuidar dos pais, o ex-comerciante Geraldo Batista da Cunha e Ernestina Matilde da Cunha, ambos de 74 anos, Nara e suas três irmãs se orientam pelas informações dos médicos e pelas dicas de vizinhos e amigos que já passaram por situações semelhantes. "Cidade pequena tem dessas coisas. As pessoas se ajudam", diz Nara, que mora em Pedro Leopoldo (46 km de Belo Horizonte).
O Ministério da Saúde tem lançado material de apoio para quem tem idosos em casa. O "Guia Prático do Cuidador", com orientações sobre higiene, dieta e outros assuntos está na página http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes, no link "Atenção à Saúde".
Apesar de alguns idosos preferirem ser institucionalizados, para não depender de filhos e outros parentes, a maioria escolhe ficar em casa, mesmo que a família tenha capacidade limitada para realizar certos procedimentos. "O idoso é muito grato", diz Sônia.

sabato 14 agosto 2010

Parascevedecatriafobia

FROM BLOG DO CARLOS ORSI
ESTADAO
Parascevedecatriafobia, embora não conste nem do Aurélio e nem do Houaiss, é a palavra que descreve o medo irracional de sextas-feiras 13. Como sói acontecer no caso de palavras longas e enroladas, a culpa, se não é dos alemães, é dos gregos. O vocábulo vem de “parasceve” (sexta-feira, ou mais exatamente, “véspera do sábado”), “decatria” (treze) e “fobia” (medo).
Não se trata de um assunto tão trivial quanto possa parecer: estudo realizado por economistas de Hong Kong sobre o preço das superstições estima que a aversão à sexta-feira 13 custa algo entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões à economia dos Estados Unidos, a cada vez em que a infeliz conjunção aparece no calendário.
E a conjunção não só não deixa de aparecer, como ainda é uma das mais comuns que existem: o livro Nonplussed!, do matemático Julian Havil, traz um capítulo inteiro dedicado a demonstrar como, no calendário gregoriano (o nosso), é mais provável que o dia 13 do mês caia numa sexta-feira do que em qualquer outro ponto da semana.
A prova completa é detalhada demais para caber aqui no blog mas, feitas as contas, conclui-se que quase 15% de todos os dias 13 caem em sextas-feiras, contra uma média de 14% para os demais dias da semana. O segundo dia mais provável para receber o número 13 é a quarta-feira. O dia menos provável é o sábado.
Sabendo-se em que dia da semana cai o 1º de janeiro, é obviamente possível prever quantas sextas-feiras 13 um determinado ano terá, e em que meses. O mínimo é uma (sim, não existem anos sem sexta-feira 13!) e o máximo, três.
Embora as pessoas aqui no Brasil considerem a sexta-feira 13 de agosto especialmente sinistra, se o ano, como 2010, não for bissexto, ela é também a única. O que deve servir como fonte de alívio. Em anos bissextos, a sexta-feira 13 de agosto é sempre prenunciada por outra, em fevereiro.
Outbreak!, uma curiosa enciclopédia que registra ocorrências de histeria de massa e comportamento irracional coletivo, não traz nenhum verbete sobre sextas-feiras 13. Já o Dictionary of World Folklore atribui a superstição a raízes cristãs: Jesus foi crucificado numa sexta-feira, e a última ceia teve

venerdì 13 agosto 2010

Why We See Spirits and Souls


FROM BIG QUESTIONS ONLINE


Why We See Spirits and Soul.

Uunderstanding the neurobiology of religious belief is a far cry from explaining it away.

By Michael Graziano

Scientific anti-theism began, arguably, with Thomas Huxley, the 19th-century champion of the theory of evolution who styled himself “Darwin’s bulldog.” Huxley advocated improving the Bible by removing “statements to which men of science absolutely and entirely demure.” Since then, the view that science should correct people’s mistaken religious beliefs, and even more so that science is fundamentally antithetical to religion, has grown in popularity. It is now championed by influential public figures like Richard Dawkins and Christopher Hitchens.

A primary basis for scientific anti-theism is that much of religion can potentially be explained by science. The philosopher Daniel Dennett sees religious belief as a non-adaptive byproduct of other developments in our evolution. The anthropologist Pascal Boyer finds the foundation of religion in our psychological readiness to accept vivid, memorable tales about the world around us. Even more threatening to traditional understandings of religion is the emerging neuroscience of human consciousness. The molecular biologist Francis Crick (co-discoverer of DNA) argued that human consciousness — and thus the soul, so to speak — is nothing more than an emanation of our neuronal machinery. A more recent analogy holds that the software of the mind cannot exist independently of the physical hardware of the brain. For many advocates of these views, religion thus comes tumbling down, its fundamental tenets “explained away.”

But I’m not so sure. I’m a neuroscientist and also an atheist, but I’m not an anti-theist. I find religion to be a fascinating human psychological and cultural phenomenon and see no reason to try to eradicate it (not that it could be eradicated ). Nor do I believe that science — and neuroscience in particular — can somehow persuade people that religion is nonsense.

