giovedì 13 maggio 2010

a "língua do PCC"


Nos idiomas nos construimos nossos símbolos culturais.
Gírias sao sempre importante para entender os elementos básicos destes mundos fechados que escolhem gíria para se diferenciar.
Entao a palavra como diferenciação, como lugar invisível onde construimos nossas vidas

Gírias da facção criminosa que aterrorizou SP há 4 anos
da Livraria da Folha

Antropóloga conduz o leitor por um mundo desconhecido e controverso

A antropóloga Karina Biondi pesquisou e catalogou um universo pouco conhecido --mas possível de ser ignorado--, o do Primeiro Comando da Capital (PCC). Quatro anos atrás, no dia 12 de maio de 2006, os ataques dos criminosos levaram o pânico às ruas de São Paulo.

Esposa de presidiário, Karina conviveu entre criminosos, inocentes e familiares durante seis anos, quando seu marido foi inocentado das acusações. Durante o período, frequentou diversas cadeias do Estado de São Paulo e reuniu informações sobre a facção criminosa.

Desenvolvida em sua tese de mestrado, a pesquisa está no livro "Junto e Misturado" (Terceiro Nome, 2010). O título do volume, dentro das gírias do crime, é o termo utilizado quando não é mais possível distinguir as unidades carcerárias.
Considerado o primeiro trabalho etnográfico sobre o PCC, o exemplar traz um "glossário de termos nativos". Abaixo, conheça alguns dos termos usados pelos criminosos.

Atrapalhar correria: Atrapalhar atividades.

Axé: Chance; atenuação de uma falta.

Blindar (a mente): não deixar se "levar pelo psicológico".

Cabeça branca: Diretor da unidade prisional.

Cabuloso: Aquele que não deixa ninguém subjugá-lo, "entrar em sua mente". É aquele que, em suma, é senhor de si.

Cunhada: Companheira do "irmão".

Esticar o chiclete: Procedimento que objetiva o esclarecimentode situações.

Fita: Ação, tarefa ou situação.

Invadir a mente: Ação que visa convencer ou persuadir alguém; o mesmo que "dar um psicológico"

Irmão: Membro "batizado" no PCC.

Mular: O mesmo que brincar. O verbo "brincar", entre os presos, possui conotação sexual e não utilizado para se referir a relações jocosas.


"Junto e Misturado"
Autora: Karina Biondi
Editora: Terceiro Nome
Páginas: 248
Quanto: R$ 34,00

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