Confiar nos outros não faz de você alguém fácil de ser tapeado, como acontecia com a personagem do clássico da literatura infanto-juvenil Pollyana. Muito pelo contrário, diz um estudo publicado no periódico Social Psychological and Personality Science. A confiança é mais propensa em pessoas mais espertas.
O estudo foi feito com estudantes de pós-graduação voluntários que eram convidados a assistir a vídeos de supostas entrevistas de empregos feitas por dois tipos de pessoas: algumas que respondiam da melhor forma possível as perguntas e outro grupo composto por pessoas instruídas a dizer ao menos três mentiras significantes em resposta a algumas questões-chave que poderiam ser decisivas para a suposta contratação. Esses dois grupos de participantes das entrevistas receberam pequenas quantias em dinheiro e aqueles que aceitaram dizer mentiras receberiam uma quantia adicional se as respostas mentirosas passassem despercebidas pelos voluntários.
A análise dos vídeos ocorreu alguns dias após a primeira parte do estudo, e os voluntários eram instruídos a medir o nível de honestidade dos entrevistados gravados em vídeo. Além disso, os próprios voluntários foram entrevistados para saber o quanto eles confiavam em outras pessoas.
Os voluntários com maiores índices de confiança em outros indivíduos também se mostraram mais eficientes em detectar os participantes mentirosos, ou seja, quanto mais mostravam confiar nas outras pessoas, maior o potencial de identificar a diferença entre uma verdade e uma mentira dita por uma mesma pessoa. Ao contrário do estereótipo, aqueles mais desconfiados também eram os que mais cometiam erros e indicavam a “contratação” dos mentirosos (aqueles que haviam mentido em questões cruciais como formação ou experiência para a função).
“Ao contrário da ideia geral de que pessoas desconfiadas são melhores em detectar mentiras e aquelas mais abertas às pessoas desconhecidas são as que são alvos fáceis para os salafrários, o que vimos aqui foi exatamente o inverso. As pessoas confiam mais quando, de alguma maneira, sabem que podem detectar uma mentira no meio de uma conversa e identificam as intenções de terceiros”, diz Nancy Carter, pesquisadora da Universidade de Toronto, no Canadá.
“Aqueles que confiam nos outros não são bobos, mas sua acuidade interpessoal os faz melhor em identificar e separar bons amigos de ameaças em potencial”, finaliza.
O estudo foi feito com estudantes de pós-graduação voluntários que eram convidados a assistir a vídeos de supostas entrevistas de empregos feitas por dois tipos de pessoas: algumas que respondiam da melhor forma possível as perguntas e outro grupo composto por pessoas instruídas a dizer ao menos três mentiras significantes em resposta a algumas questões-chave que poderiam ser decisivas para a suposta contratação. Esses dois grupos de participantes das entrevistas receberam pequenas quantias em dinheiro e aqueles que aceitaram dizer mentiras receberiam uma quantia adicional se as respostas mentirosas passassem despercebidas pelos voluntários.
A análise dos vídeos ocorreu alguns dias após a primeira parte do estudo, e os voluntários eram instruídos a medir o nível de honestidade dos entrevistados gravados em vídeo. Além disso, os próprios voluntários foram entrevistados para saber o quanto eles confiavam em outras pessoas.
Os voluntários com maiores índices de confiança em outros indivíduos também se mostraram mais eficientes em detectar os participantes mentirosos, ou seja, quanto mais mostravam confiar nas outras pessoas, maior o potencial de identificar a diferença entre uma verdade e uma mentira dita por uma mesma pessoa. Ao contrário do estereótipo, aqueles mais desconfiados também eram os que mais cometiam erros e indicavam a “contratação” dos mentirosos (aqueles que haviam mentido em questões cruciais como formação ou experiência para a função).
“Ao contrário da ideia geral de que pessoas desconfiadas são melhores em detectar mentiras e aquelas mais abertas às pessoas desconhecidas são as que são alvos fáceis para os salafrários, o que vimos aqui foi exatamente o inverso. As pessoas confiam mais quando, de alguma maneira, sabem que podem detectar uma mentira no meio de uma conversa e identificam as intenções de terceiros”, diz Nancy Carter, pesquisadora da Universidade de Toronto, no Canadá.
“Aqueles que confiam nos outros não são bobos, mas sua acuidade interpessoal os faz melhor em identificar e separar bons amigos de ameaças em potencial”, finaliza.
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