To explain something is not the same as to explain it away. Neuroscientists can explain much of gustatory perception. We understand in great detail the interrelated functioning of receptors in the tongue, the neurons that carry the signals, and the centers in the brain that receive the information. But explaining taste has not rendered it obsolete. No one has responded to these discoveries by giving up on delicious food.

Neuroscience can indeed explain, in a general way, some widely shared aspects of religious belief and behavior. Our brains possess specialized machinery that allows us to be socially intelligent: we are primed to think about, believe in, and even “feel” the presence of conscious minds. From this perspective, it is no accident that most religious traditions include a set of beliefs about conscious entities that exist inside of people (the soul) or that exist independently of physical bodies (ghosts, angels, spirits, gods).

Cognitive neuroscientists such as Nancy Kanwisher and Rebecca Saxe at MIT have found that social cognition depends on a set of structures mainly in the right hemisphere of the brain. When we interact with another person, that machinery brings together our prior knowledge with facial expressions, body language, spoken words, and other information to construct a model of the other person’s mind (what neuroscientists call a “theory of mind”). We experience this model as though we are sensing the other person’s emotions and intentions.

Without that specialized machinery, we would be socially blind. We would be oblivious to other people’s conscious minds. With that social machinery in place, we are prone to see minds everywhere — in ourselves, in other people, and floating in the spaces around us as ghosts and spirits. Factually speaking, spirits are projections of the brain. They are, as an anti-theist might say, merely constructs of our social intelligence.

But there is a problem with that “merely.” Consider human consciousness, which is evidently no less a construct of the brain. In my own work, I have proposed that human consciousness is a social perception. Just as we perceive motives and emotions and awareness in other people, so we perceive the same properties in ourselves. The machinery in the brain that is used to understand other minds may be used to understand our own minds as well.

If consciousness is merely a construct of our social machinery, and therefore not a real thing independent of the brain, does that mean we should ignore it and relegate it to the category of nonsense “explained away” by science? Can we dismiss conscious self-awareness from our minds? Perhaps perceptions have a validity of their own, even if they are purely constructs of the brain and do not correspond to a concrete reality.

One of the strangest insights to emerge from neuroscience is the distinction between perception and reality. We experience our perceptions, not reality. Ever since the cortical physiology of color was first explored in the 1960s by David Hubel and Torsten Wiesel, physiologists have understood that color does not exist in any absolute sense. Wavelengths of light exist, but the colors that we perceive as green and blue do not correspond in any simple way to these wavelengths. Color is a relative property. It depends on the eye’s sampling of wavelengths from many surfaces over an entire visual scene and the brain’s comparison of one surface to another. The same wavelength might look green in one visual scene, red in another, gray in a third.

But no one thinks that, on the basis of these findings, color has been “explained away” or shown to be false. When we observe wavelength, we perceive it as color. When we observe a brain actuating a body, we perceive it as a conscious entity. Both have a “real” side and a reconstructed, perceptual side. We live and move and act in the world of our perceptions and must take them as they are.

Much of the modern clash between science and religion focuses on questions about whether God exists independently or is a construct of the brain and whether the soul lives on after the body or ends when the brain dies. Are these crucial religious questions? I would argue that they are not. For the vast majority of people, religion is a way of life. It is about community and music, place and food, comfort and emotional support. It is, like all of human culture and experience, a function of our peculiar neurobiology, and we should try to appreciate it as such.

Michael Graziano is a professor of neuroscience in the psychology department at Princeton University and the author of God, Soul, Mind, Brain: A Neuroscientist’s Reflections on the Spirit World.

Women Feel More Pain Than Men


FROM DISCOVERY.COM


Women experience more chronic pain and they're less tolerant of the pain than men, according to a new review of research.

By Emily Sohn

Women feel more pain and have a harder time coping with pain than men do.
Pain management strategies of the future might be more individualized and gender-based.

"Globally, women have more chronic pain than men, more recurrent pain, they are more likely to have multiple sources of pain, and they are definitely neglected as it relates to treatment," said Jennifer Kelly, an independent psychologist in Atlanta.

Kelly presented a review of research on gender and pain today at a meeting of the American Psychological Association.

Along with findings that a combination of genes, hormones, emotions and even social roles influence the experience of pain, accumulating evidence suggests that doctors might some day personalize the management of pain, based on the genders of their patients. For now, scientists are still struggling to understand the nuances of chronic pain, which is notoriously hard to treat.

"What I learned from all of my research is that you should treat women differently than men," Kelly said. "We have to get women to see this as something they can manage instead of it having some kind of power over them."

For years, studies have suggested that women and men differ in how they experience pain. As Kelly pulled together the literature, she found that those differences to be both real and dramatic.

A variety of chronic and painful conditions, for example, are far more common in women, including migraines, rheumatoid arthritis, irritable bowel syndrome, and fibromyalgia -- which affects at least four times more women than men. Women are less tolerant of pain. Their pain lasts longer. And they are more likely to become disabled by it.

"What's interesting is that there are gender differences across a lot of different measures of pain," said Beverly Thorn, a psychologist at the University of Alabama in Tuscaloosa. "It holds for acute pain, experimental pain, recurrent pain like migraines, and chronic pain like in the lower back."

