martedì 12 novembre 2013

mercoledì 18 maggio 2011

Ansiedade é o pior de todos os males psicológicos, diz especialista


HELOÍSA NORONHA
Colaboração para o UOL

Ansiedade pode causar doenças sérias como gastrite, úlceras, colites, taquicardia, hipertensão e cefaleia

Aflição, agonia, impaciência, inquietação. Esses são alguns sinais da ansiedade, sentimento capaz de prejudicar a qualidade de vida, autoestima e saúde do ser humano.

Aprender a lidar com ela é fundamental para garantir uma vida saudável. E para isso, é preciso entender os seus mecanismos.

“A ansiedade é uma excitação do sistema nervoso central, que acelera o funcionamento do corpo e da mente. Quando estamos ansiosos, liberamos o neurotransmissor noradrenalina, que provoca toda essa excitação. É um processo que pode ser tanto hereditário como adquirido através das experiências que temos nos ambientes mais hostis. A ansiedade está intimamente vinculada à forma como interpretamos as situações da vida”, explica a psicóloga Sâmia Aguiar Brandão Simurro, de São Paulo (SP), que é vice-presidente de Projetos e Expansão da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).

Para o psicólogo Alexandre Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami e em ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia, a ansiedade é o pior de todos os males psicológicos. “Ela é o gatilho para desencadear outros transtornos. Dentro do ponto de vista psicológico, podemos definir ansiedade como um estado mental praticamente subjetivo carregado de apreensão e recheado de incertezas”, diz.

Por causa dos múltiplos papéis que desempenham e devido às variações hormonais, algumas mulheres sofrem mais com a ansiedade e o estresse. Porém, os homens não estão imunes a esse mal. Questões profissionais e financeiras também podem desencadear a sensação de angústia e impaciência no sexo masculino.

Sentimento que pode causar doenças
Se não for controlada, a ansiedade pode causar o surgimento de enfermidades psicossomáticas, ou seja, doenças que afetam a saúde física e mental. Gastrite, úlceras, colites, taquicardia, hipertensão, cefaleia e alergias são alguns exemplos de doenças causadas pela ansiedade. Ela também é responsável pelo surgimento de doenças psiconeurológicas e psicooncológicas.

O psiquiatra italiano Leonard Vereaque explica que isso acontece, pois as pessoas não conseguem eliminar de forma natural a tensão gerada pela ansiedade. “A mente cria válvulas artificiais para dar vazão a essa energia negativa. A partir daí, a pessoa começa a usar o próprio organismo como válvula de descarga”, afirma.

Qualquer um sofre, em maior ou menor grau, de ansiedade. Mas o transtorno merece atenção redobrada quando passa a prejudicar os relacionamentos conjugais, profissionais, acadêmicos e até mesmo sexuais.

“Quando a ansiedade ultrapassa o limite e a pessoa não consegue mais realizar suas tarefas diárias sem sofrimento, é hora de buscar ajuda especializada e dar início a um tratamento”, explica a psicóloga Sâmia Simurro.

“Ter força de vontade e entender que essa ansiedade descontrolada não é normal são requisitos básicos para o processo de cura inicial”, afirma o psicólogo Alexandre Bez. “Procurar ajuda psicológica é fundamental para retomar a rotina. Curar-se sozinho é praticamente impossível”, alerta. De acordo com Bez, em casos extremos e dependendo do perfil do paciente é necessária a prescrição de medicamentos.

Apesar dos males causados pela ansiedade, a psicóloga Sâmia Simurro alerta que, na dose certa, esse sentimento pode ser positivo. “Precisamos de desafios para nos desenvolver. É preciso aprender a viver com níveis de ansiedade suficientes para atingir o nível mais alto do nosso potencial. É claro que ansiedade demais torna a vida das pessoas um caos, porém, nenhuma ansiedade nos leva à estagnação”, conclui.

Veja como mudar 15 hábitos e combater a ansiedade:


Deixar tarefas pendentes aumenta a ansiedade

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1. Procure não deixar nada pendente
Não terminar tarefas e assumir responsabilidades acima do que se pode fazer contribuem para o aumento da ansiedade. Esboce um plano para resolver o que é urgente e organize-se.

2. Prepare-se para os desafios
Atitudes como estudar com antecedência para as provas, informar-se sobre a empresa antes de uma entrevista de emprego e se preparar para uma reunião de negócios são fundamentais para ter confiança diante dos desafios. Dessa forma, você vai se sentir seguro e menos ansioso.

