martedì 11 maggio 2010

Imagem cerebral flagra mentira em teste

Sobre a mentira teveriamos que criar um blog exclusivo, é um mundo para estudar e comentar.
Muitos sao os sinais de mentira. Acho esta materia saida na Folha hojè muito boa.
DA FOLHA DE SAO PAULO
Técnica de ressonância magnética indica quando pessoa diz a verdade em experimento com reconhecimento de rostos
Método só permite detectar tipo específico de falsa declaração, mas já levanta controvérsia ética diante de possível uso em tribunais

RICARDO MIOTO

Em 2008, a psicóloga Renata Novaes Pinto foi assassinada na porta da sua casa, na Vila Madalena, por dois homens. Segundo um deles, o desempregado José do Prado tinha contratado o crime. Prado admitiu conhecer o suspeito que o acusou, seu vizinho, mas disse que nunca tinha visto o outro.
A polícia depois concluiu que Prado não só conhecia ambos como também os havia levado até o local do crime. Se a polícia tivesse utilizado com Prado o mecanismo proposto agora por cientistas americanos, poderia ter poupado trabalho.
Observando a atividade cerebral de voluntários, o trio da Universidade Stanford conseguiu dizer se uma face era conhecida ou não deles.
O grupo usou uma técnica conhecida como fMRI, que foi desenvolvida nos anos 1990 e se tornou vedete entre os neurocientistas desde então.
Com ela, mapearam o cérebro dos 16 participantes do estudo enquanto eles observavam, aleatoriamente, tanto rostos desconhecidos quanto rostos familiares.
Os pesquisadores perceberam que as áreas utilizadas pelo cérebro para procurar faces já guardadas no "disco rígido" e para "salvar" novas eram diferentes (veja quadro acima).
Se os voluntários eram obrigados a dizer se conheciam ou não aquela face, os cientistas eram capazes de adivinhar se eles de fato falavam a verdade 95% das vezes, só olhando as imagens de fMRI.
Se os voluntários ficavam confusos em alguns casos, a taxa de acerto dos pesquisadores caía para 76%.
Segundo o trio, isso mostra que o mecanismo não funciona bem em casos pouco extremos, quando os pacientes têm apenas uma vaga sensação de lembrar daquela face.

Privacidade
"Eu não acho que as pessoas deveriam ficar assustadas, mas será importante para a nossa sociedade avaliar se algumas aplicações possíveis dessa tecnologia não são apropriadas", diz o psicólogo Jesse Rissman, coautor do estudo, referindo-se ao seu uso em tribunais.
Ele lembra também que o número de falsos positivos ainda é considerável.
"As capacidades de "leitura de mente" com fMRI ainda são muito rudimentares. Mas, no futuro, é possível que, escaneando o cérebro, possamos saber mais sobre os pensamentos, os sentimentos e as memórias de uma pessoa. Então, é importante que ninguém tenha de ter o seu cérebro escaneado sem o seu consentimento."
Rissman publicou o trabalho na revista científica "PNAS", junto com um colega jurista e um neurocientista.

Impactos
A utilização de tecnologias de mapeamento do cérebro nos tribunais ainda cria discussões sobre a sua eficiência e sua legitimidade ao invadir a intimidade das pessoas.
Especialistas, porém, lembram que a tecnologia já está causando impactos na vida de quem utiliza a Justiça, mesmo no Brasil.
"Alguns clientes meus já sofrem por causa disso", diz o advogado Mário Paiva, especialista no impacto da tecnologia na justiça e professor da Universidade Federal do Pará.
"Procurando pelo nome de alguém nos sites do tribunais é possível saber se a pessoa tem dívidas, se brigou com a mulher e deve pensão, se já processou algum ex-patrão. Pode causar problemas na hora de procurar um emprego ou alugar uma casa, por exemplo", diz ele.
"A tecnologia veio para ficar e ajuda muito, facilitou o trabalho, acelerou as decisões judiciais. Mas a intimidade é uma questão importante."

Teste similar levou a prisão de indiana

Mecanismos para detectar mentiras são antigos. Vários tipos de polígrafo foram inventados já no começo do século 20, com questionável eficiência.
Assim, em 1998 a Suprema Corte Americana decidiu que não havia evidências de que polígrafos eram confiáveis o suficiente para serem utilizado em tribunais.
De lá para cá, porém, advogados daquele país voltam a insistir na sua utilização nos tribunais americanos. Eles argumentam que as novas tecnologias, envolvendo mapeamento cerebral com fMRI, são mais precisas.
O último caso aconteceu na semana passada, em Nova York, em um caso de assédio sexual no trabalho. O juíz negou o uso de fMRI para saber quem estava falando a verdade.
Na Índia, porém, a técnica já foi utilizada.
Em 2008, a indiana Aditi Sharma teria envenenado um lanche do McDonald's que o ex-marido comeu. Mais de 30 eletrodos mapearam seu cérebro, disseram que ela era culpada, e ela foi condenada, apesar de negar o crime.
No Brasil, polígrafos também não costumam ser usados.

Nessun commento:

Posta un commento