Hormones play a part, as many symptoms worsen around that time of the month. Other biological differences come into play, too. Certain painkillers work better in males, at least in animal studies. And women experience more side effects from pain medicines.

But a significant portion of the gender imbalance may come from social and psychological factors. Multiple studies have found that women are more likely to get depressed as a result of chronic pain, and they have a higher tendency to catastrophize, Thorn said.

They think, "Oh my God, this is the most terrible pain I've ever had. I can't stop thinking about it and there's nothing I can do," she said. "There is helplessness, magnification and rumination."

In experiments that challenged people to hold their hands in ice-cold water, one of Thorn's students found that people who tolerated the pain longer were less likely to have catastrophic thoughts and less likely to have emotionally vulnerable personalities. Emotional vulnerability is a traditionally feminine trait, Thorn said, and even women who play traditionally masculine sex roles have higher levels of pain tolerance and feel pain less intensely.

What was particularly interesting about the ice-water experiments, Thorn said, was that the men, who tended to be more pain-resistant, actually had higher levels of stress hormones and higher spikes in blood pressure.

At first, the researchers thought this meant that the men were acting more macho -- feeling more stress internally but defying it outwardly. But then other research linked higher blood pressure with lower responsiveness to pain, suggesting that physically, the men's experience really was different.

"I say that to point out," Thorn said, "that this is a really intricate collaboration among biological, social and psychological factors."

Acting macho, she added, is not going to help women cope with pain like men do. Instead, they need to accept the pain and learn how to think about it as something they can live with instead of something they're trying to defeat. Multidisciplinary therapy can make a big difference.

"At the end of their treatments," Thorn said, "my patients say, 'I still have the pain. But the pain doesn't have me.

martedì 10 agosto 2010

NAO PERCA! AULA SOBRE AS MENTIRAS NO TRABALHO!!!

Amanha, 11 de Agosto, segunda aula do primeiro curso no Brasil de linguagem corporal para disfarçar as mentiras. O tema da aula é TRABALHO, como descubrir si seu foncionario o seu diretor està mentindo e como voce reagir.
LIVRARIA CAPITULO 4, RUA TABAPUA 830- ITAIM BIBI às 19h30 vagas limitadas !!!!





UMA NOVA FILOSOFIA DE VIDA


Scuppie é nova filosofia de vida


Eles vivem bem. São pessoas abastadas. Mas querem aprender a gastar, gastar "conscientemente". Felizes conscientes. Eco-mauricinhos, diz
com ironia um jornalista veterano. O neologismo scuppie agrupa os indivíduos que, segundo suas próprias palavras, desejam "viver bem enquanto fazem o bem".

Chuck Failla era diretor de uma grande empresa de planejamento financeiro com escritórios em Manhattan, e também comentarista de assuntos econômicos em diversos meios de comunicação. Entre eles, os informativos da CNN. Foi ele quem teve a ideia do chamado Manifesto scuppie, cuja filosofia pode ser encontrada em www.scuppie.com.

Embora contraditória para alguns, a palavra é um acrônimo resultante da expressão "socially conscious upwardly-mobile person" (algo como pessoa ambiciosa socialmente consciente), e surgiu quando Chuck Failla colaborava com o cantor Bono num projeto de ajuda social.

Quais são os requisitos para ser um scuppie? O que há de especial nessa legião de pessoas conscientes? Segundo o manifesto, eles usam roupas orgânicas - que podem ser 100% algodão, produzidas, é claro, por empresas livres dos circuitos de exploração. Alimentam-se de forma saudável, amam a soja pura e o arroz integral e respeitam o meio ambiente sem sentir que "sacrificam" sua vida por um paraíso verde. E tudo, isso sim, sem renunciar gastar.

"Não é obrigatório escolher entre a velocidade de um carro e a economia de combustível. As duas coisas podem ser combinadas - diz o documento, que tem como lema o conforto e a conservação. Luxo e continuidade. Em seu interior, há um ponto asceta e verde. Reciclam, usam sacolas de papel ou pano - nunca de plástico - e não desperdiçam água. "Ainda que você tenha dinheiro não tem porque ignorar a
realidade. Pode agir de acordo."

Parece que para reconhecer um scuppie basta entrar em sua casa, olhar a disposição da mesa de trabalho e saber o menu que preparou para a ceia de fim de ano. É possível distingui-lo pelos meios de transporte que utiliza, o modo de encarar sua profissão ou o destino de suas férias. Porque nunca dará rosas tingidas de azul, lençóis de poliéster ou produtos reconhecidos como tóxicos. Porque educará seus filhos com um conhecimento universal e alguma filosofia para economizar, mesmo
que continue vivendo com mais do que precisa.

O modelo escolhido - da alta sociedade - é o casal Angelina Jolie e Brad Pitt. Com filhos biológicos e adotados, grandes desafios profissionais e familiares, um compromisso social público e contínuo, eles estão envolvidos em campanhas de ajuda social, mas instalados no bem-estar. Jolie é embaixadora da boa vontade do Alto Comissionado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e parece que seu marido se
contagiou por essa vontade solidária.