3. Melhor prevenir do que remediar
Antes de sair, veja se o tanque de combustível do carro está cheio. Se você saiu de casa com o ponteiro do combustível na reserva, trate de completar o tanque no primeiro posto que avistar. Evite ter problemas desnecessários por falta de precaução e cuidado.

4.Veja o lado bom das coisas
De acordo com um estudo publicado pela Isma Brasil, filial da International Stress Management Association, instituição voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento do estresse no mundo, o impacto positivo da felicidade no sistema de imunidade é mais poderoso do que o negativo e ajuda a minimizar a ansiedade. Portanto, se você planejava ir à praia no fim de semana, mas viu que o tempo não está bom, mude seus planos: vá ao cinema, faça um fondue com os amigos, alugue os DVDs da série que você adora ou faça outro programa que o agrade. Ao invés de reclamar, procure transformar situações negativas em positivas.

Praticar exercícios faz bem para a saúde mental e física
5. Caminhe 30 minutos por dia, três vezes por semana
Essa prática, recomendada pela OMS, é ótima não só para tirar você do grupo dos sedentários como para ajudar a controlar a tensão emocional. O mesmo período de tempo pode ser empregado para qualquer outra atividade física, como boxe, ioga ou corrida.

6. Ouça música
“Estudos científicos demonstram que a música relaxa os músculos, diminui a sensibilidade à dor e dilui emoções destrutivas”, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma Brasil. Para driblar a ansiedade, os gêneros mais indicados são o clássico e o barroco – em especial, no trânsito.

7. Evite ter pensamentos negativos
Seu pensamento determina a forma como você enxerga a vida. Se pensar de maneira positiva, vai se sentir mais feliz e as chances de tudo dar certo podem ser maiores.

Cuidar de animais de estimação ajuda a relaxar
8. Tenha um bicho de estimação
O simples ato de fazer carinho em um animal relaxa tanto o bicho quanto seu dono. Alguns estudos científicos indicam que as pessoas que cuidam de um animal tendem a baixar a pressão arterial. Então, se você não tem condições de ter um pet, que tal levar o cachorro da vizinha para passear de vez em quando? Observar peixes no aquário também traz benefícios: tranquiliza a mente e evita pensamentos que trazem preocupação e ansiedade.

9. Livre-se da mania de perfeição
Perfeccionistas tendem a prejudicar suas relações pessoais e profissionais colocando-se sob constante pressão. Confronte o medo que lhe motiva a buscar a perfeição. Você pode temer, por exemplo, que as pessoas não gostem de você. Na realidade, as pessoas tendem a respeitar quem tem coragem de admitir um erro e repelem quem acha que sabe tudo.

10. Deixe o trabalho no trabalho
Muitos sintomas do estresse, como ansiedade, dores musculares, hipertensão, fadiga, taquicardia e angústia, têm sido atribuídos ao acúmulo das pressões profissionais. Evite ficar pensando em trabalho depois do expediente. Afinal, você já passa horas no escritório.

11. Alimente o seu humor
Carboidratos, em geral, costumam acalmar: macarrão, pães, biscoitos, arroz e batata. Frutos do mar, nozes, brócolis, espinafre, chocolate e pimentão dão energia. Já a cafeína ajuda a combater o cansaço, mas deixa o cérebro mais desperto, o que pode ser um perigo para pessoas muito ansiosas.

Mexer com plantas alivia
a tensão e a ansiedade
12. Tenha plantas em casa
Cuidar de plantas (flores ou hortaliças) pode proporcionar equilíbrio emocional e amenizar os efeitos negativos do estresse. Regar uma plantinha é uma terapia informal, que ajuda aliviar a tensão e a ansiedade. Mexer com terra e folhas não resolve os problemas, mas ajuda a refletir e analisar melhor as situações.

13. Faça refeições sem pressa
Escolha um momento em que você possa comer sem interrupções. “Procure sentir os sabores, a temperatura e a textura dos alimentos. Sinta-os se desmanchar e transformando-se em sangue e tecido para o seu corpo”, sugere Carlos Legal, consultor em aprendizagem organizacional e qualidade de vida no trabalho, da Legalas Educação e Qualidade de Vida, empresa dedicada ao desenvolvimento de pessoas e organizações.

14. Dê uma pausa no trabalho
Busque fazer uma pausa durante o trabalho. Feche os olhos e respire fundo por alguns minutos, procurando manter a mente tranquila e relaxada. O cardiologista Artur Zular, de São Paulo (SP), diz que é bom se imaginar em algum lugar calmo, como um bosque, jardim ou uma praia, sempre sozinho. “Estar com alguém inspira sentimentos e o melhor para meditar é ficar livre de qualquer emoção, concentrando-se apenas em si”, explica.