Os scuppies são pessoas definitivamente bem informadas, que tomam partido e fascinam o público com seu modo de vida, ainda que alguns os vejam como ativistas e outros apenas como mentes arrependidas que não pensaram no aquecimento global há duas décadas.

Como Failla teve a ideia do Manifesto Scuppie? Um dia, em seu escritório, depois de uma conversa telefônica, um colega de trabalho perguntou se ele havia conseguido um novo cliente. "Respondi que sim, que era o cantor Bono e eu iria ajudá-lo num projeto para pessoas sem teto. E enquanto eu falava, ele não parava de olhar com ceticismo para
o meu Armani e o meu Rolex". Faila se questionou então se não era possível querer ascender profissionalmente e, ao mesmo tempo, ser socialmente consciente. "Ainda que eu ganhe dinheiro - responde Chuck Failla - não me esqueço que vivo em comunidade. Sei que devo envolver-me nas lutas pelo meio ambiente e contra a injustiça social.

Estudo liga sono pesado a ritmo cerebral



Quem consegue dormir em ambiente barulhento tem um padrão de atividade no cérebro que bloqueia ruídos

Picos de oscilações frequentes, chamados fusos do sono, podem criar isolamento contra estímulos externos

RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

Tem gente que consegue dormir no meio de um tiroteio ou show de rock, tem quem acorde com uma colher de café caindo no chão.
Uma equipe da Escola de Medicina da Universidade Harvard testou 12 voluntários saudáveis e verificou que era possível prever a capacidade de um indivíduo de manter o sono, mesmo sujeito a barulho crescente, de acordo com o ritmo da sua atividade cerebral medida por eletroencefalografia.
"Sono de qualidade é uma parte essencial da saúde. Mas o sono fraturado está perturbadoramente prevalente na sociedade, parcialmente devido a insultos de uma variedade de barulhos", escreveram os cinco autores na edição de hoje da revista "Current Biology", liderados pelo médico Jeffrey M. Ellenbogen, chefe da Divisão de Medicina do Sono do Hospital Geral de Massachusetts.
O ritmo que interessava é conhecido como "fuso do sono", vinculado a uma estrutura do cérebro chamada tálamo. Ele é responsável por enviar informações dos sentidos, incluindo sons, para outras áreas do cérebro.
"Dado que o cérebro bloqueia sons, e o tálamo está em posição para ser a estrutura potencial para fazer isso, e que ele gera os fusos do sono, nossa hipótese era de que se uma pessoa gera mais fusos do sono, ela teria maior probabilidade de continuar dormindo mesmo em meio ao barulho", disse Ellenbogen à Folha.
E foi o que aconteceu. Os voluntários que geraram mais fusos durante uma noite prévia quieta de sono toleraram melhor as duas noites seguintes, em que foram expostos a barulhos variados.
"Todos os participantes tinham sono pesado. Mas, mesmo entre essas pessoas, havia variação na maneira como seus cérebros lidavam com ruídos. Alguns dormiram durante todo o experimento, enquanto que outros acordavam muito, mesmo que por pouco tempo."

SONO DO IDOSO
"Eles notaram uma alteração biológica em quem tem o sono mais estável", comenta a pesquisa o pediatra brasileiro Gustavo Antonio Moreira, especialista em medicina do sono da Unifesp, e que fez doutorado nessa mesma área de estímulo sonoro.
"Com a idade, o sono fica mais leve, diminui a quantidade dos fusos, por isso os idosos acordam mais vezes de madrugada", diz Moreira. "O tálamo é como um relê elétrico que controla a conexão com o córtex cerebral, permitindo o repouso do cérebro durante o sono", diz.
Mas, ele nota, não se sabe ainda que tipo de atividade ou medicamento poderia aumentar o número de fusos do sono e com isso melhorar sua qualidade. "Talvez o exercício físico, mas isso ainda precisa ser pesquisado."

lunedì 9 agosto 2010

The big brain myth


FROM NEW SCIENTIST

Size isn't everything

by Alison Motluk

What's so special about the human brain? It turns out that we're no better endowed between the ears than you would expect for a primate of our size

OVERSIZED brains are to humans what trunks are to elephants and elaborate tail feathers are to peacocks - our defining glory. What would we be without our superlative, gargantuan, neuron-packed brains? Like Donald Trump without his towers, Simon Cowell without his sneering put-downs or Bridget Jones without her diaries. We would just be ordinary primates. Unquestionably smart ones, of course, just not special.

Uncomfortable as it is to contemplate, it is looking increasingly likely that our brains are not something to write home about after all. One group of researchers has scrutinised the primate archaeological record and concluded that the human brain has evolved just as would be expected for a primate of our size. Meanwhile, a biologist who has compared the number of neurons in the brains of all sorts of animals says there is nothing special about the human brain compared with other primates. No one is doubting the fact of human intelligence, but they say it can no longer be attributed to a "supersized" brain. Humans, apparently, are no more than ordinary primates with ordinary-sized brains.