15. Medite com palavras
Marcia Plessmann, instrutora do Centro de Estudos Filosóficos Palas Athena, de São Paulo (SP), ensina que para meditar é preciso criar uma frase que seja significativa e inspiradora para manter a ansiedade sob controle. “Na medida em que você solta a respiração, repita a frase mentalmente. Pode, também, ser uma oração ou um pequeno verso”, ensina.

sabato 14 maggio 2011

Por que se preocupar? É bom para você



POR NY TIMES



Robert H. Frank



O falecido Amos Tversky, um psicólogo de Stanford e pai fundador da economia comportamental, costumava dizer: “Meus colegas, eles estudam a inteligência artificial; eu estudo a estupidez natural”.

Nas últimas décadas, a economia comportamental se transformou em uma área em crescimento desenfreado na economia. Os acadêmicos neste campo trabalham principalmente no cruzamento da economia com a psicologia, e grande parte de sua atenção se concentra nas propensões sistemáticas dos julgamentos e decisões das pessoas.

Eles apontam, por exemplo, que as pessoas são particularmente ineptas em prever como as mudanças nas circunstâncias em suas vidas afetarão sua felicidade. Mesmo quando as mudanças são enormes –positivas ou negativas– a maioria das pessoas se adapta mais rápida e completamente do que esperam.

Esses erros de previsão, argumentam os economistas comportamentais, frequentemente levam a decisões falhas. Um exemplo célebre descreve um professor assistente de uma importante universidade, que agoniza por anos sobre se será promovido. No final, seu departamento o dispensou. Como previsto, ele se sentiu abjetamente mal –mas apenas por poucos meses. No ano seguinte, ele ocupava um novo cargo em uma universidade menos seletiva e, segundo todas as medidas disponíveis, ele nunca esteve tão feliz.

A aparente lição é que se o professor tivesse conhecimento dessa evidência relevante, ele saberia que não havia motivo para se preocupar com sua promoção –que ele seria mais feliz sem ela. Mas essa é a lição errada, porque não se preocupar reduziria ainda mais sua probabilidade de conseguir a promoção. E promoções frequentemente importam de formas que têm pouco impacto nos níveis cotidianos de felicidade.

Paradoxalmente, nossos erros de previsão frequentemente nos levam a escolhas que são as mais sábias olhando para trás. Nesses casos, a biologia evolucionária frequentemente fornece um guia mais claro do que a psicologia cognitiva para se pensar a respeito de como as pessoas se comportam.

Segundo Charles Darwin, as estruturas motivacionais dentro do cérebro humano foram forjadas pela seleção natural ao longo de milhões de anos. Em sua estrutura, o cérebro evoluiu não para nos deixar felizes, mas para motivar ações que ajudam a pressionar nosso DNA para a próxima fase. Grande parte do tempo, de fato, o cérebro consegue isso nos deixando descontentes. Ansiedade, fome, fadiga, solidão, sede, raiva e medo estimulam a ação para vencer os desafios competitivos que enfrentamos.

Como o falecido economista Tibor Scitovsky disse em “The Joyless Economy”, o prazer é uma emoção inerentemente fugaz, uma que experimentamos enquanto escapamos dos estados emocionalmente adversos. Em outras palavras, prazer é a cenoura que nos atrai para nos livrarmos desses estados, mas quase sempre desaparece rapidamente.

O cérebro humano foi formado pela competição implacável do mundo natural, de modo que não deveria causar surpresa nos adaptarmos rapidamente às mudanças nas circunstâncias. Uma pessoa constantemente satisfeita com sua primeira promoção teria dificuldade para encontrar o impulso para competir pela próxima.

A dor emocional também é fugaz. Os economistas comportamentais frequentemente notam que apesar das pessoas que ficam fisicamente paralisadas experimentarem a devastação emocional imediatamente após seus acidentes, elas geralmente se recuperam surpreendentemente rápido. Em seis meses, muitas já apresentam a mistura diária de humores semelhante à sua experiência pré-acidente.

Esse resultado é frequentemente interpretado como significando que ficar fisicamente inválido não é tão ruim quanto a maioria das pessoas imagina. A evidência, entretanto, aponta fortemente o contrário. Muitos paraplégicos, por exemplo, dizem que se submeteriam a uma operação para recuperação da mobilidade mesmo se o risco de mortalidade fosse de 50%.

O ponto é que quando o infortúnio cai sobre nós, não é de ajuda ficarmos interminavelmente abatidos. É bem melhor, é claro, nos adaptarmos o mais rápido possível e extrair o melhor das novas circunstâncias. E é isso o que um cérebro forjado pelas pressões impiedosas da seleção natural nos impele a fazer.