These findings undermine a fundamental and long-standing belief about our place in the kingdom of life: that Homo sapiens is the greatest species ever to grace the Earth and that we have become the greatest because our brains are the best ever to have evolved. Admittedly, justifying this assertion has taxed our self-professed ingenuity. Clearly ours is not the biggest brain on the planet in absolute terms - whales and elephants outdo us by up to six times - but we counter this by arguing that bigger animals are bound to have bigger brains. And if you take body size into account our brain is exceptionally large, as much as seven times larger than those of other mammals (Science, vol 121, p 447). The underlying assumption is still that when it comes to intelligence, brain size matters. But does it?

Suzana Herculano-Houzel at the Federal University of Rio de Janeiro in Brazil decided to tackle our superiority complex head-on. "I was trained in evolution," she says. "I looked at the assertion about the human brain and how it's larger than expected and better. I thought: 'That can't be right'. Why do we believe that evolution applies to everybody except us?" She suspected that instead of being special, humans might just be part of a group of species that have particularly efficient brains.

Herculano-Houzel was struck by the fact that, although in general, bigger-brained creatures tend to be more versatile and creative, the correlation does not seem to hold up across taxonomic orders. Consider hoofed mammals - the ungulates - and primates. Cows and horses have brains four or five times larger than monkeys, but monkeys have abilities that are clearly more complex. Similarly, the capybara, a giant Amazonian rodent, cannot do with its 75-gram brain what a capuchin monkey can do with its more modest cerebral endowment of just 52 grams.

In the past, such differences were explained away by the fact that larger brains are attached to larger bodies, the assumption being that the bigger an animal, the larger the individual neurons in its brain, meaning fewer of them can be packed into any given brain volume. It was also assumed that the bigger the brain, the more space was taken up with the hardware for transmission in the form of longer, thicker and better insulated neural pathways. As a result, a 65-kilogram capybara might still have far less raw mental processing power than a 4-kilogram capuchin monkey.

Herculano-Houzel thought there might be more to it than that. She suspected that the brains of animals in different orders might be constructed along different lines. Going directly to the heart of the matter, she wanted to know exactly how many neurons are to be found in any given brain and whether human brains are exceptional within their order.

It is commonly stated that the human brain contains 100 billion neurons. However, when Herculano-Houzel tried to trace the origin of this "fact" she was astonished to learn that no one had actually counted them. "These were ballpark figures," she says. As for glia, the brain's support cells, rumour had it that in humans they outnumbered neurons 10 to 1. Again, no one had ever bothered to find out if this was true. This is partly because counting brain cells is a time-consuming business. Most people who have tried used the stereological method, which involves counting neurons in thin slices of brain, hoping the slices chosen have a representative number of cells, and then extrapolating the neuron content of the entire brain. Herculano-Houzel thought she could do better. She has a background in biochemistry and had seen other cell types quantified using a method called the "isotropic fractionator". She decided to apply the same technique to brains.

Her first brain came from a mouse. After fixing the brain with formaldehyde, she soaked it in a saline detergent solution, which broke down the cell membranes but left the nuclei intact. "Basically, I am turning fixed brains into soup," she says. After agitating the suspension to distribute the nuclei evenly, she took tiny samples and counted nuclei. Not only was the process quick - it took just 30 minutes - but she was confident her small samples were representative, because the nuclei had been evenly distributed. To figure out what proportion of the cells were neurons, she used a labelling antigen called NeuN, which reacts with and stains neuron-specific nuclear proteins. From there, she simply multiplied up from her sample size to the full volume of her brain soup (Proceedings of the National Academy of Sciences, vol 103, p 12138).

After the mouse, Herculano-Houzel studied a range of other rodents: hamsters, guinea pigs, rats, agoutis and capybaras. She found that as size increased, there were more neurons and more glia, and also that individual neurons got bigger. So among rodents it appears that bigger brains tend to have more raw processing power, and that body size is also a factor, with bigger animals tending to have bigger neurons and therefore requiring bigger brains. These findings reflect long-held assumptions about brain size. But would they extend to primates?

To find out, Herculano-Houzel first went through the same process with the brains of six different primates, including marmosets, owl monkeys, squirrel monkeys and macaques. As she had suspected, primate brains were different. Larger brains did not have larger neurons, for instance, and there were many more neurons per volume of brain than she had found in rodents, so even if a rodent brain and a primate brain were the same size, the primate brain would have more neurons. Put another way, if a rodent had the same number of neurons as a primate, its brain would be around six times the size. "That's one of our key findings," she says. "The rules are different."

Before applying the fractionator method to a human brain, Herculano-Houzel and her team made a prediction. Based on what they knew from the other primates they had studied, they estimated that a primate with the average human body mass of 70 kilograms should have a brain of about 1300 grams, containing about 90 billion neurons, not far off the oft-quoted 100 billion. When they did actual counts, using the brains of a 70-year-old and three 50-year-old males, they found they were pretty close: the brains weighed an average of 1500 grams and contained 86 billion neurons. "It's what you'd expect for a primate brain of this size," she says. The human brain, they concluded in a paper published last year, is nothing more than "a linearly scaled-up primate brain" (The Journal of Comparative Neurology, vol 513, p 532).