Tudo isso nos leva de volta às nossas decisões sobre quão arduamente devemos trabalhar –escolhas que têm implicações importantes para as vidas que podemos levar.

A maioria das pessoas adoraria ter um emprego com colegas capazes e interessantes, com um alto grau de autonomia e amplas oportunidades para expressão criativa. Mas apenas um número limitado desses empregos está disponível –e é nossa preocupação que nos motiva a consegui-los.

Dentro dos limites, a preocupação com o sucesso faz com que os estudantes estudem mais para conseguir entrar para as melhores universidades. Faz professores assistentes trabalharem mais para serem efetivados. E faz os diretores de cinema se esforçarem para criar a cena perfeita, os compositores para conseguir a melodia mais agradável. Em todos os campos, as pessoas que se esforçam mais têm maior probabilidade de sucesso profissional, maior probabilidade de fazer a diferença.

A ansiedade que sentimos sobre se seremos bem-sucedidos é a forma da evolução nos motivar. E a evidência está clara que a maioria de nós não olha para trás para nossos esforços com arrependimento, mesmo se nossa mistura diária de emoções no final não mudar.

Mas a teoria evolucionária também aconselha humildade a respeito da boa fortuna pessoal. Como Darwin viu claramente, interesses individuais e coletivos nem sempre coincidem. Um bom emprego é um conceito inerentemente relativo, e quando uma pessoa conquista excelentes benefícios, sua sorte significa que outra pessoa igualmente merecedora não conseguiu aquele emprego.

Quando as pessoas se empenham mais a renda cresce. Mas grande parte dos gastos resultantes da renda extra apenas eleva o padrão definido como adequado. Logo, do ponto de vista da sociedade, parte da ansiedade a respeito de quem conseguirá quais empregos pode ser excessiva. Mas isso é muito diferente de dizer que as pessoas não devem se preocupar em serem bem-sucedidas.

Robert H. Frank é professor de economia da Escola Johnson de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Cornell.

Tradução: George El Khouri Andolfato

domenica 17 aprile 2011

AGAINST SOCIOPATHS

WHEN YOU SAY THE WORD "sociopath" most people think of serial killers. But although many serial killers are sociopaths, there are far more sociopaths leading ordinary lives. Chances are you know a sociopath. I say "ordinary lives," but what they do is far from ordinary. Sociopaths are people without a conscience. They don't have the normal empathy the rest of us take for granted. They don't feel affection. They don't care about others. But most of them are good observers, and they have learned how to mimic feelings of affection and empathy remarkably well. Most people with a conscience find it very difficult to even imagine what it would be like to be without one. Combine this with a sociopath's efforts to blend in, and the result is that most sociopaths go undetected. Because they go undetected, they wreak havoc on their family, on people they work with, and on anyone who tries to be their friend. A sociopath deceives, takes what he (or she) wants, and hurts people without any remorse. Sociopaths don't feel guilty. They don't feel sorry for what they've done. They go through life taking what they want and giving nothing back. They manipulate and deceive and convincingly lie without the slightest second thought. They leave a path of confusion and upset in their wake. Who are these people? Why are they the way they are? Apparently it has little to do with upbringing. Many studies have been done trying to find out what kind of childhood leads to sociopathy. So far, nothing looks likely. They could be from any kind of family. It is partly genetic, and partly mystery. But researchers have found that the brains of sociopaths function differently than normal brains. And their brains function in a way that makes their emotional life unredeemably shallow. And yet they are capable of mimicking emotions like professional actors. Sociopaths and psychopaths are the same thing. The original name for this disorder was "psychopath" but the general public and media confused it with "psycho" and "psychotic" so in the 1930s the name was changed to sociopath. Recently the media again caused a misperception that sociopaths were always serial killers, so now many call the condition "antisocial personality disorder (ASPD)." But some experts think ASPD includes many things like narcissism, paranoia, etc., including sociopathy. And others think ASPD is the same thing as sociopathy, but the diagnostic criteria used to describe and diagnose ASPD is different than sociopathy, so for the purposes of this article, we'll stay with the term "sociopathy." Sociopaths don't have normal affection with other people. They don't feel attached to others. They don't feel love. And that is why they don't have a conscience. If you harmed someone, even someone you didn't know, you would feel guilt and remorse. Why? Because you have a natural affinity for other human beings. You know how it feels to suffer, to fear, to feel anguish. You naturally care about others. If you hurt someone you love, the guilt and remorse would be even worse because of your affection for him or her. Take that attachment and affection away and you take away remorse, guilt, and any kind of normal feelings of fairness. That's a sociopath. SO HOW COMMON ARE THEY? Some researchers say about one percent of the general population are sociopaths. Others put the figure at three or four percent. The reason the estimates vary is first of all, not everyone has been tested, of course, but also because sociopathy is a sliding scale. A person can be very sociopathic or only slightly, and anywhere in between. It's a continuum. So how sociopathic does someone have to be before you call him a sociopath? That's a tough question and it's why the estimates vary. But clearly sociopaths are fairly common and not easy to detect. Even when the evidence is staring you in the face, you may have difficulty admitting that someone you know, someone you trusted, even someone you love, is a sociopath. But the sooner you admit it, the faster your life can return to normal. Face the facts and you may save yourself a lot of suffering. Most of the information in this article is from two excellent books I strongly recommend: Without Conscience: The Disturbing World of the Psychopaths Among Us, and The Sociopath Next Door. The first book is by Robert Hare, who has made his career out of studying sociopaths. He's one of the leading, if not the leading expert on the subject. His insights and examples are compelling. But because Hare has done most of his research in prisons, sometimes his book seems a little removed from everyday reality. We don't very often run into rapists and cold-blooded killers. The second book, by Martha Stout, brings it to the everyday level, describing the kinds of people we are likely to meet in ordinary life. HOW TO SPOT A SOCIOPATH The big question is, of course, how can you know whether someone is a sociopath or not? It's a difficult question and even experts on the subject can be fooled. If you suspect that someone close to you is a sociopath, I suggest you read both of the books I mentioned, and also read the comments on the comments page, and think hard about it. Compare that person to the other people in your life, and ask yourself these questions: 1. Do you often feel used by the person? 2. Have you often felt that he (or she, because women can be sociopaths too) doesn't care about you? 3. Does he lie and deceive you? 4. Does he tend to make contradictory statements? 5. Does he tend to take from you and not give back much? 6. Does he often appeal to pity? Does he seem to try to make you feel sorry for him? 7. Does he try to make you feel guilty? 8. Do you sometimes feel he is taking advantage of your good nature? 9. Does he seem easily bored and need constant stimulation? 10. Does he use a lot of flattery? Does he interact with you in a way that makes you feel flattered even if he says nothing overtly complimentary? 11. Does he make you feel worried? Does he do it obviously or more cleverly and sneakily? 