The human brain is nothing more than a linearly scaled up primate brain
Bigger is better?
That paper was the first blow to our self-declared specialness. Then, early this year, another paper, this time looking at the evolution of brain and body sizes among primates, came to a similar conclusion. "Human brains are not that unusual compared to other primates," says Nicholas Mundy at the University of Cambridge, who led the new research.

It is another dearly held belief that, as primates evolved, their brains got inexorably bigger, and that bigger meant better. In the first study to reconstruct brain evolution across all primates, Mundy and his colleagues evaluated evidence from 37 existing and 23 extinct primate species. They found that along most branches of the primate family tree, brains did tend to get larger, both in absolute terms and relative to body size. However, they were surprised to find that there were instances where brain size has declined within several lineages, including mouse lemurs, marmosets, mangabeys and possibly also humans - as suggested by the discovery in 2003 of Flores man, aka the "hobbit", whose brain was around one-third the size of ours (BMC Biology, DOI: 10.1186/1741-7007-8-9).

Mundy's analysis also suggests that we should be wary of invoking the ratio of brain to body mass as evidence of our cerebral superiority. When his team evaluated how body size evolved in primates, they found no overall trend. In some primates, such as gibbons and colobus monkeys, as their brains grew bigger, their bodies got smaller. In others, like the gorillas, brain mass grew but body mass grew a lot more. The team conclude that primate brains and bodies evolved in response to different selection pressures, so that their sizes are not necessarily correlated.

Herculano-Houzel, who has recently used her neuron counting technique to analyse orang-utan and gorilla brains, agrees. She found that they conform to the same neuronal scaling rules found in other primates, with a high density of neurons per volume and no increase in neuron size with body size. Where the great apes do differ from other primates, however, is that their bodies are bigger than you would expect for their brain size. Body size and brain size don't always evolve in lock-step, she concludes. So although a gorilla weighing about the same as a human has a brain just one-third of the size, it is actually the body size of the gorilla rather than the brain size of the human which is the outlier. "We've been emphasising the wrong thing."

It is the body size of the gorilla, rather than the brain size of the human, which is the outlier
Exactly what is the right thing to emphasise is a matter of debate. Over the years scientists have come up with numerous contenders in their attempts to explain human cognitive superiority. Some point to the neocortex, which in evolutionary terms is the newest part of the brain and is involved in higher functions including conscious thought. Studies of the neuroanatomy of living primates show that the human neocortex is significantly larger than expected for a primate of our brain size (Journal of Human Evolution, vol 37, p 191). Another contender is the cerebellum. A study that looked at 41 monkeys, 42 apes and 14 humans found that apes and humans show a striking increase in the size of the lateral cerebellum, a region implicated in cognitive tasks (Journal of Human Evolution, vol 44, p 401).

Then there are the glial cells. For years considered mere support cells in the brain, glia have recently been recognised for their important role in transmitting signals (Nature Reviews Neuroscience, vol 6, p 626). A study of Einstein's brain revealed that he had a higher glia-to-neuron ratio than the dead males doctors used as controls. This fits with a growing body of work suggesting that this ratio is associated with intelligence differences between species (Nature Neuroscience, vol 10, p 331). However, it is unclear how glial cells influence intelligence. What's more, despite the widely held assumption that humans have a glia-to-neuron ratio of 10:1, Herculano-Houzel's study found it to be more like 1:1.

All these explanations of human intelligence still assume that more is better, but that hegemony is now being questioned. Studies with insects, for example, suggest that the way a brain is wired up could be the key to intelligence (see "Well connected").

At least Herculano-Houzel's work should finally dispel the simplistic notion that size is all important. The number of neurons in a brain almost certainly matters more than mere brain size - which shouldn't be considered a proxy for neuron endowment any more, she says.

Well connected
The finding that big brains are not necessarily better (see main story) comes as no surprise to Lars Chittka of Queen Mary, University of London, who studies bees. Bees' brains are only 1 cubic millimetre with a mere million neurons, yet bees can build complex nests, take care of their brood, defend their colony and reach consensus about where to build a new home. One study has even found that they can learn faster than vertebrates, including human infants (Animal Learning and Cognition by John M. Pearce, p 11). Instead of marvelling at the bees' abilities, however, the researchers discarded the test as a measure of intelligence. "There may be good reasons to be uncomfortable with equating learning speed with intelligence," says Chittka, "but that large-brained mammals don't top the chart shouldn't be one of them."

He believes scientists have often been dismissive of insect abilities simply because insects have small brains. No one would seriously suggest that a smaller computer was an inferior computer merely because of its size, he says, yet that still seems to happen with brains. He argues that it is time to get beyond size and numbers of neurons and start looking at neural circuitry. Cognitive abilities such as numerosity, attention and categorisation - all found in insects - seem to require only small numbers of neurons. So it may turn out that brain size has less to do with cognitive capacity and behavioural repertoire than we have assumed (Current Biology, DOI: 10.1016/j.cub.2009.08.023). "We've gone as far as we can with size," he says.