12. Does he give you the impression you owe him? 13. Does he chronically fail to take responsibility for harming others? Does he blame everyone and everything but himself? And does he do these things far more than the other people in your life? If you answered "yes" to many of these, you may be dealing with a sociopath. For sure you're dealing with someone who isn't good for you, whatever you want to call him. I like Martha Stout's way of detecting sociopaths. She wrote: "If ... you find yourself often pitying someone who consistently hurts you or other people, and who actively campaigns for your sympathy, the chances are close to one hundred percent that you are dealing with a sociopath." WHAT DO THEY WANT? This is an interesting question. Of course most of our purposes are strongly influenced by our connections and affections with others. Our relationships with others, and our love for them, give us most of the meaning and purpose in our lives. So if a sociopath doesn't have these things, what is left? What kind of purposes do they have? The answer is chilling: They want to win. Take away love and relationships and all you have left is winning the game, whatever the game is. If they are in business, it's becoming rich and defeating competitors. If it's sibling rivalry, it's defeating the sibling. If it's a contest, the goal is to dominate. If a sociopath is the envious sort, winning could be simply making the other lose or fail or be frustrated or embarrassed. A sociopath's goal is to win. And he (or she) is willing to do anything at all to win. Sociopaths don't have as much to think about as normal people, so they can be very clever and conniving. Sociopaths aren't busy being concerned with relationships or moral dilemmas or conflicting feelings, so they have much more time to think about clever ways to gain your trust and stab you in the back, and how do it without anyone knowing what's happening. One of the questions in the list above was about boredom. This is a real problem for sociopaths and they seem fanatically driven to prevent boredom. The reason it looms so large for them (and seems so strange to us) is that our relationships with people occupy a good amount of our time and attention and interest us intensely. Take that away and all you have is "playing to win" which is rather shallow and empty in comparison. So boredom is a constant problem for sociopaths and they have an incessant urge to keep up a high level of stimulation. Even negative stimulation — drama, worry, upset, etc. — is more tolerable to a sociopath than boredom. And here I might mention that the research shows sociopaths don't feel emotions the same way normal people do. For example, they don't experience fear as unpleasant. This goes a long way to making their inexplicable behavior comprehensible. Some feelings that you and I might find intolerable might not bother a sociopath at all. HOW TO DEAL WITH A SOCIOPATH There is no known cure or therapy for sociopathy. In fact, some evidence suggests that therapy makes them worse because they use the therapeutic interactions to learn more about human vulnerabilities they can then exploit. They learn how to manipulate better and they learn better excuses that others will believe. They don't usually seek therapy, unless there is something to gain from it. Given all that, there's only one solution for dealing with a sociopath: Get him or her completely out of your life for good. This seems radical, and of course, you want to be fairly sure your diagnosis is correct, but you need to protect yourself from the drain on your time, attention, money, and good attitude. Healing or helping a sociopath is a pointless waste of your life. That's not your mission. It's not your responsibility. You have your own goals and your own life, and those are your responsibility. If there are children involved, that complicates the issue, of course. You can read more on that here. In Hare's book (Without Conscience), he says before you diagnose someone as a sociopath, he recommends you get a full clinical diagnostic, including an extensive interview with the sociopath by a qualified psychotherapist, plus interviews with the sociopath's bosses, co-workers, friends, and family. Uh, yeah, right. Good luck with that one. I agree, that would be ideal, but if you can get a sociopath to submit to an interview, I would be astonished. So you'll have to do the best you can with whatever information you can get. I don't recommend you tell anyone you've diagnosed him (or her) as a sociopath. In fact, I strongly urge you not to. I don't even know if it's a good idea to tell anyone about your conclusion. Just get the sociopath out of your life with as little fanfare as possible. The only exception I would make to this rule is if the sociopath is making someone else's life a living hell, it seems wrong to leave her to the wolves while you slink off. I don't recommend you try to convince your friend she's dealing with a sociopath. I recommend that you simply say you got a lot of insight from this or that book or whatever, and let your friend draw her own conclusions. Maybe even buy your friend a book. But it's not your mission to save your friend, either. Tell her what you know and if she ignores your warning, that's her problem, not yours. Because you said something, she may figure it out eventually. If this all sounds cold or heartless, maybe you're not dealing with a sociopath, or maybe she or he hasn't driven you to the point of madness (yet). But remember what the solution is; you may need it some day. And besides, the point of all this dismal information is so you no longer need to think about such negative things and so you can turn your attention to positive, life-affirming, uplifting goals of your own. You may also want to check out a support group for people who are in a relationship with a sociopath: LoveFraud.com SociopathicStyle.com SafeRelationships.com Abuse Recovery: For Survivors of a Relationship with a Narcissist or Psychopath If you have a sociopath in your life, you should take it seriously. For more resources, look in the sidebar of the comments page (click here). Learn what you need to learn, and if you're pretty sure you have correctly identified one, do what needs to be done to protect yourself and your non-sociopathic loved ones. Then get back to your own life. Accomplish your goals. Nurture your relationships. Learn and grow and enjoy yourself. Here's a summary of Common Everyday Sociopaths: 1. They make you feel sorry for them. 2. They make you feel worried or afraid. 3. They give you the impression you owe them. 4. They make you feel used. 5. Sometimes you suspect they don't care about you. 6. They lie to you and deceive you. 7. They take a lot from you and give back very little. 8. They make you feel guilty (and use that to manipulate you). 9. They take advantage of your kindness. 10. They are easily bored and need constant stimulation. 11. They don't take responsibility, but place blame elsewhere. Update: I've been reading and writing about oxytocin lately (see the article, Peace, Love, and Oxytocin) and came across an interesting experiment. Paul Zak, one of the primary researchers in the field, found that when you give someone a dose of oxytocin, they tend to become more generous. "Interestingly," wrote Joyce Gramza, "Zak found that oxytocin had no effect on two percent of the participants and that these students fit the personality profile of sociopaths." Oxytocin is a naturally-produced hormone that creates feelings of closeness, comfort, relaxation, empathy for others, and trust. As I said before, the estimates given in the research on sociopaths are that one to four percent of the population is sociopathic. Now with this study, coming from an entirely different field, maybe we can be more specific and narrow it down to two percent. One in fifty. If you know more than fifty people, chances are you know a sociopath.

SOCIOPATAS...

A sociopath is a person who has no conscience but has effectively learned how to manage his way through a life where few people can detect that they are different than him. Sociopaths are often charming and likable, but they can be frightening in their tactics, such as lying, to get what they want when they want it.

Lack of Conscience A sociopath more often than not has the rest of society fooled with his brash and coldhearted ability to have no remorse or guilt--no matter who the person he is affecting is--and to have no care about the well-being of others. A sociopath has no conscience and, therefore, has a make-believe step-by-step scenario life of doing whatever she wants and covering it up with a false sense of sincerity by masking that anything about her (and her psychological makeup) may be different than you.

Thrill Seeking A sociopath's job is to get as much thrill out of his victim as he can, but not get caught. They manipulate, cheat, lie and color situations for no purpose but to get some satisfaction out of the fact that they can bring another person down, and easily. To someone who has no conscience, it is easy to tell a little white lie about a co-worker, to manipulate a lover and make them feel inferior, or to make promises to get people on her side, only to find that those promises were false. This is all easy to do because the person has nothing within him telling him that it is morally wrong.

Opposing Extremes A sociopath may want to rise to power and use her lack of a conscience to manipulate large groups of people, with or without blood lust. A terrorist is an example of someone who has no conscience and an affinity for harming others in a violent manner. There are also sociopaths who will want to just try to get by with as little effort as possible. They will use up the resources of everyone around them until the rivers run dry and then move on to their next victim.

domenica 27 febbraio 2011

MORREU MOACYR SCLIAR


Hoje sou muito triste. Morreu o grande Moacyr Scliar. Um escritor excellente, um homem extraordinario e sempre disponivel com as novas geraçoes. Foi com ele que eu aprendi o portugues. No mes de Julho do ano passado ele foi tao gentil que aceitou de ser intrevistado no meu blog. Aqui abaixo voces podem leer sua entrevista. Minha tristeza hoje é profunda.Ciao Moacyr, buon viaggio!

Quando cheguei no Brasil ao final do 2007 eu não falava nada de português. Só havia ouvido falar alguns portugueses na Europa e tinha vontade de chorar porque aquele idioma me parecia um mundo inextricavel e fechado. Mas as vezes o destino das pessoas é mais forte da vontade. Mudando para Brasil eu não tinha opção: aprender o português era essencial para minha sobrevivencia. Ao começo, sou honesta, era uma delicia não falar nada. Cada dia meu corpo, meu rosto se adaptavam para expressar emoções e necessidades. Além dos sentimentos universais de raiva, felicidade, tristeza, aprendi a correta expressão para comprar fruta na feira, para saber informações sobre as ruas, até para lidar com um ladrão.
Meu sorriso foi um bom passe-partout...mas além disso o que achava mais agradável neste limbo linguístico das primeiras semanas era que visitando as livrarias que eu adoro em todos os lugares do mundo a sensação era que todos aqueles livros estavam de uma certa forma me esperando. Eu formiga dentro duma montanha gostosa e rica, mas claro ainda não tinha a chave. Só que, sendo compulsiva nos livros, eu comprei. "Enigmas da culpa" de Moacyr Scliar foi o terceiro livro que eu comprei, depois do dicionário italiano-português, português-italiano e a gramática portuguesa. Porque? Como? Não sabia nada deste Moacyr Scliar mas o livro estava lá, amarelo na sua capa, por acaso abriu. O "accroche" como dizem os franceses, ou seja o começo do livro parecia ser escrito para mim "A culpa é um dedo que aponta, implacável. Aponta para quem? Para nos, claro".
"Culpa", "dedo", conseguia entender, também "implacável", são parecidos com italiano mas "apontar" tive que perguntar à moça da livraria que respondeu com o gesto correspondente.
Agora foi justamente esta interaçao entre gesto e palavra e um gesto tão forte para mim, estrangeira no Brasil, invisível neste pais que me levantou do meu limbo. Graças a este livro a moça da livraria tinha reconhecido minha existência, a força do livro tinha saído das paginas para se colocar na realidade. O efeito foi otimo e saudável para mim. Comprei o livro e deixei na minha livraria em casa na espera de aprender melhor o portugues para ler.
Desde minha chegada no Brasil então para mim Moacyr Scliar nao foi só um grande escritor mas o meu "Virgilio" nesta "terra incognita" que é o Brasil.
Ele é medico como Tchecov e através da palavra escrita não sei si cura as pessoas mas com certeza mostra os diagnósticos das nossa almas.
Moacyr Scliar aceitou de responder à algumas perguntas no meu blog. Eu agradeço ele infinitamente para ter aceitado e peço desculpa para meu português escrito que ainda está feio. Ele entao tevera que escrever ainda muitos livros para eu aprender!



Eu: Que significa hoje ser um escritor no Brasil?
MOACYR SCLIAR A situação do escritor brasileiro melhorou muito. Antes, as dificuldades de publicar eram enormes, o público era restrito. Hoje, o número de leitores aumentou, graças à alfabetização e o bom trabalho das escolas. As editoras se profissionalizaram, aprenderam a trabalhar com os leitores. A literatura mudou; o engajamento político, tônica do período da ditadura, agora é menos importante. Faz-se uma ficção urbana em que temas como a violência, a relação entre pessoas de classe média, o desamparo dos jovens aparecem muito.