Alison Motluk is a science writer and broadcaster based in Toronto, Canada

Bedroom Layouts Reflect Ancestors’ Preferences


FROM MILLER MCCUNE

German researchers find evolutionary logic behind the way we lay out our bedrooms.

By Tom Jacobs

As evolutionary psychologists persistently point out, vestiges of our prehistoric past often turn up in unexpected places. Newly published research suggests one of them may be your bedroom. A German study finds our preferences regarding the placement of bedroom furniture reflect the safety concerns of our distant ancestors. According to the paper, just published in the online journal Evolutionary Psychology, our choice of room layout is remarkably consistent with the physical environment prehistoric men and women preferred.

University of Munich psychologists Matthias Spörrle and Jennifer Stich conducted an experiment featuring 138 volunteers, divided in half between men and women. (Median age was just under 30.) Each was presented with one of four floor plans for a bedroom.

Half of the rooms featured a door that opened to the right; the others had a door that opened to the left. Half had a window; the rest did not. Participants were presented with movable symbols representing items of furniture — a bed, table and chair — and asked to arrange the room to their liking.

Spörrle and Stich were curious to see whether their choices would reflect an ingrained urge to feel safe from predators. Although our earliest human ancestors slept under somewhat different conditions — for one thing, they did not spend much time worrying about the thread counts of their linens — the researchers argue we think of our bedrooms “in a similar way as our ancestors might have perceived, for instance, caves and their entrances.”

They note that, for cave dwellers, nighttime safety “can be maximized by choosing a sleeping place that (a) allows one to detect a potential aggressor as early as possible, (b) allows one to remain hidden from the aggressor as long as possible, and (c) allows for maximum reaction time in case of an attack.” Are our design choices driven by those same ingrained needs?

The study suggests they are indeed. Spörrle and Stich found 83 percent of the participants “positioned the bed in such a way that it offered a view of the door from the resting position,” allowing them to quickly recognize an intruder.

Seventy percent of the participants “positioned the bed to the wall opposite the door without leaving space between bed and wall,” they report. “Hence, a significant majority of the participants chose the maximum possible distance between bed and door.”

Finally, 74 percent positioned the door on the left side of the room if the door opened to the left, while 64 percent positioned it on the right side of the room if the door opened to the right. This placement allows those in bed to detect when the door is opened “without being immediately visible to the person entering the room.”

The evolutionary roots of these preferences are clear enough: Early men and women who adopted this safe-sleeping approach were more likely to survive and reproduce, so we are effectively their ancestors. But are there other, more mundane explanations for these likes and dislikes?

Spörrle and Stich argue such preferences are “difficult to explain purely in terms of considerations of functionality.” They grant that positioning of the bed might “be influenced by intentions to avoid a draft” emanating from the room’s entrance. But moving the bed as far from the door as possible, and choosing to sleep at the side of the room to which the door opens, are both “counter to convenience,” since they result in “a longer walk to open the door.”

Eye-opening stuff, to be sure, especially since this appears to be the first study to ever examine this issue. One question remains, however: Do these evolutionary imperatives overlap with the ancient – and trendy – precepts of Feng Shui? Comparing the two could make for a fascinating follow-up.

Human brains have 'Life of Brian' mechanism


FROM NEW SCIENTIST

In A classic Monty Python moment, a chirpy, long-haired man on a crucifix urges others around him in a similar predicament to cheer up. Now neurologists have discovered what might be described as a "Life of Brian" brain mechanism that encourages us to look on the bright side of life - even when confronted by thoughts of mortality.

Shihui Han of Peking University, China, found activity in brain regions that normally deal with negative emotions and self-awareness are dampened when we process ideas about death. Han and colleagues placed 20 volunteers in functional MRI brain scanners while death-related words, such as graveyard, corpse, behead and slay, flashed up on a screen. Neutral and negative words were also displayed.

Unsurprisingly, words related to death activated brain areas already known to process unpleasant or threatening notions. More interestingly, they were associated with comparatively lower activity in the insula and the mid-cingulate (Neuropsychologia, DOI: 10.1016/j.neuropsychologia.2010.07.026).

The insula is associated with sense of self and awareness of sensations and movement. Further tests showed that the more participants associated specific words with death, the lower the activity in the insula. Damage to this region is associated with reduced emotional awareness and expression, sometimes resulting in socially inappropriate behaviour.

The mid-cingulate plays a role in regulating emotions and generating motor responses to threatening or emotionally unpleasant stimuli. People with smaller than average mid-cingulates are at increased risk of depression and attention deficit hyperactivity disorder.