Eu: Na Folha de São Paulo cada segunda feira o senhor "interpreta" fatos realmente acontecidos neste pais. Tem um Brasil sobre o qual o senhor gostaria de escrever e que ainda não tive tempo o oportunidade?
MOACYR SCLIAR O Brasil é gigantesco e tem uma diversidade incrível. Escrevo sobre o pouco que conheço, mas, devo dizer, já é mais que suficiente para me mobilizar pelo resto da vida...



Eu: O senhor è medico num pais onde a medicina é uma profissão com excelentes experts. Como esta sua profissão interagiu com sua literatura?
MOACYR SCLIAR Existe uma tradição de médicos-escritores, o que é explicável: são dois ofícios que lidam com os aspectos mais profundos da condição humana, e que valorizam a palavra (num caso como ferramenta de criação estética, no outro como instrumento de relacionamento terapêutico). No meu caso a experiência de médico clínico, e depois de médico de saúde pública, foi fundamental, não só do ponto de vista de compreensão dos seres humanos como também como porta de entrada para a realidade social.



Eu: Inspiração é a mesma em todos os países. o que é para você inspiração como escritor?
MOACYR SCLIAR É aquele instante inesperado em que o consciente, isto é, a parte da mente que lida com as palavras, que faz o texto, tem acesso ao inconsciente, o reduto de nossas fantasias, de nossa imaginação. A combinação imaginação-forma literária é a fórmula que todo escritor quer alcançar.

venerdì 18 febbraio 2011

Descubra qual é o seu tipo de raiva


POR UOL

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Todo mundo tem uma raiva para chamar de sua, sabendo ou não o nome dessa emoção, tanto básica quanto inevitável.

"Há uma classificação tradicional das emoções em primárias, secundárias e terciárias. A raiva está no primeiro grupo, que são as mais simples e estão presentes em todos os seres vivos desde sempre", diz o psiquiatra Daniel Martins de Barros, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Quer dizer que, em estado puro, raiva é tão inocente quanto um animal selvagem.

Mas o animal racional é assim chamado porque desenvolveu córtex frontal do cérebro, estrutura que o permite controlar os instintos e adequá-los ao convívio social.

"Ao longo da evolução, a forma de manifestar a raiva foi mudando. A reação depende do que cada um de nós considera um ataque à própria sobrevivência", diz o psicanalista Marcio Giovannetti, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

Editoria de Arte / Folhapress/Editoria de Arte / Folhapress


FORA DO CONTROLE

Comum a todos, a raiva é vivida em diferentes graus ou intensidades por cada um.

"Em psiquiatria, os sintomas são variações da normalidade. Se saem do controle e começam a trazer prejuízos para o dia a dia, é hora de examinar o que é e o que pode ser feito", explica Barros.

Em si, não é sintoma de nada específico, mas pode estar presente em vários distúrbios, da depressão ao transtorno antissocial.

"Pode aparecer muito no transtorno explosivo intermitente, em que a pessoa reage de forma inesperada, intempestiva e desproporcional à provocação, perdendo o controle", diz o psiquiatra.

Como todo mundo que já levou uma fechada no trânsito sabe, mesmo sem nenhum diagnóstico psiquiátrico o descontrole acontece. E pode atrapalhar a vida.

"O sentimento persistente ou exacerbado traz danos. E muita gente o cultiva, sem perceber que se trata de raiva", diz a psicóloga Marilda Lipp, fundadora do Centro Psicológico de Controle do Stress.

Para lidar com a emoção, é preciso reconhecê-la, o que nem sempre é fácil, porque a raiva tem várias faces -todas potencialmente danosas.

"Se a pessoa não percebe o que está acontecendo, alimenta a raiva (seja em manifestações externas ou internamente), e cria um círculo vicioso", diz Lipp.

Os efeitos se acumulam no corpo. Raiva não controlada pode causar problemas cardiovasculares, estomacais e dermatológicos.

Entendendo o que desencadeia a emoção e como ela se manifesta, estratégias de controle, como terapia cognitivo-comportamental e exercícios respiratórios, podem evitar o estrago.

"Isso não quer dizer negar a raiva, mas aprender a lidar com ela de forma mais racional e adequada ao contexto social", explica Giovannetti.

Achar que é melhor explodir é questionável. "Houve época em que se acreditava nisso. Mas há trabalhos mostrando que a explosão é tão prejudicial quanto engolir a raiva do ponto de vista físico e psicológico", diz Barros.