"This study is interesting in that it looks at the awareness of death - a uniquely human quality," says Philip Servos, a cognitive neuroscientist at Wilfrid Laurier University in Waterloo, Canada. "It's not surprising that we have the ability to suppress our emotions in this context. What is unexpected is that it is expressed in these two relatively archaic structures in the brain."

domenica 8 agosto 2010

Ler gestos pode ajudar na hora de identificar inimigos


"Como Identificar as Pessoas Pelos Gestos"
Autor: Joseph Messinger
Editora: Principio

Linguagem corporal ajuda a deduzir personalidades à nossa volta

Atenção com o senhor das mãos carnívoras. Também com o outro da mão do diabo. Ou ainda, o da mão mole. Pois basta um inocente cumprimento de boas vindas e, ops, eles se revelam. Na sua frente, sorrindo enquanto balançam sua mão em um aperto, pode estar um inimigo oculto, um falso, um bisbilhoteiro, um manipulador. Para detectar de imediato as intenções maléficas desse pessoal, o psicólogo Joseph Messinger reuniu em um livro todos os segredos de "Como Identificar as Pessoas pelos Gestos" (Principio).

Donos de corpos tagarelas, em nós tudo fala, mãos, braços, pernas, pés, quadris, olhos, sobrancelha. E como. O aperto de mão é só uma das várias maneiras de confessar intenções, de entregar o jogo. Falantes também são aquelas displicentes cruzadas de pernas ou braços, o ato banal de acender um cigarro, de botar as mãos no bolso, de gesticular na hora da conversa, de piscar os olhos, de mesmo bater palmas na hora de um show.

Espécie de boletim meteorológico individual, destas reações cotidianas se pode tirar leitura completa dos sinais emitidos pelo corpo. À condição, óbvio, de se saber decodificá-los. Dentre os vários modos de comunicação gestual descritos no livro, o mais banal, o mais importante e o mais frequente é o ato de cruzar os braços. Maneira de proteger nosso território mental, ele revela uma sensação de invasão na zona mental.

Em suma, a autoconfiança diminui, os braços se cruzam. A ideia não é policiar a si próprio para não cruzar os braços, por exemplo, mas tomar consciência do significado destes gestos instintivos, encontrar em nós a origem destes reflexos e descobrir se estamos na vida, via de regra, mais na defensiva ou na ofensiva. No livro, o autor é categórico: quem cruza sistematicamente os braços é mais influenciável ou impressionável que outros indivíduos.

Como autoconhecimento ou como defesa contra tipos indesejáveis, o método surpreende. Saber, por exemplo, que aquela mulher, que ao sentar, enrosca como serpente a perna esquerda na direita, é criatura possessiva e ciumenta ajuda a saltar uma bela fogueira. Esta coreografia do corpo, então, pode bem nos ajudar a reinventar um velho ditado popular. Em vez de "a boca diz o que o coração não sente", podemos melhor afirmar que "a boca diz uma coisa, as mãos e as pernas dizem outra".

venerdì 6 agosto 2010

Sonhos violentos podem indicar doenças neurológicas futuras


Do UOL Ciência e Saúde

Sonhos vívidos e violentos podem sinalizar distúrbios cerebrais até com meio século de antecedência, conclui novo estudo publicado na revista Neurology. Segundo a pesquisa, doenças neurológicas podem se esconder por anos antes de a pessoa ser diagnosticada.

Distinguir sinais precoces de tais doenças pode permitir aos médicos tratar pacientes muito antes de o cérebro se deteriorar, afirma matéria publicada nesta quarta-feira (4), no Science News.

Pessoas com o chamado distúrbio comportamental do sono REM, ou RBD, experimentam uma mudança brusca na natureza dos sonhos. Eles se tornam mais violentos e frequentemente envolvem episódios em que um ataque deve ser combatido. Assim, o sonhador, normalmente homem, perde a paralisia muscular (comum quando estamos dormindo) e começa a se torcer e gritar, como se estivesse realmente em uma luta.

Os médicos acreditavam que o RBD seria um transtorno isolado, mas estudos revelaram que um número grande destes pacientes desenvolve mais tarde doenças neurodegenerativas, como Parkinson e demência de Lewy. Os valores exatos variam, mas de 80 a 100% deles apresentam uma doença neurodegenerativa no futuro.

"O consenso entre todos os pesquisadores é que o RBD não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’", diz o especialista em sono Carlos Schenck da Minnesota Sleep Disorders Center, em Minneapolis, que foi um dos primeiros pesquisadores a descrever o RBD.

Em um novo estudo, o neurologista Bradley Boeve da Clínica Mayo em Rochester, Minnesota, e sua equipe procuraram descobrir o intervalo entre o RBD e a doença. Eles analisaram registros médicos de pacientes da Clínica para identificar pessoas diagnosticadas pela primeira vez com RBD, e depois com uma doença neurodegenerativa, pelo menos, 15 anos depois.

Dos 27 pacientes que se enquadram nos critérios (dos quais apenas três eram mulheres, refletindo o predomínio do sexo masculino), o intervalo médio entre o início do distúrbio do sono e do distúrbio cerebral era de 25 anos, segundo a equipe. Em um caso, o RBD precedeu a doença de Parkinson por 50 anos.

"Entre as doenças neurodegenerativas, não sei de outras manifestações clínicas que podem começar com tanta antecedência", diz Boeve. "Há tão poucas doenças que podem ter uma janela de décadas de uma manifestação clínica para outra”, afirma Boeve. O intervalo de 50 anos, descobertos no estudo, é um “período de latência extremamente longo e lento”, exalta Schenck.